Fim-de-semana
Este fim-de-semana foi assim.
Reworks 136 – Paul Kalkbrenner
Gebrunn Gebrunn (Alexander Kowalski rmx)
(White vinyl, 12”)
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Este fim-de-semana foi assim.
Reworks 136 – Paul Kalkbrenner
Gebrunn Gebrunn (Alexander Kowalski rmx)
(White vinyl, 12”)
Por ossos do ofício passo o fim-de-semana fora do mundo real. Quando estou a fazer o up-grade descubro que «O avistamento de dois tubarões levou este sábado a Polícia Marítima a tirar os banhistas da água na praia do CDS».
As voltas que o mundo dá! Vai um homem de fim-de-semana para as catacumbas do vício do álcool e de todas as depravações (música incluída) com o CDS na praia entregue à esquilha e ao carapau pilim, e quando regressa já a coisa vai em tubarões. Mais à frente leio: «Três horas depois de ter sido dado o alerta, a polícia disse à Lusa que tudo não passou de um falso alarme». Tudo está bem quando acaba em bem.
(Também podia fazer aqui um trocadilho entre o «avistado um mergulhão à tona» e Paulo Portas, mas é melhor ficar por aqui).
Não sei se é pelo blog ter nome em alemão… apesar dos primeiros links serem, respectivamente, a Declaração Universal dos Direitos do Homem e mais 5 – cinco – 5 entradas para a memória do Holocausto. Realmente a referência é algo demagógica e de mau gosto.
Para se ter a noção do que estamos a falar; comprado há uns anos atrás em saldo (1 euro!) num supermercado em Vale de Cambra onde fui parar por acaso; e de leitura acessível a qualquer cidadão que não se mova nas teias do Direito:
Justiça Nazi – a lei do holocausto
Richard Lawrence Miller
Editorial Notícias (sem data de publicação)
Está para ali um gajo a passar a impressão digital no vinyl até às 6 da manhã para animar as hostes. À roda do Detroit-techno-techno minimal-Carl Craig-Wagon Repair-Paul Ritch-e afins. Tarefa ingrata apesar de ser sexta-feira num sitio onde para o publico Franz Ferdinand já parece música de betos. E é chegar a casa e é dormir à pressa e tomar um duche e (heresia suprema!) (des)fazer a barba e ir a correr desalvorado pela A2 a fora para o baptizado do filho do amigo a que não se pode dizer não, ainda para mais quando é primo. E chegar lá todo endrominado a precisar de beber com urgência litro e meio de Água das Pedras e três cafés duplos, com os olhos que mais parece um cherne com 15 dias de gelo, e apanhar com um padre – no mínimo estranho – com uma palestra levada da breca, daquelas que nunca me lembra de ter ouvido em todos os dias da minha vida. Um padre num baptizado, sem nunca "ir" ao Novo Testamento e a evocar “heróis” do Antigo Testamento; o Rei Salomão, o rei David, o profeta Elias, e o profeta Isaías também. Foda-se que esta para mim é novidade. Um padre “judeu” não lembra nem ao rei Herodes!
E depois a parte mais tramada – era para ter escrito “a parte mais fodida”, mas achei que ficava mal –, um gajo que não acredita em nada e que até faz gáudio – era para escrever “profissão de fé” mas achei que ficava mal - em ser agnóstico militante, apesar de não se meter a moer o juízo aos outros em tentativas de conversão à sua fé (já está!); tem de jurar e prometer, numa igreja que parecia saída do decor duma telenovela da Globo, educar o afilhado na fé cristã. A isto chama-se um bico-de-obra, um trabalho do caralho! Ter de repente de ser dois em um. De noite um boémio desgraçado do arco-da-velha que não perde uma, e de dia vestir um heterónimo de fiel a Cristo e à Lei de Deus e ainda por cima em caso de desgraça dos pais do afilhado – lagarto, lagarto, lagarto! – ter, sob promessa, de educar o puto segundo os princípios da Santa Madre Igreja. Foda-se!
Salvou-se o almoço!
(Foto roubada no Le Soir)
Sonho Alusivo; 1976
Jan Saudek
Se é para chatear os talibans fundamentalistas do Vaticano, o Der Terrorist publica!
