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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Carrinho das Compras

por josé simões, em 25.05.07

LIVROS

 

 

O Messias dos Judeus

Arnon Grunberg

Bico de Pena

 

 

Um Homem Acidental

Iris Murdoch

Relógio d'Água

 

 

Poesia 1963 / 1995

Vasco Graça Moura

Quetzal

 

 

DISCOS

 

 

Joystone

Jimi Tenor & Kabu Kabu

Sahko / Compact

 

 

Hissing Fauna, Are You the Destroyer

Of Montreal

Polyvynil / Popstock

 

 

New Magnetic Wonder

Apples in Stereo

Yep Rock / Compact

O deserto, ou a estupidez tem limites (II)

por josé simões, em 24.05.07

Um aeroporto na margem Sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o Norte do Sul do país

 Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS.

 

Está assim explicada a razão para os aeroportos de Heatrow e Gatewick serem na margem norte do Tamisa. Nestas coisas da prevenção e combate ao terrorismo, os ingleses estão muito à frente!

O deserto, ou a estupidez tem limites

por josé simões, em 24.05.07

 

Legenda:

Caravana do PS em acção de propaganda - Setúbal, últimas legislativas.

 

Confesso que pensei mais que duas vezes antes de escrever sobre isto, tal não é o absurdo do tema. Ainda tenho as minhas dúvidas se isto merece comentário…

 

«Fazer um aeroporto na margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico, porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas»

Mário Lino -  ministro das Obras Públicas.

 

Vamos lá a ver se percebi bem a coisa. Um dos argumentos contra a Portela é que se situa no meio de tudo. No meio das escolas, no meio dos hotéis, no meio do comércio, no meio de milhões de pessoas. E que qualquer dia há uma catástrofe. Este argumento contra a continuação da Portela, marca pontos a favor da construção de um novo aeroporto, noutro lugar qualquer, Ota ou Margem Sul, não é isso que está agora em discussão – apesar de eu me inclinar pela Margem Sul – desde que por ali à volta não haja nada, ou quase nada. E que não se torne a cair nos mesmos erros do passado – especulação imobiliária e urbanizar a eito. O absurdo das declarações do ministro, para não lhe chamar outra coisa, reside no facto de a Ota ser muito mais deserto que a Margem Sul, logo a haver uma aeroporto, e, segundo o raciocínio de Mário Lino, seria no Rio Frio ou no Poceirão.

Também podemos entrar por outro lado. Um aeroporto não é só um local onde aterram e descolam aviões. Quando se constrói um aeroporto, constrói-se um pólo aglutinador de empresas e serviços; de desenvolvimento duma região. Logo teria de ser no “deserto” da Margem Sul, se o discurso de Mário Lino fosse coerente.

Mas a Margem Sul não é nenhum deserto. Temos por exemplo a Auto Europa; a ainda Cintura Industrial de Setúbal; os Parques Industriais do Seixal e Palmela; o Porto de Sines; o Porto de Setúbal; o Fórum Almada; o Fórum Montijo e o Outlet de Alcochete; temos cinemas e teatros – Almada é a capital europeia do teatro; e, pasme-se (!), temos Universidades e Politécnicos. Hospitais, vamos tendo enquanto o ministro Correia de Campos andar entretido a acabar com eles noutras zonas do país…

 

Sobre estas declarações seria deveras interessante ouvir o que os autarcas e presidentes de Câmara eleitos pelo PS têm a dizer. E também os que já foram presidentes, eleitos pelo partido de Mário Lino. Esta trás água no bico, porque estou a lembrar-me concretamente de Mata Cáceres que governou Setúbal durante 16 anos. Setúbal à época não era um deserto, mas era um sítio aprazível e com um bom índice de qualidade de vida, e foi em nome desse mesmo desenvolvimento que o ministro das Obras Públicas diz não haver na Margem Sul, que Mata Cáceres escaqueirou a cidade e a transformou num caos.

 

Interessante de ouvir também, era a opinião de Belmiro de Azevedo. Com milhões de euros investidos para transformar a Península de Tróia num must do turismo. Pespegam-lhe com o aeroporto lá para a Ota e acabam com a Portela. Segundo o douto ministro «não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio». E há as questões ambientais, que só existem aqui, e que não existem, por exemplo, na Costa Vicentina, ao redor do Alqueva, ou no que ainda resta do Algarve. Tudo PIN’s (Projectos de Interesse Nacional), respeitadores do ambiente e tudo!

 

Há quem veja nestas caLINOadas (já tínhamos as PINHOadas do ministro da Economia) um sinal do desespero argumentativo em defesa do indefensável - a Ota. Pode ser que sim, mas eu além disso, encontro também aqui outra variável. Desde a revolução de Abril, e salvo raras excepções, o pessoal cá deste lado, da Margem Sul, vota sempre comunista. E estas coisas pesam e pagam-se. E Mário Lino é um ex-comunista.

