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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Dos tempos em que Freitas do Amaral era fascista

por josé simões, em 16.10.08

 

 

Uma amiga, portuguesa do Barreiro, descendência daqueles que há 100 anos comeram o pão que o diabo amassou debaixo das ordens de um capataz de apelido Estaline, para construir um império chamado CUF, foi-se para a Alemanha ainda nos tempos em que Feitas & Sá Carneiro eram o Governo AD. Por lá ficou, por lá casou com um boche, e por lá teve filhos do dito boche, que até nem é mau tipo se descontarmos o facto de gostar de Rammstein. Coisa rara nos imigrantes portugueses, desligou completamente e ficou alemã, se descontarmos o facto de ainda gostar de bacalhau.

 

Quis o destino que o regresso para férias fosse por alturas em que Freitas era ministro de Sócrates. E diz-me ela assim ao jantar enquanto colocavamos a escrita em dia: “No vosso país (N. da R. – a subtileza de “vosso”) as coisas mudam rápido. Quando saí o Freitas do Amaral era o Seitas do Mal no jornal O Diário; regresso e já é quase comunista na boca do Portas”.

 

"O Diogo era devoto de Salazar, amigo do presidente Tomás, de quem um tio era ajudante, ao ponto de ir preparar os seus exames para o Palácio de Belém! A revolução dos cravos foi sobretudo a derrocada do carácter dos portugueses. Que homem!"

 

Pois é Fraulein X (chamemos-lhe assim), como as coisas mudam rápido no meu país!

 

(Imagem de João Bafo-de-Onça roubada aqui)

 

 

 

Uma grande primeira página!

por josé simões, em 16.10.08

 

 

Da série Grandes Primeiras Páginas a que o Público nos vem habituando, a de hoje é para guardar. José Manuel Fernandes dá (mais) um tiro no pé.

 

“Peso do Estado na economia é o mais elevado de sempre”, e depois a moeda de Euro fraccionada: 22, 5% Segurança social; 19, 5% Saúde; 16, 5% Educação, que é o que interessa e mais chama a atenção do transeunte que passa nos quiosques e nas bancas.

 

Assim à primeira vista até parece pouco.

Em sectores como a Segurança Social, a Saúde e a Educação, num país com graves carências e desigualdades, onde a mão do Estado é a derradeira bóia de salvação; do ponto de vista do “povo de esquerda” - que é onde Sócrates tem de ir pescar votos para nova maioria absoluta - o “peso do Estado” não devia ser maior?

 

Ah grande José Manuel Fernandes!

 

 

 

 

Armar confusão

por josé simões, em 16.10.08

 

 

Ainda a rábula Orçamento de Estado/ PEN/ Magalhães.

Segundo me parece, a culpa a apontar ao Governo é a de ter dado um passo maior que as pernas. Quis entregar o Orçamento um dia antes da data prevista e não o conseguiu. E o ministro da Propaganda, perdão, dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva) até pediu desculpas pelo facto. Peripécias e encenações à parte, o que realmente interessa é que o Orçamento foi entregue na data prevista.

 

Depois a estória dos protestos dos partidos da oposição.

Partidos da oposição, que eu saiba, são dois: o PSD e o PCP – o Bloco bem se estica, mas não passa disso mesmo, dum esticanço, o CDS/ PPwho the fuck are the CDS?! – ora na noite da semi-entrega do Orçamento, Pedro Passos Coelho e Ruben de Carvalho entrevistados por Mário Crespo, disseram textualmente que esse atraso não passava de um fait-divers, o que interessava era o Orçamento himself.

 

Mas isso foi antes de passarem pela Lapa e pela Soeiro Pereira Gomes; respectivamente.

 

 

 

 

A Voz do Povo

por josé simões, em 16.10.08

 

 

Setúbal, Avenida 5 de Outubro; há bocadinho e ao balcão do café “do Beto”, um dos habituées na ressaca do Portugal - Albânia:

 

“Ah pá sóçe; xquerréve aí o quê t’digo: o Quêrroz é com’ ó Santana Lopes; é bem vestide, bem-falante e bem relacionade, e é só porr’isse que tá onde tá. E vai continuarre a andarre porr’aí. E má dia meno dia tás com ele do Benfica!”

 

 

Galeria dos Óscares (XLXXXX)

por josé simões, em 16.10.08

 

1997

 

Titanic