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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Importa-se de repetir?!

por josé simões, em 20.11.06
“Era melhor que eles não se dessem. Mas dão-se.”
 
Marcelo Rebelo de Sousa, comentando a relação entre José Sócrates e Cavaco Silva, “Escolhas de Marcelo”, RTP1 em 19. 11. 2006.

Vitória de Setúbal

por josé simões, em 20.11.06

O Vitória de Setúbal faz hoje a bonita idade de 96 anos.

Ao clube, aos associados e à cidade, os sinceros parabéns do blog!

Os problemas de Marques Mendes

por josé simões, em 20.11.06

“Já ninguém acredita em promessas”.
 
A frase foi dita por Luís Marques Mendes, líder do PSD, maior partido da oposição e sublinhe-se, único com legitimas aspirações ao cargo de primeiro-ministro, durante um jantar com a comunidade portuguesa no Rio de Janeiro.
 
Seria bom que Marques Mendes esclarece-se o que realmente quer dizer com isto.
 
Se é uma critica ao Governo de José Sócrates por alegadamente estar “a fazer tudo ao contrário do que prometeu” na campanha eleitoral -como quer dar a entender, ou se é um lamento pelo contributo involuntário que o actual Primeiro-Ministro, com estas atitudes está a dar para num futuro (que Marques Mendes ambiciona não muito longínquo) as suas legitimas aspirações, em campanha eleitoral fiquem mais dificultadas.
 
Pessoalmente, pela parte que me toca como eleitor, fico satisfeito que já ninguém acredite em promessas. Demorou 32 anos, mas finalmente esse tempo chegou! Mas céptico como sou das cousas politicas e sabendo o quão curta é a memória colectiva, duvido que seja assim tão linear.
 
E Marques Mendes também o sabe.
 
Num jogo em que o arbitro (Cavaco Silva) não mostra cartões amarelos à equipe detentora do título (Governo), seria preferível a Marques Mendes abandonar a marcação ao homem e começar a jogar em marcação à zona.
Evitava faltas despropositadas que o penalizam fortemente e favorecem o adversário.
 
Parece-me que vamos assistir ao ano horribilis de Marques Mendes que até a gestão do balneário começa a perder, com a trapalhada na Câmara de Lisboa, o veto político a Pedro Portugal Gaspar e os jantares em Lisboa de Luís Filipe Menezes.
 
Entalados entre uma oposição quase impossível de fazer a um Governo que ocupou a sua – PSD – tradicional área de influencia eleitoral, e o aval dado ao Governo, por um Presidente que apesar “de todos os Portugueses” não deixa der ser uma referencia do partido, o PSD divide-se e tenta justificar o injustificável.
 
É o caso de Paula Teixeira da Cruz, líder da distrital de Lisboa do PSD.
Sobre a entrevista do Presidente da Republica à SIC: “Obviamente Cavaco Silva está a fazer o que tem que fazer”.
 
Ficamos gratos pelo esclarecimento, mas foi para isso que os Portugueses o elegeram; ou não foi?
Ganda Nóia!

A entrevista

por josé simões, em 17.11.06

A entrevista de Cavaco Silva à SIC correu mal a Marques Mendes e bem a José Sócrates.
Se duvidas houvessem, ontem ficaram completamente dissipadas: O Primeiro-Ministro e o Presidente da Republica são irmãos de sangue.
“Não houve nem forte nem leve dessintonia ” (entre o PM e o PR ), “Este Governo revela um espírito reformista” e “vai na direcção certa”.
 
A pergunta de Maria João Avillez , sobre quais as reformas que considera prioritárias, Cavaco responde: Administração Publica, Segurança Social, Educação e Contas Públicas, ora nem mais nem menos as que estão na agenda de Sócrates.
 
Nem era necessário haver mais entrevista, o que se lhe seguiu foi só para cumprir calendário.
Perante isto a Marques Mendes restam duas opções, ou encosta à esquerda para fazer oposição, o que não é crível que aconteça; ou arruma as malas e vai de férias porque isto está para durar. Pelo menos até depois da presidência portuguesa da UE em 2007.
 
