"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Nunca tinha visto tantos, preocupados com tão poucos. “Sinceramente” preocupados com o PCP e com os comunistas e com a Festa do Avante!. Esta genuína preocupação fica-lhes bem. E por aqui me fico.
E se «nenhum partido conseguir vencer com maioria absoluta as próximas eleições legislativas»; e que o bloco de Direita formado pelo PSD e pelo CDS/ PP, juntos pela soma dos votos conseguem essa maioria; e que se entendem; e que o Presidente da República à imagem do que já foi ensaiado, por exemplo em Israel, indigita o líder do segundo partido mais votado para formar Governo, com o argumento da crise e da estabilidade governativa. É possível? É um “golpe de Estado” constitucional?
Diz que vai à vidinha quando se der conta que já não está à altura da situação. O que, confessa, fez com as raparigas mais jovens quando viu que já não tinha pedalada, ou, como é de Fórmula 1 que tratamos, quando percebeu que era cavalagem a mais para a carroçaria.
Tudo se resume a forma(s) e fashion. Adereços penduricalhos. Tudo é circo no circo das corridas de automóveis, assim hajam palhaços pobres (de espírito) dispostos a engordar o palhaço rico. Na engenharia da multiplicação dos pães, nem «que sea aquí, en el desierto o en el Polo Norte».
Rejuvenesceram a senhora. “Política de Verdade” com uns retoques aqui e um photoshop acolá e o Pó de Arroz; já cantava o Carlos Paião.
Não havia necessidade. Quando as pessoas ligam para o call center – ou são ligadas pelo – o que menos querem saber é da cara da operadora. A persuasão para vender o produto é que é.
Totalmente de acordo. No entanto voltamos à “estaca zero”: por que razão(ões) num país com uma área total de 92.391 km² se escolhe para edificar um mega centro comercial uma área de paisagem protegida?
E com ou sem Joker, este é um esclarecimento que o Batman nunca deu.
Deve ter sido com isto no pensamento que Salazar lá se resolveu, por duas vezes na sua triste vida, viajar até Espanha (11 de Fevereiro de 1942, Sevilha e 15 Maio de 1963, Mérida).
E por estradas manhosas e mal-amanhadas. Por Duarte Pacheco não ter vivido o suficiente, e para Ferreira do Amaral faltar ainda meio século.
Enviar uma mensagem numa garrafa é, do imaginário hollywoodesco, estar perdido numa ilha perdida - de preferência no Pacífico - e pedir socorro, na esperança da garrafa levada pelas correntes encontrar metrópole ou ser encontrada por uma embarcação.
Escrever uma mensagem numa garrafa nunca é para contar. Nunca é para não esquecer. Nunca é para preservar a memória. Até hoje.
O que me preocupa é que a líder do maior partido da oposição, sem pensamento próprio e sem uma ideia que lhe valha, ter sido empossada no pelouro de Câmara de Eco da Presidência da República (vide o discurso do 25 de Abril), e ainda por cima não o saber fazer nas entrelinhas, para as pitonisas, como o faz o Mestre.
O politicamente correcto na vida e na morte, na saúde e na doença.
Uma vez que o Deus é uno e comum, e somos todos filhos de Abraão, podem-lhe chamar de “portuguesa”. Assim como assim já nos chamaram chamam tantas coisas e da fama já ninguém nos livra.