||| O mordomo das Lajes pelo homem que o inventou
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"A coligação está em Setúbal para o comício da noite" e a imagem é a de um jantar num pavilhão, higienizado e insonorizado, onde só se entra por convite. Um comício.
A coligação está em Setúbal para o comício da noite e o Pedro Benevides está com ela.
"Setúbal é um dos 5 mais importantes distritos do país e pode vir a decidir eleições renhidas. Por outro lado é conhecido que é também aqui neste distrito que os eleitores mais flutuam no seu sentido de voto".
Flutuam entre o PS e o PCP mas isso o Benevides, Pedro, não disse. Se calhar porque ainda não era nascido, dou de barato.
E lá foi a coligação, com o Benevides, Pedro atrás, caçar votos flutuantes a Setúbal, por convite e ao jantar.
E "vai ser assim todos os dias no jornal das 7 até às eleições legislativas, fazemos a campanha nas redes sociais, Joel, com a tua ajuda".
E o Soares, Joel, de plantão às "redes sociais" selecciona o Paulo Gorjão, aliás, o Paulo Gorjão tem lugar cativo na selecção do Soares, Joel, o Paulo Gorjão está ele próprio de plantão 24 horas por dia ao Twitter, em cima da campanha do Partido Socialista e de António Costa, sem que o Soares, Joel explique ao pagode quem é o "internauta" Paulo Gorjão, aquele que não foi convencido por António Costa.
E o Soares, Joel, de plantão às "redes sociais" ainda selecciona mais, selecciona no Twitter Michael Seufert, que é deputado do CDS, aqui o Soares, Joel gaguejou, se calhar não era para ser dito, não que o Michael Seufert "brinca com o caso", mas que é deputado do CDS. Já fica com mais currículo, público e publicado, do que o "internauta" Gorjão.
E foi só malhar no Costa todo o santo dia. O Twitter é um local tramado, para o Partido Socialista. Twitter fechado. O Soares, Joel volta amanhã.
E isto é só um exemplo assim com o pé que tinha mais à mão. E é assim todos os dias e a todas as horas em que há bloco noticioso com todos os temas e com todos os assuntos. Mesmo com sondagens marteladas mais de metade do trabalho de sapa da coligação está feito. Não é em vão que se é militante n.º 1.
Da hipocrisia ocidental que deslocaliza industria para o terceiro mundo como forma de contornar legislação ambiental e que fecha os olhos à campeoníssima China das emissões de CO2 e dos atentados ambientais e ecológicos porque há que fazer negócio no império do crescimento de dois dígitos e eles são muitos, consumidores e produtores baratos.
Destruir a floresta tropical e os cursos de água com a exploração petrolífera? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média definida por quem destrói a floresta tropical e os cursos de água? Não pode.
Destruir irremediavelmente o Árctico por causa do petróleo e do gás natural? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média definida por quem destrói irremediavelmente o Árctico? Não pode.
Desflorestar o Amazonas e a floresta húmida por causa das madeiras que fazem os soalhos e os móveis do luxo ocidental? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média definida por quem destrói o Amazonas e a floresta húmida? Não Pode.
Abrir crateras em serras e montanhas, e até em parques e reservas naturais, no saque aos mármores e à pedra que faz o cimento das casas do bem-estar ocidental? Pode. Um VW emitir gasaria acima da média estabelecida por quem abre crateras em serras e montanhas, e até em parques e reservas naturais? Não pode.
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Centenas e centenas de técnicos e de especialistas da era do email colocados a eito em tudo o que é ministério e secretaria de Estado e direcção-geral para falharem na coisa mais básica, a necessidade de colocar, logo a seguir à morada e à cidade, o país de destino num envelope de correio. Além do currículo que ganharam em quatro anos de maioria de direita [no cadastro vai sempre constar a "experiência adquirida", na prática são outros 500, que a incompetência é mais que muita], ganharam outra coisa: cultura geral. O contribuinte é generoso.
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"Equivocou-se". "Numa acção de campanha". "Foi um lapso".
"O anúncio caiu como uma bomba nos meios financeiros associados à dívida pública". E fez primeiras páginas online. "Vamos continuar a pagar antecipadamente até ao final do ano porque isso significa muita poupança de juros". E fez abertura de telejornais e a todas as horas certas ao sinal horário em todas as rádios.
Vamos repetir mais uma vez: "Equivocou-se". "Numa acção de campanha". "Foi um lapso".
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Parece que o Syriza derrotou as sondagens nas urnas.
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55 anos para se livrarem duma 'Cortina de Ferro' para depois se rodearem duma cortina de arame farpado por todos os lados.
[Imagem "Withdrawal of Soviet troops from Hungary, 1 July 1990"]
Este fim-de-semana foi assim.
Foram Cardos, Foram Prosas ~ Manuela Moura Guedes
[7" vinyl]
E de repente, como se não fosse nada com ele, o mestre do dito-por-não-dito, sem sequer pestanejar, desmonta toda a narrativa por si construída em torno dos méritos e das virtudes de quatro anos de governação de direita no pouco que se vê.
Não, não foi o Governo PSD/ CDS, foi "o petróleo baixo".
Não, não foi o Governo PSD/ CDS, foi "o euro muito competitivo".
Não, não foi o Governo PSD/ CDS, foi "a política do Banco Central Europeu que permite juros baixos".
Não, não foi o Governo PSD/ CDS, foi a oposição e os chumbos do Tribunal Constitucional. Não disse mas até dia 4 de Outubro ainda vai dizer.
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Está aqui metade da história [*] sobre o tiro de partida para a "ida ao pote" dado por Marco António Costa com o célebre "ou há eleições no país, ou há eleições no PSD" num não menos célebre Conselho Nacional do partido: José Pedro Aguiar-Branco, ministro da defesa do Governo PSD/ CDS ganhou um milhão com a concessão por ajuste directo dos transportes públicos do Porto, cidade por onde é cabeça de lista às legislativas de 2015 pelo PSD/ CDS.
Da próxima vez que virem um carro estacionado em cima do passeio nas horas de expediente já sabem que é porque o "interesse público" está a ser defendido pelo ministro da Defesa.
[*] A outra metade da história saberemos mais tarde quando a História nos fizer o relato da 'abditae causae' por detrás do frenesim privatizador de Sérgio Monteiro num Governo em final de mandato
Angela Merkel na capa do Der Spiegel
[Daqui]
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Jesse Marlow