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O Der Terrorist em formato Twitter no Janela Indiscreta de Pedro Rolo Duarte na Antena 1 [a partir do minuto 02:39]
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O Der Terrorist em formato Twitter no Janela Indiscreta de Pedro Rolo Duarte na Antena 1 [a partir do minuto 02:39]
Nem sei o que vos diga…
«Abutre-preto recomeçou a reproduzir-se em Portugal 40 anos depois»
[Richard Hofstadter na imagem]
Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos punha de lado a hipocrisia e o cinismo, e que pomposamente se renomeou como realpolitik, e não embarcava na política do facto consumado ao distinguir como distinguiu os «cinco protagonistas do movimento da Primavera Árabe» [a Síria aparece aqui para enfeitar].
A mesma política que permitiu os negócios com Kadhafi até minutos antes dos bombardeamentos da NATO, a mesma política que permitiu que os ditadores Mubarak e Bem Ali tivessem assento, e acento, na Internacional Socialista até quase à hora da sua deposição.
Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos distinguia, por exemplo, o povo saauri, e por arrasto todas as mulheres [não é fácil ser mulher por aquelas bandas], na figura de Amanitu Haidar.
De certeza que há muitos bons negócios muitas boas razões para o não ter feito.
[Imagem]
Adenda: por uma razão ou por outra não foi escrito na altura devida, como não gosto de ficar a remoer “assuntos pendentes” esta noite já vou dormir mais descansado.
Halloween é a segunda maior exportação dos amaricanos para o resto do mundo logo a seguir às guerras, não é?
[Via]
Virar o Canto II de Os Lusíadas do avesso e “O mundo aos novos mundos irão mostrando”, o princípio Deu-la-Deu Martins, 2.0 version, ou simplesmente um cretino?
[Imagem de autor desconhecido]
Este fim-de-semana foi assim.
Touch Me Now - Go Graal Blues Band
[7” vinyl]
"Acharam que vestiria a pele de estalinista" diz o senhor Francisco da Cultura. E podia vir com ponto de interrogação que ia dar no mesmo. Diz o senhor Nuno da Educação que "É necessário concentrar nas disciplinas essenciais". E podia vir com um "achamos que" antes do verbo ser que ia dar no mesmo. E quem é que achava o que era ou o que não era essencial? Obviamente o senhor José. Ou o senhor António.
Sejamos directos: vai vir merda grossa. Ler e contar e saber quem foi o primeiro rei de Portugal, e se calhar trabalhos manuais. A baixa qualificação tem de incluir o saber trabalhar com uma goiva e uma agulha para fazer sapatos em S. João da Madeira. A filosofia e as artes estimulam o espírito critico e ter gente, muita gente a pensar, muito nunca deu bom resultado. O princípio é o mesmo que se aplica à economia, não é trabalhar melhor, é trabalhar mais horas. Não é estudar melhor, é aumentar a carga horária.
E sempre fomos muito dados a deixar que os outros achassem por nós. E é o que vai valendo. E agora todos encarneirados de braços no ar e com o isqueiro acesso a cantar o "Ai Timor" do Luís Represas. É preciso unir o povo à roda de um grande desígnio nacional.
O filho do não-sei-quantos faz anos o que é que lhe vamos oferecer? Olha compra um livro no Jumbo ou no Continente que são mais baratos [e o espaço de oferta é reduzido não se perde muito tempo a procurar e a pensar]. Os miúdos gostam de ler está sempre a dar na televisão que ler faz bem à saúde. E quando é que foi a última vez que lemos qualquer coisa sem ser as gordas de A Bola ou do Record na banca dos jornais? Compramos livros como quem compra indulgências. Basta ver o Top of The Pops. Limpamos a nossa consciência a oferecer livros aos filhos dos outros nas festas de aniversário naqueles parques cobertos onde vamos depositar os miúdos às três da tarde numas piscinas com bolas de plástico e escorregas insufláveis e os vamos buscar depois às seis já com a barriga cheia de gomas e de refrigerantes de marca branca.
E depois há aquela coisa dos rea liti xôs que até dá para aprender o que é a América Latina porque a mamalhuda dos olhos tortos não sabia o nome de um país da América Latina. E dá para fazer um grande figurão no outro dia na rua e no trabalho assim como o Malato no Quem Quer Ser Milionário faz porque está a olhar para as respostas no monitor. E há o Feiçe Buque. E quem gasta o tempo que tem no Feiçe Buque e nos rea liti xôs a mais não é obrigado. O tempo é como o dinheiro das famílias. Não estica.
[Imagem]
Todas as semanas o SL Benfica leva à cena a verdadeira Cimeira Ibero-Americana, conseguindo pôr "inimigos", que nos ensinaram na escola e nas tradições centenárias serem figadais, num trabalho de grupo com objectivos definidos. Argentina-Brasil, Portugal-Espanha, vizinhos-vizinhos, ex-potências colonizadoras-ex-colónias, como cantava Paul McCartney "ebony and ivory live together in perfect harmony, side by side on my piano keyboard", e a demonstrar que as Batalhas de Aljubarrota e as Guerras de Cisplatina foram/ são artificialidades político-administrativas e ódios instigados e outros valores mais baixos que se levantam, deixando o resto da estrofe "oh lord, why don't we?" para os governos e governantes.
[Carmen Miranda na imagem]
Já não vou pelo óbvio, a mobilidade dos cidadãos em geral, e em particular a dos que trabalham a horas impróprias para consumo para permitir que o consumo continue, mas, anos e anos de trabalho de formiguinha para colocar Lisboa nos roteiros internacionais para depois aparecer com asterisco, a fazer chamada para o rodapé do folheto, “transportes públicos só até às 21 horas”. Um Governo de absolutos incompetentes que só consegue ver os cifrões no imediato.
[Imagem de autor desconhecido]
Ou onde se dá conta de que o ministro das Finanças é “fã de Milton Friedman” e a razão pela qual, na Feira da Ladra, Don DeLillo é mais barato que o preço de capa do jornal, e o Tennessee Williams, por ter morrido em bom tempo, leia-se antes de ter sido entrevistado, não. Sorte igual à do Martin Amis, este por démodé [só a citar de cor o Top of the Pops das citações].
Ainda não é esta semana que compro o Expresso. E não é por ter anunciado que o FMI que já não vinha afinal vem pela segunda vez.
[Na imagem instalação de Jenny Holzer]