Pelo meio tivemos um inédito televisivo que consistiu na promulgação de uma lei em directo, a Lei das Finanças Regionais, que segundo Cavaco atendeu a algumas sugestões suas e tem havido demasiado ruído à sua volta.
Mais um erro de estratégia de Marques Mendes ao encostar a Alberto João Jardim na deslocação à Madeira para prestação de vassalagem ao Presidente do Governo Regional. (Como já aqui havia sido escrito num post anterior).
 
Nem o presumível lapsus linguae sobre o célebre artigo da “má moeda”.
Foi apenas e só uma confirmação: “Não fiz o artigo dirigido a qualquer outra pessoa”.
 
Arrisco o palpite que José Sócrates tem como livro de cabeceira “O Príncipe”.
 
No Congresso da passada semana Helena Roseta e Manuel Alegre cumpriram na perfeição os papéis para si idealizados pelo líder.
Nas últimas presidenciais coube a vez a Mário Soares. É que Sócrates votou Cavaco porque sabia de antemão que era o único candidato que encaixava no seu perfil de governação.
 
Assim como Cavaco votou PS para as legislativas, como o prova a rábula dos líderes nos cartazes eleitorais e o não apoio a Santana Lopes.

Carrinho das compras

por josé simões, em 17.11.06

Livros

- Diário da Guerra aos Porcos

Adolfo Bioy Casares

Cavalo de Ferro, 236 páginas

 

- Travessuras da Menina Má

Mário Vargas Llosa

Dom Quixote, 376 páginas

 

 

Discos

- Berlin Serengeti

Radio Citizen

Ubiquity / Symbiose

 

- Best of Luna

Luna

Beggars Banquet / PopStock

 

- Concerto em Lisboa

Mariza

EMI Music Portugal

 

- Piazzolla Forever

Richard Galliano Septet

Dreyfus Music / Megamusica

Nota: Também saiu em formato DVD. Para quem quiser usufruir do som - excelente - acompanhado pela imagem, aconselho vivamente.

 

 

DVD

- Phase Two - Slowboat to Hades

Gorillaz

Parlaphone / Emi Music

 

- Quadrophenia

Realizador: Franc Roddam

Universal

Baseado no album homónimo de 1973 dos The Who.

Inglaterra de 1964 e a cultura "Mood" cujos expoentes máximos foram as bandas Small Faces, Yardbirds e os próprios The Who.

Actores: Phil Daniels, Sting, Toyah Luillox.

O regresso de Calimero

por josé simões, em 16.11.06

Há uns posts atrás, chamei a atenção para o regresso do Calimero. Não o dos desenhos animados, mas aquele que um dia foi primeiro-ministro, num governo que existiu durante uma seally season.
 
Ele tinha avisado que ia andar por aí. E anda.
 
Pedro Santana Lopes escreveu um livro. O mesmo de sempre: a Teoria da Conspiração, desta vez apimentada pela Teoria da Perseguição.
Nada de novo, o homem continua a viver noutro mundo. O mundo dos autistas, incapaz de ver mais além que circulo bajulador do clã da “Kapital” que o rodeia.
 
No entanto, no meio do novelo em que se enrolou, Santana Lopes deixa cair conscientemente o que para os mais desatentos seria uma bomba: Durão Barroso enquanto Primeiro-Ministro iludiu o País com o engodo chamado António Vitorino. Quando era suposto a diplomacia estar a fazer lobby para termos Vitorino na Comissão Europeia, Barroso preparava as coisas para dar de frosques para a dita Comissão.
 
Ora a suposta bomba, só o é para os mais distraídos do percurso de Durão Barroso. No fundo dar de frosques sempre foi a sua especialidade.
Alguém se recorda ainda de Durão Barroso a preto-e-branco, nos idos do PREC, na RTP 1 em directo, depois de dar à sola duma Berliet do COPCON?
 
O que é feio - muito feio - é Santana Lopes vir divulgar na praça pública, com um espaço temporal muitíssimo curto, conversas tidas entre titulares de cargos de Estado. Este tipo de conversas são divulgadas muitos anos depois nos livros de memórias, o que não parece ser o caso para quem diz que vai andar por aí.
Onde está o sentido de Estado que Santana Lopes tanto gosta de apregoar?
 
Por mais que lhe custe admitir, quando a Historia julgar o consulado Santana Lopes, o que surgirá será o nome de Jorge Sampaio, como o Presidente que recolocou o País nos eixos, qual Ramalho Eanes do século XXI.
 