(Ai o César das Neves!!!)
Adenda: Há uma coisa que me faz "espécie". Como é que a padralhada soube da existência das fotos? Eu que não compro a Playboy apesar de não ter feito voto de celibato, não sabia. Soube por causa deles...)
Já era esperado.
Primeiro foi no assalto / sequestro ao BES. Escreveram-se coisas que, se eu fosse facilmente impressionável, tinha desatado a chorar que nem uma Madalena arrependida por alma do bandido-sequestrador e com um ódio de morte ao facínora do sniper.
Agora é a alteração à Lei das Armas.
E, como diz “o outro” valha-me Deus! o Procurador-geral da República é demagogo e irresponsável por «denunciar o “hiper garantismo” dos arguidos», porque, «afinal de contas indivíduos que o Sr. PGR não pode, ou não devia ignorar, serem cidadãos na posse plena dos seus direitos, liberdades e garantias».
Então e «os direitos, liberdades e garantias das vitimas», que é o que para aqui conta?
É ou não é o faroeste ao contrário?
“The perfect way to swat a fly: stay one jump ahead
The perfect swatting strategy to outwit pesky flies has now been revealed by scientists at the California Institute of Technology”
(Link)
Após ter aprendido que na China não há censura na web; mas tão-somente “alguma «desabertura» sua «revelada» em termos de acesso aos sites de propaganda «organizadora» contra o seu regime”, ainda assim, presumo, não fossem os utilizadores pensar que o que lêem é verdade e revoltarem-se contra as verdades estabelecidas; e depois de ler esta prosa: “Será a possibilidade de, em permanência, não só localizar para apontar por tudo o que é mundo. (…) Será agora a ambição de entrar em tudo o que é computador, processador, para observar, desorientar, destruir, sendo o caso. Daí, a perspectiva de profissão para os novos hackers (…)”, lembrei-me deste acontecimento recente, e dei por mim a pensar no que poderia ter sido o mundo se nos tempos de Ioseb Besarionis Dze Jughashvili e de Lyeaníd Ilítch Bryéjnyef já houvesse acesso generalizado à web…
É amanhã no Baco. A partir das 23 horas.
Na Praça Marquês de Pombal. Em Setúbal.
(A partir das 6 estou de armas & bagagens - leia-se vinyl & pratos - no after do Clube do Rio; frente à Lota de Setúbal)
LIVROS
Como a Raiva ao Vento
Rawi Hage
Editora Civilização
A Subjectividade Por Vir
Slavoj Zizek
Relógio d' Água
DISCOS
Sing Dionne Warwickes Greatest Hits
The Dells
Dusty Groove
Babylon
Harmonize Most High
Ruby Red
Blues in the City
Laverne Butler
Max Jazz
Se eu fosse muito maquiavélico, diria que este clima recente de roubos, assaltos, assassinatos e violência gratuita, assenta que nem uma luva nas assinaturas do decreto dos “chips electrónicos” e da Lei da Segurança Interna. Preparou a opinião pública para a sua aceitação.
Mas isso era se eu fosse muito maquiavélico.
"A lei é igual para todos, sobretudo quando decorre de razões de ordem pública. O episódio pode parecer irrelevante, mas é na forma como um país lida com estas situações que se joga uma alternativa entre o real e a não-integração e um desastre por falta de comunicação. "
"Temos de respeitar os hábitos e costumes de outros, no retorno, porém, os outros respeitem nossas leis."
(Link)
(Foto roubada no Le Soir)
Donde sou levado a concluir que, nunca indo o «Estado Central» abdicar do seu poder de cobrar impostos e os redistribuir pelos diversos organismos (autarquias e regiões incluídas), será necessário a criação de mais um imposto, a pagar directamente pelas populações “alegremente” regionalizadas, à nova elite dirigente regional e mais a multidão de burocratas que inevitavelmente irá surgir…
(Foto do “empresário” Sam Giancana, roubada no Chicago Tribune)
The Sounds Scientists Sessions; a solo.
Amanhã no ADN, na Travessa da Anunciada em Setúbal.
Com partida às duas.