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Feliz Ano 2007!
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Feliz Ano 2007!
1928 - A Praia das Fontaínhas, antes da construção da Doca do Comércio e onde actualmente se embarca no Ferry-boat rumo a Tróia.
Alguns blogs cá do sítio, ainda as tropas etíopes estavam a pensar se saíam ou não dos quartéis para pôr fim ao novo regime taliban que se anunciava para a Somália e, já clamavam por uma tomada de posição dessa entidade vaga que dá pelo nome de comunidade internacional, contra a invasão / ingerência nos assuntos internos de um país por outro, como se a invenção de mais um regime ditatorial e opressivo fosse assunto interno.
Agora que os etíopes chegaram a Mogadíscio, para um bocado à imagem do que o Vietnam já havia feito quando entrou no Cambodja para pôr um ponto final no regime sanguinário de Pol-Pot; importa ouvir a vox populi; Yusuf habitante de Johar, cidade a cerca de 90 kms da capital da Somália, hoje no Público a propósito da “invasão” e “ingerência nos assuntos internos” e “violação do direito internacional”:
“vamos poder novamente exprimir-nos, dançar, ouvir música e mascar livremente qat, sem nos arriscarmos a ir para a prisão ou até ser executados”.
A felicidade das pessoas é feita de coisas simples, que passam ao lado dos blogs…
Na edição de hoje do Público, Souto Moura, ex-Procurador-geral da República, o tal, o das cassetes e do faz-que-anda, aparece a insurgir-se contra aquilo que classifica de ressurreição do processo a propósito da repescagem de declarações da então sua assessora para a imprensa, Sara Pina.
Considerando que são
“levantadas suspeitas graves”, avança que “como facilmente se compreende, seria impensável que eu controlasse o teor de todas as conversas mantidas pela Dra. Sara Pina com colegas jornalistas” e, depois de 74 linhas e 11 parágrafos de escrita, remata
“Porquê isto?
Porquê mais isto?
Porquê agora?
Porquê mais isto agora?”
Tentando dar o seu modesto contributo ao ex-Procurador na procura das respostas, o blog terrorista recorda que, após a passagem de testemunho, Souto Moura numa entrevista, quando lhe perguntaram o que faria de diferente, respondeu, mais coisa menos coisa, que contrataria uma centena de assessores de imagem e outra centena de assessores para a imprensa.
Se como o próprio diz, ser impensável controlar o teor das conversas do único assessor que tinha…
Confirma mais uma vez as qualidades que lhe foram atribuídas enquanto exerceu: Não sabe estar calado.
Esta semana, o carrinho é vítima do impasse ao nível de edições, inerente à época. Enquanto as coisas não voltam à normalidade, fazemos uma repescagem pelo ano que agora finda. Boas leituras e boas audições!
Livros
- Um Bom Homem é Dificil de Encontrar
Flannery O'Connor
Cavalo de Ferro
- Harmónio
Wallace Stevens
Relógio d'Água
- A Minha Mulher
Anton Tchekov
Quasi
- Obra Breve
Fiama Hasse Pais Brandão
Assírio & Alvim
- A Moeda do Tempo
Gastão Cruz
Assírio & Alvim
Discos
- Return to Cookie Mountain
TV On The Radio
4 AD / Popstock
- He Poos Clouds
Final Fantasy
Secretly Canadian / Flur
- Clap Your Hands Say Yeah
Clap Your Hands Say Yeah
Clap Your Hands Say Yeah / Edel
- Broken Boy Soldier
The Raconteurs
XL / Popstock
- From Buraka To The World
Buraka Som Sistema
Enchufada
- Sátiro
Gaiteiros de Lisboa
Sony BMG
Miguel Frasquilho do PSD saiu para a rua a gritar “Aqui D’El Rei!” que entre os 25 da União Europeia, Portugal ocupa o 18º lugar atrás da Eslovénia e da Republica Checa.
Mas não era um dado adquirido, derrubado que foi o Muro de Berlim que, era só uma questão de tempo até isto suceder?
