"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, há bocado, e em resposta a uma questão do líder da sua bancada parlamentar, Luís Montenegro, sobre a Tecnoforma, empresa de que foi consultor e depois gestor, e da mãozinha dada pela sua cara metade e à época secretário de Estado da Administração Local, Miguel Relvas, sobre o novo quadro comunitário de apoio [QREN]:
E a saga continua, com a UGT a fazer-se de início muito esquisita e a rejeitar, para a seguir se fazer de responsável e de sentido de Estado e assinar, sem ganhos substantivos, para depois vir protestar que as outras partes faltam à palavra dada e não cumprem a sua parte no acordo assinado. Dizem que é uma negociação. Negociação, aquilo que o vice-trampolineiro Paulo define como um acordo em que ambas as partes ficam a ganhar. E andamos há mais de 30 anos nisto.
Quando as "preocupações" ambientais do Governo de direita passam por desinvestir nas energias alternativas para taxar o consumidor, já que o contribuinte atingiu o limite de taxas por habitante. Um ambiente verde, da cor do dinheiro.
Cavaco, O Avisador, avisa que a Constituição não foi suspensa, o que não o impede de suportar, e se calhar até de incentivar [naquelas diligências que toma fora dos olhares da populaça, discretas como ele diz, e não se cansa nunca de puxar dos galões para mostrar que é mui influente e mui empenhado na resolução dos problemas da Nação] o Governo que mais ataques fez à Constituição desde o dia 25 de Abril de 1976 e ao orgão de soberania que zela para a Constituição não seja suspensa, o Tribunal Constitucional.
Cavaco, O Avisador, também podia avisar que a Constituição não foi revista e que o projecto de revisão constitucional encomendado pela dupla Passos Coelho/ Miguel Relvas a Paulo Teixeira Pinto continua assim mesmo, um projecto, encafuado na gaveta para onde foi atirado à pressa depois da polémica que levantou e das reacções adversas que provocou, e que o partido que ganhou as eleições com um programa de Governo nos antípodas daquilo que tem sido a sua acção governativa não pode aplicar por portas travessas uma Constituição que não foi suspensa nem sequer foi revista.
Cavaco, O Avisador, calado é um poeta. E ganha um álibi: o de que a sua aparente condição de mudo não é mais do que diligências que toma, fora dos olhares da populaça, discretas, porque é mui influente e mui empenhado na resolução dos problemas da Nação, e no apoio ao Governo que governa segundo uma Constituição que não foi revista e num programa que não foi sufragado nas urnas.
A Sociedade Francisco Manuel dos Santos SGPS era a holding que, até ao início de 2012, concentrava as acções através das quais a família Soares dos Santos controla empresas como o Pingo Doce, via Jerónimo Martins. No entanto, em Janeiro desse ano, passou as acções para uma holding com o mesmo nome, com sede na Holanda»
"não é com Grândola, Vila Morena" que se resolvem os problemas" [2]
Sintomática é a forma como toda a gente, com a comunicação social à cabeça, se refere ao Presidente da República. Não é o Presidente da República, não é Cavaco Silva, não, é "o Cavaco", "aquele coise", o "você" de Cristiano Ronaldo.
Os alunos de Filosofia também se sujeitam à praxe ou, dito de outra maneira, há alunos de Filosofia a praxar alunos de Filosofia no curso de Filosofia?