O dia 25 de Novembro não é feriado, assim como o dia da destituição do Governo Santana / Portas também não, mas ambos têm a sua importância e cada qual à sua maneira e a seu tempo partilham semelhanças, como acções correctivas de derivas perigosas.
 
Post-Sciptum: Nada melhor para lançar uma livro da Teoria da Conspiração que ter a seu lado uma pós-graduada em Conspiração na Universidade do PREC: Zita Seabra.
 
Ele há coisas fantásticas, não há?

Agenda

por josé simões, em 15.11.06

Exposições
 
- Diálogos de Vanguardas
Amadeo Souza-Cardoso, Malevitch, Duchamp, Macke, Modigliani, Picasso.
Fundação C. Gulbenkian – Lisboa, até 14 de Janeiro.
 
Nota: Ver post Amadeo de Souza-Cardoso de 14 de Novembro.
 
- Habitar Portugal 2003/ 2005
Selecção MAPEI / Ordem dos Arquitectos
C. C. de Belém – Lisboa, até 10 de Dezembro
 
 
Teatro
 
- Beijos & Abraços pelo Grupo Cassefaz
Luís Assis, Paulo Diegues, Maria Camões, Cláudia Andrade
Teatro da Comuna – Lisboa, até 17 de Dezembro
 
- Assexuados Interditos
Texto: Cristina Basílio, Encenação: João Craveiro, Produção: Fernando Ferreira
Teatro Bar do Teatro da Trindade – Lisboa, até dia 25 de Novembro de quinta a sábado às 23 h.
 
 
Musica
 
- Michael Nyman
Grande Auditório do C. C. de Belém – Lisboa, dia 16 de Novembro às 21 h.
 
- Herbie Hancock
Coliseu dos Recreios – Lisboa, dia 16 de Novembro às 21. 30 h.
 
- Richard Galliano Septet
Piazzolla Forever
Grande Auditório do C. C. de Belém – Lisboa, dia 17 de Novembro às 21 h.
 
- Aldina Duarte
Voz: Aldina Duarte, Guitarra Portuguesa: José Neto, Viola: Carlos Proença, Direcção Técnica: Jorge Silva Melo
Grande Auditório da Culturgest – Lisboa, dia 17 de Novembro às 21. 30 h.
 
- Madeleine Peyroux
Grande Auditório do C. C. de Belém – Lisboa, dia 18 de Novembro às 21. 00 h.
 
 
Noite
 
- Noites Electro
ADN bar – Setúbal, dia 16 de Novembro a partir da meia-noite e meia.
 
- Trevor Jackson
Lux, St. Apolónia – Lisboa, dia 16 a partir da uma.
- Richard Dorfmeister
Clube Lua, St. Apolónia - Lisboa, dia 16 a partir da uma.
 
- Acid in My River
Alejandra Iglesias aka Dinky, Heartbreakerz, Kaesar
Opart, Docas de St. Amaro – Lisboa, dia 17 de Novembro a partir da uma.
 
- The Sounds Scientists Goes to Porto
Mister Simon
Trintaeum, Foz – Porto, dia 18 de Novembro

Greves e Percentagens

por josé simões, em 14.11.06
Passaram despercebidos à maioria dos analistas / comentadores os números publicados esta semana na comunicação social pelo Ministério das Finanças, relativos às greves da Função Pública realizadas no ano de 2005.
 
Ficámos a saber que nas greves convocadas pelo Sindicato dos Quadros Técnicos e pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos em 15 de Julho de 2005, dos trabalhadores considerados ausentes pelos serviços só 48% invocaram o motivo greve. Na de 20 de Outubro convocada pela CGTP, a história repete-se com 55% dos trabalhadores a declararem não trabalhar pelo mesmo motivo.
 
Os outros, usando do expediente Chico-esperto português, justificam a falta com atestados médicos ou outros similares, invocando o motivo doença e com isto escapando ao respectivo corte salarial, ou quem sabe, à vontade de não fazer greve, mas não tendo a coragem de o assumir perante os colegas grevistas ou perante a entidade patronal.
 
Estão assim explicadas as diferenças abissais de números entre o Governo e os Sindicatos de cada vez que há uma greve, ficando claramente o Governo a ganhar em fiabilidade e credibilidade nesta guerra percentual.
 
