"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Para uma futura privatização há que tornar o bolo mais apetecível: juntar os 19 subsistemas existentes em apenas 5 e meter os consumidores do litoral a pagar o lucro que o privado vai ter com os consumidores do interior. Serviço Público é com o Estado, o privado é mais serviço do lucro, e o resto, embrulhado em papel de eficiência com lacinho de qualidade, é conversa para entreter anjinhos.
A UDP tinha os bustos de Marx, Engels, Lenine, Estaline e Mao na "bandeira". Depois veio o Bloco e ficou só uma estrela de 5 pontas. O PCP recuperou Estaline do quinto dos infernos para onde Álvaro Cunhal o havia remetido logo a seguir ao sapato de Nikita Khrushchov, que era suficientemente velho para se lembrar do 'Pai dos Povos' de tesoura da mão a recortar Trotsky das fotografias, onde o Bloco de Esquerda, muitos anos depois, os havia de juntar outra vez, em selfie, debaixo da estrela de 5 pontas que serve de bandeira e que serviu de capa ao Zé, que fazia falta para acabar com os brasões coloniais na praça do Império que, mais dia menos dia, também vai mudar de nome, não perdem pela demora. Revisionistas do caralho é o que é. E países com uma história tão higiénica como a nossa não há, disso podem ter a certeza.
A teoria do Jorge Jesus é que se tivermos um ataque de tal forma avassalador as bolas nunca passam pelo Jardel nem pelo[s] guarda-redes. Vai daí é investir em Cristantes, Derleys e Funes Moris, por atacado, que não é qualquer equipa que joga três vezes em três anos consecutivos a final da Liga Europa, o sonho de qualquer um. Jogador, treinador ou adepto que se preze. Estamos quase lá.
E, no dia a seguir à assinatura do aumento do salário mínimo nacional, temporário, só até haver eleições legislativas e os partidos da maioria poderem usar a bandeira na campanha eleitoral, já que a imagem de um secretário-geral da UGT capaz de consensos e de ganhos de poder de compra para os mais miseráveis da sociedade, apoiante de António José Seguro, parece não ter passado em favor do dito cujo candidato nas primárias do PS, não houve paineleiro-comentadeiro do pensamento único nem cão nem gato que não fizesse primeira página nem abertura de telejornal com a última hora de que a «CGTP só assinou quatro acordos em 30 anos de concertação social» sem perceberem que, e olhando para trás e para o deve e haver, isto são medalhas e comendas para a CGTP. O PCP agradece.