"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Com o sucesso que foi a reforma do mapa judiciário, traduzido na nova "justiça de proximidade", aliado ao colapso do Citius e ao caos que ainda se faz sentir, com as vozes já se vão fazendo ouvir e mais algumas, cada vez menos avulso, a propósito da aberração que é num Estado de direito alguém poder estar preso um ano sem saber do que é acusado, era uma cerimónia com um ror de 'desanca-Governo' de criar bicho, a replicar em todas as aberturas de todos os telejornais e ainda mais uns separadores best of, com música a condizer, como agora se usa nos canais de notícias no cabo.
O Governo que se inibe de nomear dirigentes para a administração pública porque estamos a um mês das eleições é o mesmo Governo que privatiza por ajuste directo a um mês das eleições. Impolutos e eticamente inatacáveis.
Um demagogo a fazer demagogia enquanto brinca com as palavras e diz vacuidades sobre a demagogia que as pessoas já não estão dispostas a ouvir e um 'classe média killer' a telegrafar clichés sobre a esperança que é preciso devolver à classe média que diligentemente destruiu. Os fabulosos Irmão Burlesco. Siga.
«[...] a União Europeia levantou algumas questões quanto à criação do Banco de Fomento e, «se fosse por vontade dos parceiros europeus, esta instituição não existia».
«O facto de a UE, um ano depois da aprovação dos estatutos do banco de fomento, continuar a colocar dúvidas «só vem dar nota das dificuldades que tivemos de superar para defender o interesse nacional que supunha a criação desta instituição».
Senhoras e senhores, meninos e meninas, aos vossos lugares que a grande farra vai começar.
Jerónimo: "O Partido socialista e o coise e tal". Catarina: "O coise e tal e o Partido Socialista". E depois, empenhada em fazer jus ao livrinho do camarada Vladimir Ilyitch Uliánov do esquerdismo ser a doença infantil do comunismo, mete o pé na poça até à virilha para gáudio do camarada Jerónimo, "votámos contra o PEC IV porque eles, o PS, queriam cortar salários e privatizar os CTT e mais o coise, enquanto eles, o PSD e o apêndice CDS, queriam ir ao pote e o coise também e, oportunistas, votaram ao nosso lado contra o tal do PEC". Há aqui uma diferença, não sei se estão a ver, porque prontes, os gaijos foram ao pote e cortaram os salários e privatizaram os CTT e agora há que derrubar o pior Governo da direita desde que Salgueiro Maia encurralou o presidente do conselho Marcelo, o padrinho do que quer ser agora Presidente, no Quartel do Carmo, e o PS não é melhor que eles, atenção. E Jerónimo pensa que sim mas não diz nada, nem com as pestanas, que sabe mais de olhos fechados que a Catarina de olhos abertos e que para se enterrar já basta a memória, ou a falta dela, e há que manter o foco, no PS.