Até à data não se conhecem reacções ou comentários dos vitalícios Carvalho da Silva e João Proença sobre esta jogada baixa que pelos vistos conta com a cobertura e apoio sindical. Se assim não fosse, nos dias de greve, por respeito pelos que realmente defendem a greve com convicção e por respeito pela própria imagem dos Sindicatos e dos dirigentes sindicais, deveriam ser os próprios a pôr o assunto em pratos limpos.
 
Agora que se fala em listas por tudo e por nada; listas das empresas devedoras ao fisco, listas das empresas credoras do estado, etc., etc. uma forma de moralizar esta questão, talvez passa-se por após a greve, afixar nos placards existentes nas empresas e destinados à actividade sindical, uma lista com os nomes de quem realmente fez greve e de quem invocou outros motivos – e quais os motivos – para não ir trabalhar.
 
Era um acto de coragem e acabava de uma vez por todas com a ideia de que vale tudo para justificar a adesão a uma greve.

Amadeo de Souza-Cardoso

por josé simões, em 14.11.06

Inauguração, hoje dia 14 na Fundação Calouste Gulbenkian, da exposição "Diálogos de Vanguardas".

São 180 obras do artista, grande parte vindas de museus internacionais e nunca antes vistas em Portugal. Inclui um quadro que se considerava perdido desde 1913.

A exposição coloca em paralelo a obra de Amadeo com outras obras de grandes nomes do seculo XX: Modigliani, Brancusi, Malevitch, Duchamp, Macke ou Picasso.

 Aqui fica a homenagem do blog, aquele que foi um rebel.rebel "avant lá lettre".

 

1. Bellevue, 1910        2. Le Prince et la Meûte, 1912      3. Arvoredo, 1912

 

Avant la Corrida, 1912

 

Barcos, 1913

 

Fortaleza, 1913

 

Procissão do Corpus Cristhi em Amarante, 1913

 

Cozinha da Casa de Manhufe, 1913

 

Entrada, 1917

 

 

 

 

 

Importa-se de repetir?!

por josé simões, em 13.11.06
“Se o aborto for despenalizado, uma parte dos impostos dos portugueses será gasto nesta prática.”
 
António Pinto Leite, 11 de Novembro - “Expresso”

Congresso do PS

por josé simões, em 13.11.06
Eram nulas as expectativas em relação ao congresso do PS.
Sócrates eleito secretário-geral com mais de 85 % dos votos.
A moção levada a congresso com maior número de votos era também a do secretário-geral.
A somar a isto, a maior maioria absoluta de sempre no parlamento.
 
Sócrates que apesar da idade revela uma astúcia politica digna de um Mário Soares dos “bons velhos tempos”, aproveitou com eficácia o tempo de antena dispensado e transformou o que seria o congresso do PS, no comício do Partido do Governo.
 
Neste plano, Helena Roseta e Manuel Alegre com as suas intervenções criticas a alguns aspectos da governação, caíram que nem ouro sobre azul na estratégia de Sócrates. È que involuntariamente, no teatro de Santarém, foram os actores que faltavam para preencher o lado esquerdo do palco, o toque de maquilhagem que faltava ao Partido para passar a ideia que não renegou nem o nome nem as origens.
 
As expectativas (se houveram) de confronto interno estavam mais no lado das Oposições, talvez com uma secreta esperança de ver assumido em Santarém, por parte dos militantes do PS, aquilo que elas próprias não conseguem fazer no Parlamento.
 
Um governo em exercício, com o ímpeto reformista que se lhe reconhece, alguém esperava da parte do partido que suporta o executivo um acto de haraquiri político?
 
Salvou-se a banda sonora. “Go west”, Pet Shop Boys.
 
Vox Populi: Palavras de Luís, vendedor no mercado grossista que se realiza todos os sábados em Santarém, esta semana coincidente paredes-meias com o congresso do PS, ao “Diário de Noticias”: “Estão lá como nós aqui, a ver se enganam alguém”.

