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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Retratos de Londres (VIII)

por josé simões, em 15.05.07

The Shakespeare Theatre. Construído no local exacto onde William Shakespeare teve o seu Teatro e a sua Companhia; baseado nos planos e notas originais, escritas pelo próprio. Uma curiosidade: A réplica é de tal modo fiel ao original que até o telhado do edifício é em colmo! 

... E a Operação Destruição continua

por josé simões, em 15.05.07

Nos últimos 30 anos, com o argumento do desenvolvimento e da promoção turística, temos assistido ao delapidar do património do país, e consequente perda de qualidade de vida para as populações. Património natural e arquitectónico, (estou a lembrar-me, por exemplo, da Caparica e Armação de Pêra), com o beneplácito do poder local, sempre com os cifrões da sisa na mira, mais umas quantas cumplicidades e promiscuidades com os construtores civis, onde cabe tudo, desde financiamento a partidos políticos a financiamentos de contas privadas.

Agora o Governo vem dizer que os apoios públicos para a requalificação urbanística a conceder entre os anos de 2007 e 2009, serão limitados às regiões de Lisboa, Costa do Estoril, Madeira e Algarve. Precisamente Costa do Estoril e Algarve as regiões do país onde as maiores barbaridades lesa património – qualquer que seja – foram cometidas. Lisboa e Madeira as duas regiões de Portugal que estão no topo da riqueza nacional.

A isto chama-se roubarem-nos a dobrar. Roubaram-nos para assassinar e destruir – com dinheiro nosso, de todos os contribuintes – o nosso património, em obras e investimentos mal feitos, sem pés nem cabeça a que pomposamente deram o nome de Planos, aos que deram; porque o resto, e este resto é a maior fatia do bolo, foi literalmente “por-cima-de-toda-a-folha”.

Roubam-nos agora, para possivelmente, corrigir as barbaridades cometidas ao abrigo dos ditos Planos. É obra!

 

Mas nem tudo está perdido. Para este Governo e os próximos; para estas Autarquias e para as próximas. Ainda há muito Portugal para descaracterizar e destruir. Estou a lembrar-me da Costa Vicentina e da Região do Douro. A esperança é a última coisa a morrer, já dizia a minha avó.

Eleições em Lisboa, mais do mesmo

por josé simões, em 15.05.07

Durante meses a fio, e apesar do caos e da paralisia administrativa, mais o aumento dos buracos nas ruas, proporcionalmente igual ao aumento do buraco financeiro, ninguém, nem nenhum partido, mostrou urgência em se demitir na Câmara da capital.

Consumada a demissão, num abrir e fechar de olhos são convocadas eleições para a Câmara de Lisboa, para uma data de tal modo “apertada” que inviabiliza a constituição de coligações e torna quase impossível o aparecimento de candidatos independentes.

 

Deixem-me ver se percebo: As eleições são convocadas pelo Governo Civil – que me lembre, nunca ninguém foi chamado a votos para eleger um Governador Civil… O Governo Civil depende directamente do Ministério da Administração Interna. O ministro titular do MAI é António Costa que, por pura coincidência, é o candidato do PS à Câmara de Lisboa. O PS é aquele partido a que Helena Roseta pertencia, e que acabou por abandonar para se candidatar como independente à Câmara de Lisboa…

 

Fala-se em consenso. Consenso o raio que os parta! Imagine-se as dores de cabeça para os partidos, se, e além de Helena Roseta, também entrassem na corrida Carmona Rodrigues e Maria José Nogueira Pinto. É o sistema. O sistema que durante anos impediu por lei que houvessem candidaturas independentes às autarquias, contorna agora a lei – de que nunca gostou, mas que aprovou contra natura – debaixo do guarda-chuva duma legalidade mais que suspeita. E se dúvidas houvessem, com o telefonema de António Costa a Helena Roseta, depois desta ter demonstrado a sua intenção em avançar em Lisboa, ficámos todos esclarecidos.

 

(O que vale, é que António Costa já está habituado a levar “bigodes” eleitorais de mulheres nas autárquicas. Que o diga a presidente da Câmara de Almada, quando o humilhou com uma maioria absoluta do tamanho do Concelho.)

 

Post-Scriptum: Cada vez gosto mais dos partidos!