||| Prémio Muhammad Saeed al-Sahhaf 2014
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Uma pessoa tira um curso, com mais ou menos esforço dos pais - médico, engenheiro, advogado, arquitecto, o que seja, ou uma pessoa não tira curso nenhum, por todas as razões e mais algumas. Uma pessoa tira um curso, ou nem por isso, e arranja um emprego. E dá o melhor de si, todos os dias, a todas as horas.
Uma pessoa tem um emprego e casa e compra uma casa e constitui família e tem filhos e compra um carro e mais umas extravagâncias de vez em quando, que a vida não é só trabalho. E duas pessoas trabalham todos os dias do ano nos seus empregos e vêm os filhos crescer e vão de fim-de-semana com a família e umas férias em Agosto, coisas simples, não pedem mais da vida.
Uma pessoa trabalhou toda a vida num emprego, a contar os dias para ver crescer os filhos e pagar as contas e os dias que faltam para a reforma, para ter finalmente descanso e dizer "missão cumprida!".
Uma pessoa que tirou um curso, ou nem por isso, e que tem um emprego, e duas pessoas que constituíram família e têm contas para pagar e filhos para crescer, e uma pessoa que trabalhou toda a vida e vai ter agora, finalmente, um pouco de descanso, essas pessoas descobrem que afinal não são pessoas, são "despesa do Estado".
Ora foda-se!
[Imagem "Quinceanera con su padrino, El Agustino, Lima, 1991" by Daniel Pajuelo]
Double Trouble, 1983
Jill Freedman
E numa democracia adulta, um governo que viola sistematicamente a Constituição e que em três anos tem três orçamentos do Estado declarados inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional, o célebre "checks and balances" que é bué da bom n' América mas que aqui nem por isso, seria objecto de uma reflexão política. Num país normal, não num país de um Governo, uma maioria e um Presidente do Governo e da maioria.
[Imagem]
[Imagem de Thomas Michael Alleman]
Da falta de respeito pelo Parlamento e pelos eleitores e de ter metido os pés pelas mãos:
"O secretário-geral do PS considera esta moção um frete ao Governo e a sua ausência no início do debate tem esse sentido político. Estará presente na votação da moção. Também por coerência. Para censurar o Governo"
[Imagem de Mircea Suciu]
De Elvis Presley a Arctic Monkeys.
Na Praça Marquês de Pombal, a partir das 23:00 mais coisa menos coisa.
Ao balcão do café: "De tão entretido que andou a distribuir afectos pelas federações e pelo aparelho do partido que nem lhe sobrou tempo para ler o Pacheco Pereira quanto mais o Tony Judt".
Um dia depois das palavras da presidente do FMI, Cristine Lagarde, em Maputo "Para que a riqueza seja bem distribuída, há que fortalecer o quadro legal e a governação ligados à gestão dos recursos naturais, bem como a transparência, que gera um maior controlo e responsabilidade" o Governo faz exactamente o contrário e, depois do saque aos salários e pensões, continua em modo "para o infinito e mais além do que o FMI" e legaliza o saque ao meio ambiente e ao património natural comum, enfraquecendo o quadro legal e a governação ligados à gestão dos recursos naturais e fomenta a opacidade como forma de fugir ao controlo e responsabilidade
O Governo que, enquanto jura a pés juntos e com o ar mais sério do mundo, não ter um modelo chinês de baixos salários para o país enquanto os vai baixando, seja pelo aumento da carga fiscal, seja pelo aumento do horário de trabalho, seja pela eliminação de dias de descanso, seja pela baixa do valor a pagar pela hora de trabalho e pela hora de trabalho extra, seja pela caducidade das contratações colectivas, vem agora colocar os recursos naturais e ambientais do país a saque "de Lei", por cima de toda a folha, tal e qual o modelo chinês, dos baixos salários, que o Governo não quer para o país. É fartar vilanagem.
«Governo quer legalizar explorações em conflito com normas de ordenamento
[Imagem de Lauren Carly Shaw]
Mais um número de ginástica acrobática do vice-trampolineiro, a enganar-se a ele e a pensar que engana os outros, na antevisão do sumiço do CDS do espectro político, enquanto finge que Pedro Passos Coelho não o conhece de ginjeira [honra lhe seja feita foi o primeiro e o único até hoje que o consegui desmontar e amarrar, logo na recusa em aceitar a demissão irrevogável].
Até pode ser que sim, entra o primeiro deputado do CDS, o vice-trampolineiro himself, não entra o segundo ou o terceiro, para aí o número não sei quantos abaixo de cão, na hipotética lista Aliança Murganheira às legislativas de 2015.
«Centristas defendem coligação com PSD nas legislativas» enquanto Portas pede «contenção aos militantes nos comentários à situação interna do PS», ainda assim não vá a "corrente Francisco Assis" sair vitoriosa do congresso que se adivinha.
[Imagem "Hollywood Royalty, Married actors Douglas Fairbanks and Mary Pickford", circa 1920]
«Três anos passados sob o manto do Pacto de Agressão que PSD, PS e CDS subscreveram»
«a política de direita executada nos últimos 37 anos por sucessivos governos, agravada nos últimos anos pela execução dos PEC e do Pacto de Agressão assinado por PS, PSD e CDS»
António José Seguro e a frente popular, numa aliança socialista, de novo tipo, para um governo de salvação nacional sob a liderança da vanguarda da classe operária.
Qual é a pressa? [Capítulo III]
Uma demonstração muito bem demonstrada e uma prova muito bem provada, com o impacto muito bem impactado e a dinamização muito bem dinamizada, como aquando do novo Código do Trabalho e da concertação social assinada pelo então secretário-geral João Proença:
Francisco Assis que, caso os socialistas não obtenham uma maioria absoluta nas próximas legislativas, defende uma solução governativa que passe por uma coligação PS/ CDS, diz que vai até ao fim do mundo com António José Seguro, o líder do PS que para governar na próxima legislatura, na melhor das hipóteses, vai precisar da muleta CDS.
[Imagem de Aurel Schmidt]