"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Gosto quase tanto de ouvir António Carrapatoso a falar em "cidadão" e em "sociedade civil" como gosto de ouvir Jerónimo de Sousa a falar em "trabalhador" e em "classe trabalhadora" . Tal e qual.
O treinador que nunca constrói uma equipa nem monta um sistema de jogo para se impor ao adversário mas sempre em função do que o adversário joga, do futebol mais feio que alguém alguma vez pudesse imaginar ser possível, e que ganha porque é melhor do mundo e arredores [desde que a bola rola sobre os relvados] e que até adivinha os resultados dos jogos, quando perde é porque o campo estava inclinado ou a relva estava molhada ou o árbitro era caseiro ou o calendário não era propício ou a bola era quadrada, ou tudo junto. Este ano foi um mau ano para a fanfarronice.
Se a ideia, e isto dando de barato que há uma ideia, é a rentabilidade económica na base do custo-benefício, privatizar a Justiça parece-me bem; se, pelo contrário, é a higiene e segurança no trabalho, libertando armazéns e armazéns de processos e bichos da prata, então o recurso ao julgamento sumário parece-me melhor.