"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O ministro Miguel Macedo, habituado que está a ver Clint Eastwood, com 80 anos, a perseguir e dar caça à bandidagem, pensou para com os seus botões, "se ele aguenta eles também aguentam. Ai aguentam, aguentam" e, vai daí, decide aumentar a idade com que os profissionais da PSP e GNR podem passar à reserva ou pré-aposentação dos 55 para 57 ou 58 anos.
Paulo Portas, que já não anda a passear Correios da Manha [não, não há engano, é mesmo sem til] debaixo do braço pelas feiras e mercados, fica-se perante o descalabro que se adivinha na manutenção da ordem pública e no combate à criminalidade.
Se possível for com números e gráficos e mais os estudos em que se baseiam, que é para a gente saber do que fala, para a gente ver se sabe do que fala, para a gente ver se fala verdade, se está só a largar bojardas da boca para fora… Não ocorreu a ninguém…
E, "perante uma plateia atenta", lá continuou a debitar. "Plateia atenta"… Como se usa na net, LOL.
Em momentos críticos, ler: em jogos decisivos, Jorge Jesus inventa linhas, adapta jogadores, inventa tácticas de jogo e o Benfica perde. Não, ainda não me esqueci do jogo da Liga Europa em Liverpool. Se o Benfica ganhasse Jorge Jesus era o mestre da táctica e da estratégia, o problema é que o Benfica nunca ganha e há carradas de treinadores disponíveis no mercado.
Como diria o Carl Perkins, Well, you can knock me down, Step in my face, Slander my name, All over the place. Do anything that you want to do, but uh-uh, Honey, lay off of my shoes
E era organizada pelas senhoras das "boas famílias" em lanches de chá, à vez na casa de cada uma, como forma de ocuparem o tempo com qualquer coisa de útil para a sociedade, que desconhecia, pela inexistência, o Estado social. É, mas não é principalmente, a destruição do Estado social, até porque isso lhes está nos genes, é antes a criação e o fomento de milhares de desempregados, como primeira etapa para a miséria, que os devia fazer pintar a cara de preto, ao invés de aparecerem, com orgulho, a dizer que a caridade, rebaptizada de economia social, gera riqueza e dá emprego. Este Governo faz negócio com tudo, até com a miséria alheia. Já experimentaram alugar ou vender as próprias mães?
Ver Carlos Zorrinho, o líder da bancada parlamentar do maior partido da oposição, no telejornal que antes era do Mário Crespo e agora é de uma rapariguita de quem não me consigo lembrar o nome, dizer que movimentos como o de Beppe Grillo devem ser integrados no funcionamento dos partidos.
Descontando a habitual trapalhada do que o que um diz hoje e o outro confirma amanhã, vir aquele outro desdizer depois de amanhã, para os que disseram antes, e confirmaram depois, desmentirem no próprio dia, que o que tinham dito não foi o que eles disseram, estavam encurralados pelos repórteres num canto escuro e o coiso e anda tudo à nora tal é o grau de incompetência e impreparação, por uma vez falou verdade, os portugueses não são para aqui tidos nem achados, diria mesmo, que se lixem os portugueses:
Quando Medina Carreira, ao vivo e a cores no programa de Judite de Sousa na TVI 24, saca do comando para fazer andar o tempo, fast forward, por cima de tudo o que disse há um ano, atrás, como sói agora dizer-se.
Nos intervalos daquelas peças publicitárias, disfarçadas de reportagem [e que repetem na semana seguinte na revista do Expresso], sobre os empreendedores que atingiram o sucesso profissional e comercial agarrando uma ideia, aparentemente simples, e que já milhares de pessoas antes haviam agarrado e, vá-se lá saber porquê, só lhes deu foi chatice e prejuízo. A televisão da família Balsemão, e amigos, devia explicar no final de cada reportagem porque é que escolheu aquela[s] pessoa[s] em particular e não outras que têm precisamente a mesma actividade. É uma televisão privada, a gente sabe, e é precisamente para isso que serve o comando da tv.