Precisamente o tempo que levou até estes países aderirem à União.
Descontando a parte
Tivemos os ameaços quando fomos invadidos por trabalhadores da construção civil, motoristas, jardineiros e todo o tipo de mão-de-obra não especializada vinda do leste europeu, portadora de diplomas que, incluíam médicos, engenheiros, arquitectos, etc., etc. Mas Frasquilho e o Governo PSD da altura não quiseram saber…
O problema de Frasquilho é ter de mostrar que a oposição existe, mas ao abrir a boca e reclamar contra o nosso 18º lugar, estar involuntariamente dar razão a Sócrates com a sua aposta na formação e na tecnologia, que é precisamente o que nos separa dos novos membros.
O Diário de Noticias na edição de hoje pergunta a várias personalidades da vida portuguesa “O que deixou para resolver no fim do ano?”.
Nuno Melo, líder parlamentar do CDS/ PP, ocupado que estava a conspirar contra o líder do partido Ribeiro e Castro e, a bajular Paulo Portas:
“ (…) infelizmente, só nestes últimos dias tentei fazer uma reserva de avião com destino algures ao continente americano e não consegui. Nem mesmo para o Brasil. Como consequência, tenho agora de passar o fim de ano em Portugal, o que me serve de aviso: para a próxima tenho de reservar antecipadamente.”
Leia-se nas entrelinhas: vai ser uma tristeza! Passar o ano junto da ralé nesta espelunca à beira-mar plantada. Que infelicidade!
“Tenho resoluções importantes, quer a nível pessoal quer a nível profissional, apesar de nenhuma delas ser publicável. Mas devem ser perceptíveis.”
Ao nível pessoal, ganhou vergonha e demite-se?
Ao nível profissional, ainda não se demitiu por estar à espera de algum convite de alguma Unicer, como o camarada de partido Pires de Lima?
E também vai recorrer do expediente da suspensão do mandato, até que a maré mude, usando o vaivém Parlamento / Empresas tão ao gosto da nossa classe parlamentar?
Também aqui se aplica a máxima do post anterior. “Boas entradas, que as saídas estão a ser péssimas!”
Exposições
- Paisagens Inúteis
Augusto Alves da Silva
Espaço Chiado 8 – Lisboa, até 5 de Janeiro
- Pintura de Inez Teixeira
Galeria VPFCream Arte – Lisboa, até 31 de Dezembro
Televisão
- Amarcord
Realização: Frederico Fellini Exposições
RTP 2, dia 27 às 00. 30 h
- As Pontes de Madison County
Realização: Clint Eastwood
RTP 1, dia 29 às 22. 45 h
Teatro
- Fedra de Jean Racine
Encenação: Rogério de Carvalho; Interpretação: Alberto Quaresma, Bernardo Almeida, Cecília Laranjeira, Cristina Alfaiate, Laurinda Chiungue, Margarida Gonçalves, Marques D’Arede, Teresa Gafeira
Sala Principal do Teatro Municipal de Almada – Almada, a partir de 28 de Dezembro às 21. 30h
Noite
- Noites Electro
ADN bar – Setúbal, dia 28 de Dezembro a partir da meia-noite e meia
- Gloop
ADN bar – Setúbal, dia 29 de Dezembro a partir da uma
Reveillon
- Largo José Afonso – Setúbal, a partir das 22 h
Entrada Livre com direito a fogo de artificio
- Irmãos Catita
Santiago Alquimista – Lisboa, dia 31 de Dezembro a partir das 22 h
- O Melhor Reveillon
O blog Terrorista vai ficar por casa com mais uns amigos e mais os putos, jantamos, comemos uns mariscos, bebemos uns copos, falamos de tudo e mais alguma coisa... e pró ano há mais!
Segundo a edição on-line de hoje do semanário Sol, o Governo não vai conceder tolerância de ponto no próximo fim-de-semana da passagem de ano, há semelhança do sucedido pelo Natal.