 

(As saudades que eu tenho dos tempos da primária, em que o meu pai me levava de camelo para a escola “do Sousa”, ao lado do que agora é o “Santiago do choco frito”, e parava para o animal beber água num oásis que havia nas Fontaínhas, mesmo em frente aos ferrys para Tróia. Tempos que não voltam mais…)

 

The Sounds Scientists sessions

por josé simões, em 24.05.07

... E é já amanhã no ADN em Setúbal. Mais uma The Sounds Scientists sessions, desta feita com Rogério Martins (Piston Recordings) & Mister Simon (http://guerrilhaclub.blogspot.com ).

A partida é à uma.

Se a minha avó não tivesse morrido, ainda hoje era viva... (II)

por josé simões, em 24.05.07

 Paulo Bento na sua cruzada em dar razão aqueles que dizem que futebol não rima com inteligência, ganhou ontem um aliado de peso; o presidente do Benfica. Luís Filipe Vieira disse sem se rir, que ao ver o modo como o clube de que é presidente foi recebido em Toronto, ficou com a sensação de ter sido o Benfica o campeão deste ano.

Partilho as mesmas sensações de LFV. Ao ver o modo como Mantorras foi recebido ao longo do campeonato, fico com a sensação de ter sido ele o melhor marcador da Liga. Foi nomeado para Bota de Ouro?

O pequeno poder

por josé simões, em 24.05.07

 “O que inquieta mais em Portugal não é a desvergonha do grande poder mas, no essencial, do pequeno poder. Contra o grande poder há eleições, oposição, uma imprensa tendencialmente livre, mil e um procedimentos e garantias e até um Tribunal Constitucional que José Sócrates costuma faustosamente desrespeitar. Contra o pequeno poder não há nada disso. O pequeno poder pode lesar, oprimir, abusar, sacanear e arruinar com absoluta liberdade e anormalidade, sem que as vítimas tenham capacidade para se defenderem. O pequeno poder é feito de governadoras civis como a de Lisboa que, exercendo uma competência que ninguém percebe porque é que tem, marcam as eleições autárquicas na data que mais favorece o partido do Governo. O pequeno poder é feito de “directoras” como a da Direcção Regional da Educação do Norte, que decidiu a suspensão preventiva (?) e a abertura de processo disciplinar contra um professor que contou uma pilhéria sobre o curso de José Sócrates.”

 

Pedro Lomba, para ler no Diário de Notícias de hoje.

 

Amnistia Internacional, relatório anual

por josé simões, em 24.05.07

“Quando encaramos os outros como uma ameaça e estamos dispostos a negociar os seus direitos humanos em troca da nossa segurança, estamos a jogar um jogo sem vencedores.”

 

“O mundo encontra-se tão polarizado como no auge da guerra-fria , e em muitos aspectos mais perigoso. Os princípios universais que nos deviam unir estão a ser desbaratados em nome da segurança. A agenda é ditada pelo medo – instigado, encorajado e sustentado por líderes sem princípios.”

 

“As políticas do medo tornaram-se mais complexas com o aparecimento de grupos armados e grandes grupos empresariais que cometem ou permitem abusos dos direitos humanos. Governos fracos e instituições internacionais ineficazes são incapazes de os fazer responder pelos seus actos, deixando as pessoas vulneráveis.”

 

“A marginalização de uma enorme parte da humanidade não deve ser encarada como um custo inevitável da prosperidade global. Não existe nada de inevitável nas políticas e decisões que negam às pessoas os direitos económicos e sociais.”

 

Irene Zubaida Khan , secretária-geral da Amnistia Internacional, na apresentação do relatório anual da organização.

 

Porque lhe apeteceu?

por josé simões, em 23.05.07

 Após aturadas investigações, a procuradoria britânica resolve acusar o empresário russo Andrei Lugovoi, de ter assassinado o ex-oficial do KGB Alexander Litvinenko por envenenamento com Polónio 210. Lugovoi, ele próprio um antigo oficial do KGB, em tempos responsável pela segurança de altas individualidades do Estado.

Até aqui tudo bem. Mas qual a razão ou razões que levaram Lugovoi a assassinar Litvinenko? A mando de quem? Ou foi porque pura e simplesmente lhe apeteceu?

Convinha que a Scotland Yard, a procuradoria, ou quem de direito esclarece-se isto.

 

Se a minha avó não tivesse morrido, ainda hoje era viva...

por josé simões, em 23.05.07

 Paulo Bento parece apostado em dar razão aqueles que dizem que futebol não rima com inteligência. Hoje n’A Bola tem um brilhante raciocínio. Se fosse no tempo em que uma vitória só valia dois pontos, o Sporting este ano tinha sido campeão. Pois. Do mesmo mal me queixo eu… Se fosse no tempo da minha avó, eu, com o salário que recebo hoje, era no mínimo o homem mais rico do concelho de Setúbal!

