"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Negociado e assinado à socapa pela UGT, na pessoa do secretário-geral Carlos Silva, o homenzinho, crescidinho, do sindicalismo responsável e com "sentido de Estado", o aumento miserável do salário mínimo nacional em €20 mensais é temporário, só vale até 31 de Dezembro de 2015, acaba depois das eleições legislativas e das fotografias de Carlos Silva, secretário-geral da UGT, ao lado de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Pedro Mota Soares. Pior que ser correia de transmissão é ser idiota útil e carregar toda a vida na consciência, se a tiver, o peso da destruição do sindicalismo, da contratação colectiva e da descapitalização da Segurança Social.
Parece que cabe a António Costa fazer tudo o que estiver ao seu alcance para desfazer o que António José Seguro fez, dividir e escaqueirar o partido. Parece também que a ideia dos "seguristas" é ter alguém a fazer o que António José Seguro não fez, a defesa da liderança anterior à sua e da história do partido, nem que para isso tenham, os "seguristas", de continuar a escavar na divisão do partido com a invenção de nomes para o congresso.
Vivemos num país livre e numa democracia, pelo menos na forma, e cada um é livre de dizer e de escrever as barbaridades que lhe aprouver e, os mais inteligentes de entre os bárbaros, até o fazem a coberto do chamado "sentido de humor" como precaução e para evitar cair no ridículo, mas há sempre rabos que ficam de fora, não é defeito é feitio, como diz o povo, "é a raça deles", e se não é com vinagre que se apanham moscas podemos sempre seguir-lhes o rasto pelas cagadelas deixadas na superfícies das coisas: 40 anos depois do 25 de Abril a direita herdeira de Salazar e do Estado Novo do Minho a Timor continua ressabiada com a descolonização e com a entrega do Ultramar aos turras e aos comunas: "Ministro da Defesa e do fim do Ultramar", a sério?!
"Adeus Guiné tenho já o dever cumprido, não estou arreprendido, de por ti lutar. Adeus Guiné serás sempre Portugal".
Se as "primaveras árabes" não passarem disso mesmo, de meets de primavera em alguns países árabes.
Se o califado morrer onde nasceu, com a ajuda dos aviões dos amaricanos, dos bifes e dos países árabes, que financiam o califado, que tratam as mulheres abaixo de cão, mas que têm mulheres aos comandos dos éfes, vendidos pelas amaricanos, a bombardear o califado de cara destapada, para o ocidental, no sofá de pantufas, ver na televisão.
Mora nas Caldas da Raínha mas vota na Guarda – 285 quilómetros, 3 horas e meia de viagem, €35 em gasolina + €22.65 de portagens.
Regressa depois a Lisboa para aguardar o resultado da votação – 318 quilómetros, 4 horas de viagem, €40 em gasolina + €23.10 de portagens.
A pegada de carbono deixada pelo senhor que diz coisas só para alimentar o circo regionaleiro-futeboleiro-trauliteiro dos descamisados contra os engravatados, dos cavadores das terras altas contra os doutores da planície de Lisboa.
"Nunca tive, em 50 anos que joguei na bolsa, uma acção do BES. Vi as acções descer e ouvi o primeiro-ministro dizer que o BES era um banco seguro, que tinha uma almofada para pagar o dobro das dívidas que tinha. E quando ouvi o Presidente da República, mais palavra menos palavra, a dizer o mesmo, eu, que confiava no que eles diziam, pela primeira vez, e como muita gente, fui comprar acções do BES".
[A Ukrainian serviceman wearing a mask on an armored personnel carrier in a suburb of the eastern town Debaltseve in the region of Donetsk on September 23, 2014. Anatolii Stepanov/AFP/Getty Images]