|| In Memoriam
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Ver os capitães de Abril descer a Avenida da Liberdade com uma cauda de bandeiras e palavras de ordem esquerda-retro-kitch, os "donos" do 25 de Abril, não vai com nada. O original, porque se leva a sério, é [muuuuuito] pior que a cópia, daí o sucesso dos Homens da Luta. O Dia da Liberdade não é d(a)e Esquerda nem é d(a)e Direita, não é um dia de luta e reivindicação, não é o 1º de Maio, é uma celebração. Custa muito perceber isto? Custa. E é por isso que uns festejam o 25 de Abril e outros o 25 de Novembro. Até que a morte os una.
(*) - "a perda de confiança nos dirigentes políticos é bem mais perniciosa do que a dívida pública"
(Imagem "A Poesia Está na Rua”, Maria Helena Vieira da Silva")
Para memória futura o dia em que 3 + 1 ex-presidentes da República, o melhor que arranjaram para mostrar ao povo foi uma aula de história recente de Portugal, em formato "se a minha avó não tivesse morrido ainda hoje era viva". Para o ano há mais, valha-nos isso.
«Pensez-vous nécessaire de rétablir les contrôles aux frontières françaises?»
(Imagem de autor desconhecido)
Este fim-de-semana foi assim.
Kanimambo – João Maria Tudela
(7”vinyl)
Como os «partidos de “extrema-esquerda”, mais não fizeram do que “colaborar com a direita em relação à queda do Governo”», devemos negociar com os partidos de direita, que mais não fizeram do que colaborar com a extrema-esquerda em relação à queda do Governo...
O raciocínio de Ferro Rodrigues só é válido num sentido, o sentido que lhe convém.
«Portas diz que o CDS- PP está a crescer graças à Agricultura»
Não merece mais que um parágrafo de tão fácil que é de desmontar: e o direito à diferença, à livre associação, à Democracia parlamentar multipartidária, "está decidido à partida «pelo chefe»" ou foi objecto de uma "ampla participação e discussão colectivas" e vai finalmente agora a votos, numa consulta livre e democrática?
"Passos Coelho é uma pessoa bem-intencionada com quem se pode falar"
(Na imagem Carlos Aires “Let's get lost bei Álvaro Alcázar” aus Madrid Foto, Merten Worthmann, ARCO Madrid)
"forçar hipermercados a favorecerem a produção portuguesa" (leram bem, "forçar") na boca de Jerónimo de Sousa e de Francisco Louçã era cair a bloga e o Twitter e o Facebook também e mais a economia de mercado, como é na boca de um personagem que pensa que é rei e que considera que "o Presidente da República tem tido um "papel positivo" na crise", o mesmo Presidente da República que quando primeiro-ministro foi o responsável primeiro pelo incentivo à não produção e ao abate na agricultura e nas pescas, com o "imenso dinheiro [que recebemos] para gastar, em coisas que podem ser muito engraçadas como a Expo, ter auto-estradas por todo o lado, ter centros culturais de Belém", passa pelos intervalos da chuva e até vai ter direito a links, e minutos de telejornal a começar por Dão.
(*) Que não da obra de José Régio mas daquelas que se punham na cabeça dos putos, virados para a parede, nas escolas primárias nos idos do Pai da Pátria aka Salazar.
Manuel Alvarez Bravo
Conversation Near the Statue, 1933