"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Estava ali a ver o João Soares, o amigo do carniceiro-terrorista Jonas Savimbi – um preto apoiado pelo regime do apartheid sul-africano – na SIC Notícias a vaticinar que a seguir a Kadhafi na Líbia ia ser a vez de José Eduardo dos Santos em Angola. Pois.
O Presidente cessante não fala sobre “as questões do país” porque terminou o mandato e o Presidente eleito não fala sobre “as questões do país” porque ainda não tomou posse.
Se a gasolina é paga pelo consumidor depois de fazer todo um percurso que vai desde o preço de compra aos custos de refinação e distribuição e ainda os impostos cobrados pelo Estado, qual é a preocupação desse mesmo Estado com o maior ou menor consumo, se o preço a pagar incide sempre sobre o suspeito do costume, o consumidor? Acaso a gasolina é vendida a preço de custo? Ou subsidiada?
O Estado em todo o seu esplendor, a encontar (mais) uma forma de ir ao bolso do contribuinte.
Um dos lados positivos da revolta que varre os países árabes, e que começa agora a chegar ao Magrebe, é o de deixar a nu os cozinhados e os comércios de interesses por detrás das eleições dos representantes dos diversos países nas organizações internacionais, e quando da próxima vez que nos vierem dar música sobre o prestígio de Portugal na cena internacional, pela eleição de um qualquer representante para uma organização daquelas que tem um nome pomposo mas à qual ninguém passa cartucho, nos lembremos todos do prestígio da Líbia, da Arábia Saudita, de Angola, da China ou da Tailândia, entre outros, para integrarem o Conselho dos Direitos Humanos da ONU.