Uma ideia simples

por josé simões, em 23.05.07

Com o Diário de Notícias de hoje recebo uma brochura do Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural, IP, com o sugestivo título «44 Ideias Simples para promover a tolerância e celebrar a diversidade».

 

Logo a abrir, um prefácio do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira. Primeiro parágrafo:

 

Seria um erro descansar à sombra da “tradição multicultural portuguesa” – tantas vezes recordada – e cruzar os braços quando se trata de promover, junto da opinião pública, a riqueza da diversidade cultural e do encontro de culturas, no diálogo, na tolerância e no respeito mútuo.

 

Qual tradição multicultural portuguesa? Aquela fruto das sucessivas invasões e ocupações da Península, pelas mais diversas civilizações – Fenícios, Romanos, Árabes, Visigodos, etc. – até à estabilização com D. Henrique no Condado Portucalense; e posterior reconquista do resto do território pelo seu filho, o primeiro rei de Portugal, até à criação da nacionalidade? Calculo que não seja essa a tradição multicultural referida. Porque a outra, a que está subjacente ao texto, na realidade não existe. O que existiu foi uma centelha de deserdados políticos e sociais de um povo, com menos escrúpulos, preconceitos, e valores morais e religiosos que os congéneres europeus, que, dentro de cascas de nozes foi por esses oceanos fora e, em cada escala, ia satisfazendo os apetites sexuais com as nativas. Com isso surgiu o que hoje chamamos mestiçagem, e cujo melhor exemplo é um país chamado Brasil. A isto não se chama “tradição multicultural”, chama-se instintos primários animalescos.

 

Avançamos na brochura. Entre as “Ideias Simples” sugeridas encontramos: fazer compras numa loja especializada em produtos de outros países; aprender outras línguas; criação de placards multilingues nas escolas (o que é que a recente proposta de lei – chumbada - do Bloco tem a haver com isto?); um calendário escolar que contemple a diversidade religiosa; aprender palavras nas línguas dos imigrantes; ter em atenção as datas significativas para as diversas culturas – os feriados religiosos, por exemplo; mensagens em diversas línguas nos locais públicos, entre outras.

Pergunto eu, na minha ingenuidade: Não seria muito mais fácil distribuir um folheto a essa imensa minoria que são os imigrantes, onde lhes fosse explicado que estão num país diferente, com língua, cultura, e tradições diferentes, com quase 900 anos de história, e que seria muito mais fácil para todos – eles e nós – tentarem integrar-se o mais rapidamente possível, independentemente de manterem as suas tradições e os seus laços culturais? Seria mais fácil e mais barato!

 

Nos meus tempos de estudante tive um professor de Química que, quando queria denegrir um aluno dizia: “Sabes, fulano de tal, tens dois problemas: és burro e não queres aprender!”. Esta frase pode perfeitamente ser aplicada ao(s) nosso(s) Governo(s). É que ideias simples como estas, já foram experimentadas noutros países europeus, nomeadamente na Holanda e em França, com os resultados que se conhecem.

 

Já não há pachorra para o “politicamente correcto”. Depois anda tudo numa lufa-lufa que os nazis, perdão, os nacionalistas, colocaram um cartaz na rotunda do Marquês.

 

Apetece-me terminar o post, recorrendo ao setubalense, que, para quem não sabe, é aquele dialecto que se fala na minha cidade, Setúbal. Para o senhor ministro Pedro Silva Pereira: “Vai andande mane!”, que é como quem diz: “Desampara-me a loja!

Outros blogues

por josé simões, em 22.05.07

Português técnico

 

"Evoluímos para melhor", sentenciou José Sócrates", lê-se no Jornal de Notícias. Quem discutir "português técnico", leva.

 

Via Portugal dos Pequeninos

http://portugaldospequeninos.blogspot.com/

 

Nova Iorque 1997 / Bagdad 2007

por josé simões, em 22.05.07

Se dúvidas (ainda) houvessem sobre as reais intenções dos norte-americanos para o petróleo, perdão, para o Iraque; se dúvidas (ainda) houvessem sobre a capacidade da administração Bush para compreender esse vespeiro, fruto da sua criação, toda a região e todos os países circundante, elas ficaram ontem totalmente desfeitas com a notícia publicada pelo The Guardian.

Entra em funcionamento em Setembro próximo a maior embaixada do mundo. Localiza-se em Bagdad; é dos Estados Unidos. São 27 edifícios e casas dispersos por 42 hectares – uma área semelhante ao Vaticano; vai custar 438 milhões de euros.