Ainda segundo o Sol:
O despacho do primeiro-ministro que justifica a tolerância de ponto concedida hoje refere que, «considerando que é tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período natalício, tendo em vista a realização de reuniões familiares», mas também «a prática que tem sido seguida ao longo dos anos», determina-se a tolerância de ponto «aos funcionários e agentes do Estado, dos institutos públicos e dos serviços desconcentrados da administração central».
As questões a colocar ao executivo e a José Sócrates são:
O seguimento de práticas seguidas ao longo dos anos é compatível com a atitude e espírito reformista deste Governo, ou serão antes resquícios do espírito natalício e dialogante de quem pertenceu aos Governos do católico António Guterres em que o Natal era todo o ano?
Ou será Sócrates a tentar emendar a mão depois de ter sido “entalado” pelas tomadas de posição de alguns presidentes de Câmara, sendo que a mais mediatizada foi a de Rui Rio no Porto (vá-se lá saber porquê…)?
A expectativa é:
Depois do PC/ Porto se ter insurgido contra Rui Rio, considerando a medida tomada um grave atentado aos trabalhadores e aos munícipes, será agora a vez do PC/ Nacional pela voz de Jerónimo da Sousa?
Em qualquer dos casos, boas entradas! porque as saídas estão a ser péssimas…
1942 - Vista panorâmica dos actuais Bairros de Nossa Senhora da Conceição e Santos Nicolau, com os respectivos moínhos de vento já desaparecidos e, com a península de Troia em fundo, sem uma única construção.
James Brown, 1933 - 2006
Get Up! I Feel Good!!!
A Câmara Municipal do Porto decidiu não dar tolerância de ponto aos funcionários no próximo dia 26.
Segundo Sampaio Pimentel, vereador dos Recursos Humanos, no mínimo um "gesto discutível" decretar tolerância para parte dos portugueses quando o país está em crise.
Apesar de não ser dia feriado e, toda agente dever trabalhar normalmente, como aliás acontece no sector privado, o PCP em comunicado:
"É um perigoso precedente que põe em causa os direitos dos trabalhadores".
Desde quando não ir trabalhar é um direito dos trabalhadores?
E acusa o PC no comunicado:
"A decisão prejudica também os munícipes"
Como assim? Os munícipes que não se queriam deslocar a repartições câmarárias e lá terão de o fazer por estarem a funcionar?
Ou os munícipes que que ficaram privados de mais um dia sem recolha do lixo?
Ele há com cada um!
“ (…) que na politica, “reino do mal”, como aprendemos com Santo Agostinho e Maquiavel, a razão de Estado, quando se trata da sobrevivência das comunidades e pessoas em situação limite – “mors tua vita mea” – leva os protagonistas a fazer as mesmas coisas: no Chile em 36, fatalmente ia haver confronto, guerra, vítimas de guerra, vítimas colaterais, vencedores e vencidos. Como na Rússia em 1917, na China em 1949, ou em Cuba em 1959. Como em França na Revolução ou nas Guerras Religiosas. Os vencedores sempre reprimem e punem mais que os vencidos e, nos casos citados, pode dizer-se que, a avaliar pelos exemplos dos correligionários, temos legitimas duvidas de qual teria sido o resultado da vitória dos “rojos” no Chile de 73 e em Espanha em
Quem assim fala é Jaime Nogueira Pinto (JNP) na edição de hoje do Expresso, num artigo intitulado “Batalhas do Passado”.
À parte a dedução estúpida de que “os vencedores sempre reprimem e punem mais que os vencidos” – que proponho desde já para o top ten das bacoradas do ano que agora finda – nunca dei noticia de haver vencidos a reprimir e a punir vencedores…
O que o sr. JNP diz é muito grave, por deixar implícita a defesa dos fascismos e dos seus crimes, com todos os dentes que tem na boca.
