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Proferido na casa da Democracia, no Dia da Liberdade, "as eleições não interessam para nada", préviamente endossado ao ministro-delegado da troika para as Finanças em Portugal, na recepção a seguir ao chumbo do Orçamento do Estado pelo Tribunal Constitucional, "Eu não fui eleito coisíssima nenhuma!".
[Imagem de autor desconhecido]
Até podemos aceitar que, temporária e pontualmente, haja dificuldades de tesouraria. A crise está aí e é real e toca a todos e por aí e não adianta estar a chover no molhado. Daí a necessária flexibilidade e bom senso dos inspectores da Autoridade para as Condições de Trabalho e, acima de tudo, a compreensão e a capacidade de sofrimento dos trabalhadores das, e nas empresas. Mas expliquem-me lá, muito devagarinho, sff, qual é a diferença, do ponto de vista do trabalhador, entre estar numa empresa, pontual e diariamente a cumprir as funções para as quais se foi contratado, que não paga os salários há quatro, cinco, seis meses, um ano, e que vai acabar por fechar e não pagar, e arrastar o processo em tribunal durante uma década ou duas, e estar em casa desempregado porque a empresa fechou?
O pensionista da República apela ao consenso. O alegado primeiro-ministro apela ao consenso. O "segundo maior partido da oposição" apela ao consenso. O ministro-delegado da troika para Portugal apela ao consenso. Vou pedir à Rita para me fazer uma t-shirt.
Logo "a matar". Logo para arranjar um ponto que permita uma identificação rápida com as gentes de Setúbal. Logo a "queimar etapas". Logo direitinho ao coração:
"Sou o meu próprio comité central"
Convém não esquecer porque é preciso ter arcaboiço.
O último update em 24 de Setembro de 2009, na curta passagem pelo Twitter de Teresa Caeiro, deputada eleita pelo partido do contribuinte, da lavoura, dos ex-combatentes, dos reformados e pensionistas, do "elevador social", e da "majoração dos subsídios", entre outros:
Este fim-de-semana foi assim.
Freedom – Richie Havens
[7" vinyl]
Pois. Não disse…
[E os piscares de olho, mais ou menos argumentados, andam aqui - Francisco Assis em entrevista à Renascença, mais ou menos descarados, andam ali - Gabriela Canavilhas na SIC Notícias, minuto 08:35]
[Imagem de Thierry Guitard]
E até dou de barato que o problema possa ser meu. Esta não notícia, por exemplo. Sobretudo quando a gente olha para as listas e vê nos lugares cimeiros os mesmos nomes, comuns a todos os secretários-gerais, desde os idos de Mário Soares. O mais indicado seria "Não há renovação na lista da Comissão Política do PS". Mas isso também não é um problema exclusivo do PS, é transversal a todos os partidos políticos. Sem excepção. E também um título destes não vendia jornais nem proporcionava clicks para o ranking das page views.
[Imagem "Os primeiros nomes na lista para a Comissão nacional do PS", via]
Entretidos que andamos todos com as voltas do correio e com a elevação, pela maioria PSD/ CDS-PP, do Tribunal Constitucional à categoria de força de bloqueio, a culpado máximo pelo falhanço da política financeira e orçamental do Governo, pelo segundo resgate que se adivinha, e pela crise económica, social e política em curso, nem sequer reparámos na "solução simples", de fazer inveja à troika Passos-Gaspar-Portas, encontrada pelo país irmão no outro lado do Atlântico.
[Imagem]
O conselho de ministros só terminou perto das nove da noite mas, ainda não era meia-noite, e já o jornal sabia, com detalhe, que o líder do CDS, "o segundo partido da oposição que mais reforça a sua posição eleitoral" nas recentes sondagens, tinha heroicamente dado o peito às balas e, com bravura, batido contra a insensibilidade do ministro das Finanças do partido do Governo, o PSD, em cortar nas pensões e nos salários dos mais pobres, desvalidos, e espoliados, e lutado corpo-a-corpo na trincheira pelo crescimento e pelo apoio à economia.
Até quando é que as pessoas vão aturar esta forma de fazer política, um pé dentro e o corpo todo de fora; até quando é que as pessoas vão engolir estas patranhas, "O Independente" style?
[Imagem]