 

De repente vem-me à memória um filme de John Carpenter cuja acção decorre num cenário pós-apocalíptico: Nova Iorque 1997. Manhattan é uma ilha isolada do resto do país, de onde não se pode sair, dominada por bandos e seitas que ditam a sua lei consoante zonas de influência demarcadas e divididas. Nem é necessária muita imaginação; inverta-se a situação, substituindo Manhattan pela embaixada dos EUA em Bagadad. Aqui está John Carpenter – o mestre – premonitório.

 

Como se desgoverna uma cidade

por josé simões, em 22.05.07

Vital Moreira assina hoje no Público uma crónica com o título “Como se desgoverna uma cidade. Escreve no primeiro parágrafo:

 

Se alguém quiser saber como se desgoverna uma cidade, com persistência e eficiência, só tem de ver o caso de Lisboa. É um verdadeiro manual de boas práticas na arte da desgovernação, da irresponsabilidade financeira, da decadência urbanística, do caos automóvel, da paralisia urbana. Como foi possível chegar até aqui?

 

Errado! Onde se lê Lisboa deveria ler-se Setúbal. Mas não se lê por duas razões muito simples. A primeira, é que Setúbal apesar da distância no espaço em relação a Lisboa ser apenas 50 quilómetros, e da distância no tempo ser pouco mais de 20 minutos, fica longe, muito longe; quase no fim do mundo. Aquele fim do mundo onde personagens como Vital Moreira vêm de vez em quando comer uns peixes assados no carvão, desde que não se veja o carvão e o fogareiro tenha uma chaminé. Só assim se compreende a razão porque, à excepção do PC, uma vez com Ruben de Carvalho, nunca nenhum partido apostou num peso-pesado para a Câmara da cidade que chegou a ser a terceira de Portugal.

A segunda, mas nem por isso menos importante que a primeira, prende-se com o facto de a cidade ter chegado ao estado lastimoso em que se encontra, pela via da governação de 16 anos de executivos presididos por Mata Cáceres – como muito bem sintetizou Miguel Sousa Tavares em artigo publicado no jornal A Bola de 8 do corrente e reproduzido neste blogue. Mata Cáceres que por acaso é militante do mesmo partido a que Vital Moreira pertence. E isso, obviamente, a Vital Moreira não interessa referir.

 

Entretanto Setúbal continua adiada e talvez irremediavelmente perdida.

Portugal rural

por josé simões, em 22.05.07

Vestígios do Portugal de Salazar e Cerejeira uma rua de Mora - Alentejo.

Paulo Portas e a Turquia

por josé simões, em 21.05.07

Raramente estou de acordo; quase nunca me identifico com o discurso de Paulo Portas, mas às vezes, quando se esquece de representar, o homem até diz umas coisas acertadas. Ou como muito bem escreve São José almeida no Público de hoje “ (…) ir mais longe como político, do que ser eternamente o campeão da mediatização, que vive obcecado com o discurso publicitário, mesmo quando se traveste em político sério, com fato risco de giz, e se apresenta grávido de Estado e empanturrado de interesse nacional.

Ontem, no discurso de encerramento do congresso de Torres Novas, Portas defendeu um estatuto especial para a Turquia no seio da União Europeia.

 

A Turquia só é um Estado laico porque tem a tutela militar. Quando deixar de a ter, transforma-se num Estado religioso.”

 

Nem mais! Se é inadmissível haver um Estado religioso dentro da União, muito mais o é, um Estado tutelado pelos militares. Não querer admitir isto, ou pior ainda, tentar escondê-lo, argumentando com a necessidade de mão-de-obra jovem na União e ao mesmo tempo resolver o problema da imigração clandestina; ou com o alargamento das fronteiras da democracia até às barbas do Islão, e sua consequente democratização por contágio, é querer fazer de nós todos parvos.

Venha a mão-de-obra que vier da Turquia, o problema da imigração clandestina com destino à Europa não vai terminar porque o problema não está aqui; está nos países de origem e enquanto não for resolvido onde deve ser…

Quanto à democratização do Islão por contágio ou arrastamento, é uma falácia. Não houve o mais leve sinal disso poder vir a acontecer na região pela via turca, apesar da democracia tutelada pelos militares, mas ainda assim democracia; e, esse também foi um dos argumentos da administração Bush no Iraque, com os resultados por demais conhecidos. Além disso há um pequeno pormenor, incontornável nesta questão; a esmagadora maioria da população turca – uma maioria na ordem dos 90 e muitos por cento – professa o Islão. Islão não rima com democracia e secularismo; daí os militares no dia-a-dia turco. A Turquia como Estado de pleno direito na União Europeia é um cavalo de Tróia para o fundamentalismo islâmico; nunca uma ponta de lança para a democracia no próximo e médio oriente.