Segundo JNP eram inevitáveis as mortes e os crimes perpetrados por Pinochet e pela sua junta no Chile de 73. E inevitáveis porquê? Segundo JNP está em causa a "sobrevivência das comunidades e pessoas em situação limite". Nos casos específicos citados, Chile, Espanha ou até mesmo Cuba, quais comunidades? Quais as situações limite? No caso chileno talvez a comunidade dos que haviam perdido as eleições... JNP finge ignorar que aconteceu um golpe de estado que derrubou um governo legítimo e democraticamente eleito – Salvador Allende – e passa à frente; no caso de Espanha talvez a comunidade do proto-fascista-desterrado-no-norte-de-àfrica Francisco Franco; no caso de Cuba ilha-bordel-casino antes de Fidel, seria a comunidade dos americanos frequentadores, desde os "ilustres" até aos mafiosos foragidos ao Tio Sam.
JNP lança exemplos para desorientar, como a Rússia de 1917, esquecendo a Alemanha de Hitler ou a Itália de Mussolini, porque aí, pelos vistos o factor eleições já conta, ou faz mão de Cuba em 1959, esquecendo Cuba de 1958 e que 90% da culpa de Fidel se ter tornado no que se tornou se deve única e exclusivamente aos americanos que o empurraram para os braços de Krutchev.
E tem “legitimas dúvidas de qual teria sido o resultado da vitória dos “rojos” no Chile em
As mesmas dúvidas que JNP tem “ (…) em Espanha em
Estas dúvidas quer JNP, quer nós, vamos ter de viver com elas.
As dúvidas que não temos são as dos milhares de mortos por Franco, debaixo das lápides do Vale de Los Caídos; ou da autentica lição de história viva que está exposta nas catacumbas / abrigos, escavados na rocha da cidade de Cartagena, onde os seus habitantes viveram durante 2 anos debaixo de intensos bombardeamentos da aviação de Hitler, aliado ideológico de Franco contra o seu próprio povo. Outros dois democratas “anti-rojos” e criadores de dúvidas na mente de JNP.
Para JNP os Francos e os Pinochets são bons e recomendam-se pelo mérito de travarem os rojos.
Para JNP há ditaduras e totalitarismos, fascismos e outros ismos aceitáveis desde que não rimem com comunismos.
Parafraseando JNP no mesmo artigo “O tempo, que é um grande mestre (perdoem-me o “cliché”, mas é mesmo…) ensina que um ditador bom é um ditador morto, e JNP cronista / apologista de ditadores – desde que não sejam vermelhos – e seus métodos, já está morto. Ainda não deu por nada.
À saída da reunião de ontem do grupo parlamentar do CDS/ PP, de respostas estudadas e na ponta da língua, Telmo Correia não contava com uma. (Um prémio para a perspicácia do jornalista).
Interrogado sobre a comunicação entre o grupo parlamentar e a direcção do partido, Telmo Correia engasgou-se, gaguejou e deixou cair que não há comunicação e, depois tentou corrigir, demasiado tarde que por uma razão ou por outra…
Pois! Talvez mais por outra que por uma.
Quando o grupo parlamentar compreender que apesar da legitimação pelo voto popular, há outra legitimidade. A legitimidade dada pelo órgão máximo do partido – o congresso – a Ribeiro e Castro.
A não ser que cá, como na Palestina, a solução preconizada seja a criação de dois Estados (um para a Fatah, outro para o Hamas) um para Ribeiro e Castro, outro para Paulo Portas…
Livros
- Os Anéis de Saturno
W. G. Sebald
Teorema, 292 páginas
- Underground
Haruki Murakami
Tinta da China, 462 páginas
- Extensão do Domínio da Luta
Michel Houellebecq
Quasí, 123 páginas
- Entre Deuses e Césares - Secularização, Laicidade e Religião Civil
Fernando Catroga
Almedina, 512 páginas
Discos
- I Am Not Afraid of You
You La Tengo
Matador / Popstock
- Trauma
Post Industrial Boys
Max Ernest / Flur
- Camino Del Sol
Antena
New Sound Dimensions
- Give Me Your Love
The Sisters Love
Soul Jazz / Sabotage
- Live In Tokyo
Mingus Big Band
Sue Mingus Music / Universal
- Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos
Banda Do Casaco
CNM
DVD
- Pedro & o Lobo
Realizador: Suzan Templeton
Arthaus / CNM