"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Um cata-vento que corre atrás do tempo novo do novo Presidente cata-vento sem perceber que o tempo acabou e que o vento mudou. A esquerda da direita e a direita da esquerda e bola ao centro. O homem tem um designío e uma missão na terra.
«Passos recandidata-se na quinta-feira a líder do PSD: "Não me vou reiventar. O país é que mudou"»
O jornal do militante n.º 1 faz uma primeira página one size fitls all que vale para tudo e para todos em qualquer ocasião, passada, presente, ou futura, como se fosse um furo fantástico, conseguido por um acesso privilegiado a fontes muito bem colocadas em Bruxelas, sobre uma espada de Dâmocles sob a cabeça de António Costa e do XXI Governo constitucional para depois a televisão do militante n.º 1 passar o fim-de-semana a repetir, a todas as horas certas em todos os telejornais, o furo one size fits all conseguido pelo jornal do militante n.º 1. A agit-prop continua de vento em popa.
E, quando pensávamos que já tínhamos visto de tudo, vemos o alerta para os perigos dos extremismos e dos populismos que põem em causa a construção europeia, pela boca de quem em quatro anos, sem uma única ideia para a Europa, não só apoiou as opções, as políticas e as opções políticas que fomentaram e propiciaram o nascimento dos extremismos e dos populismos, como ainda quis ir além de.
Mais vale cair em graça do que ser engraçado e Jerónimo de Sousa, que tem por imagem de marca o recorrer a provérbios e ditos populares "por dá cá aquela palha", devia ter este à cabeceira e perceber, ainda que habitando outra dimensão, os limites do engraçadismo para não ter de levar "nas entrelinhas" e com retroactivos.
Ainda em modo Jerónimo de Sousa, "toma e embrulha". E ficamos por aqui porque já tens, Jerónimo, idade suficiente para ser do tempo das "companheiras", figuras secundárias e obedientes, de apoio ao camarada militante nas casas clandestinas. Um bom chefe de família. Macho man.
Quatro anos passados de Governo PSD/ CDS a cortar em salários e pensões e nas funções sociais do Estado, quatro anos de encerramentos e falências de empresas, de despedimentos e desemprego e emigração, quatro anos depois de Carlos Moedas ter jurado a pés juntos que 'os-juros-vão-baixar-e-o-rating-da-Nação-vai-subir-quando-o-PSD-chegar-ao-Governo' vem a Fitch dizer que "só melhora rating quando vir empenho de Portugal". Quatro anos perdidos a marcar passo na miséria.
"Um inquérito oficial à crise bancária na Irlanda entre 2008 e 2010, divulgado esta quarta-feira, apurou que o Banco Central Europeu (BCE) permitiu que os contribuintes suportassem uma parte "inapropriada" do seu custo."