|| Porque hoje é sábado
Izis Bidermanas
Tightrope walker, Lagny 1959
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Izis Bidermanas
Tightrope walker, Lagny 1959
Não é por subir o master e o volume dos canais durante a "mistura", na passagem de um prato para o outro, que um dj passa a ser tecnicamente bom e que a pista fica ao rubro.
Verdades universais.
[Imagem de autor desconhecido]
«Com este resultado, o CDS é o segundo partido da oposição que mais reforça a sua posição eleitoral […]». Aqui, se entretanto não foi corrigido.
"Our protest is against misogyny and the humiliation of women but also against parading men in this way and the humiliation of human dignity. Being a woman is not a tool for humiliation or punishment. "
Tocou o hino, discursaram os deputados em representação dos partidos, discursou a presidente da Assembleia da República, discursou, pela primeira vez e quebrando o protocolo, o chefe do Governo e o chefe da facção:
No dia 25 de Abril, no dia da Liberdade, na celebração do dia que restituiu a liberdade aos portugueses, "de nada valem as eleições, de nada vale a democracia", pela boca de um presidente [com pê pequeno] na casa que simboliza a Democracia devolvida pelos capitães ao povo há 39 anos.
Miserável.
[Imagem "#25abril Os cravos à frente de Cavaco Silva caíram ao chão…", via]
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Madrugada de 25 de Abril de 1974, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém.
[Imagem de Carlos Gil]
25 de Abril de 1974 – 25 de Abril de 2013
[Na imagem aquele que é talvez o mais antigo graffiti de protesto da cidade de Setúbal numa parede da Rua Camilo Castelo Branco]
Além da maçada que é para o actual poder político [Presidente da República e Governo] celebrar a Liberdade, o Dia da Liberdade, e ouvir o povo olhos nos olhos, saudosos que são do respeitinho e da vénia com a espinha bem dobrada.
[Imagem]
Adenda: Se dúvidas houvessem de que o actual poder instalado não é representativo da vontade popular, a presidente da Assembleia da República fez questão de nos lembrar e confirmar.
Mas ouvir alguém ligado ao PSD a falar em, a médio prazo, «criar uma instituição financeira de desenvolvimento» para reestruturar os instrumentos financeiros ao dispor das PME, tudo misturado no mesmo saco dos «fundos comunitários» e das «aplicações financeiras para canalizar as poupanças», deixa-me com pele de galinha.
A questão que importa é, neste caso concreto, como é que um Governo que acredita piamente na bondade do mercado auto-regulado [ler mercado desregulado] e no capitalismo financeiro, na exacta proporção em que abomina o "despesismo do Estado", via empresas públicas e sector empresarial do Estado [ler o Estado na economia], e que transformou a divida financeira em dívida pública, vai proceder quando os maus da fita, da sua confiança política porque partilham dos mesmos princípios ideológicos, mais não fizeram do que seguir o instinto que o seu fanatismo e fundamentalismo lhes mandou seguir.
[Imagem]
No país onde as crianças podem usar uma metralhadora mas não podem comer um ovo Kinder porque a "surpresa" pode ser um risco para a sua integridade fisíca e saúde, uma panela de pressão armadilhada é uma "arma de destruição maciça".
[Imagem]
A Europa unida, do humanismo e da solidariedade entre estados e nações, como foi idealizada pelos "pais fundadores" Jean Monnet e Robert Schuman, sim. A Europa da destruição do Estado social, do paralelo a dividir os estados do norte dos do sul, dos cozinhados de bastidores em Bruxelas e onde os cidadãos não são chamados a pronunciar-se sobre os seus destinos, não.
O desplante chegou a tal ponto que as declarações já são proferidas no Deutsche Bank em Berlim e, ainda que na presença de um camarada de grupo parlamentar, no Parlamento Europeu, ainda assim primeiro-ministro da Polónia.
Tusk disse «seria "perigoso" que outros países da Europa sintam que a Alemanha está a tentar impor o seu próprio modelo económico ao resto dos países». Merkel negou. «Precisamos de estar prontos para romper com o passado e dar o passo em frente».
O problema é que para a Europa, a [ainda] da memória vivida e a da memória transmitida, este romper com o passado e dar um passo em frente, pela praxis política actual, soa a regresso ao passado que esteve na génese da construção europeia: impossibilitar a Europa como nova denominação para o Reich Alemão.
[Imagem]