A veia Centralista Democrática do PS

por josé simões, em 10.11.06
Gaioso Ribeiro, numero dois pelo PS na lista à Câmara de Lisboa, em entrevista ao “Diário de Noticias” há cerca de uma semana, acusava Manuel Maria Carrilho de comportamento político irresponsável e ausente.
Dizia Gaioso Ribeiro que Carrilho tinha faltado a 38 (trinta e oito) reuniões só no primeiro ano de mandato, algumas das quais onde houveram votações decisivas, mandando assim às urtigas uma oposição que se queria militante e responsável.
 
Como resposta, foi-lhe retirada a confiança politica pela concelhia do PS, e pedido que renuncia-se ao mandato. Como a confiança que o legitimava era a dos munícipes pelo voto e por isso não renunciou, foi ontem impedido de aceder ao gabinete que utiliza na autarquia por ordem do partido por que foi eleito.
 
Ao contrário do que seria de esperar, as baldas do autarca filósofo mereceram o apoio da concelhia do partido. São um incidente interno, disseram. Por não ser conhecida nenhuma medida tomada, supõe-se que até tenha recebido apoio. Quem cala consente, e o Sr. Carrilho lá vai repartido alegremente o tempo entre as baldas na Câmara e o Parlamento.
 
O outro, o que vestiu a camisola das funções para que foi eleito e mostrou preocupação (legitima) sobre o rumo que o partido e em ultima instancia a autarquia levam, está a ser delicadamente empurrado para fora de um cargo, fosse ele executivo ou oposição, mas que foi sufragado pelos seus munícipes e não pelo partido.
 
No meio desta salganhada, Manuel Maria Carrilho que nunca perde uma oportunidade para abrir a boca, torna-se notado pelo seu ensurdecedor silêncio.
 
Num partido que faz questão de apregoar aos quatro ventos a liberdade interna de discordar e de manifestar a opinião, mesmo que vá contra a linha orientadora, atitudes estalinistas deste calibre, muito “a la PC”, levam-me a pensar, se o Partido do Trabalho da Coreia do Norte não vai poder estar presente na VIII Encontro da Internacional Comunista a decorrer este fim-de-semana em Lisboa, como já foi anunciado, a vaga em aberto bem poderia ser preenchida pelo PS Lisboa.
 
Também interessante sobre este caso, seria ouvir as opiniões de Vítor Ramalho (concelhia do PS/ Setúbal) e Catarino Costa (vereador PS na Câmara de Setúbal), depois das posições publicamente tomadas sobre a não menos trapalhada que foi a substituição de Carlos Sousa por Maria das Dores Meira à frente do Município.
 
É que pela boca morre o peixe…

Carrinho das compras

por josé simões, em 10.11.06

Livros

 

- Canções de Amor em Lolita`s Club

Juan Marse

Campo de Letras, 272 páginas

 

- Profanações

Giorgi Agamben

Cotovia - 2006. Tradução de Luisa Feijó, 140 páginas

 

Discos

 

- Kode 9 + The Spaceape

Memories of the future

Hyperdub / Flur

 

- Burial

Burial

Hyperdub / Flur

 

 

 

 

Orçamento de Estado e Oposições

por josé simões, em 09.11.06
Para um leigo em economia, categoria em que me incluo, a discussão do Orçamento de Estado apresentava-se como uma oportunidade única de assistir a um debate e confronto de ideias entre as diversas cores das bancadas parlamentares.
 
Puro engano!
 
O que vi foi o PSD e o CDS/ PP questionarem o governo pela introdução de portagens nas Scut, não por estarem contra, mas por alegada quebra eleitoral.
 
Vi uma discussão estapafúrdia entre o Primeiro-Ministro e o líder do maior partido da oposição sobre quem foi onde, ou quem deixou de ir, a propósito da Lei das Finanças Regionais, com Marques Mendes a acusar Sócrates de pretender ganhar com essa lei, as eleições na Madeira. Não vi Marques Mendes dizer se considera ou não a lei em questão mais, ou menos justa.
 
Vi o PC preocupado com os funcionários públicos, para o caso, pois poderiam perfeitamente ser outros quaisquer, desde que a oportunidade se apresente propicia para capitalizar simpatias. Não vi, nem vejo o PC apresentar alguma solução para a dimensão no erário publico que representa neste momento o número de funcionários versus produtividade versus massa salarial comparativamente com outros países da comunidade, com maior índice de riqueza e com maior crescimento do PIB.
 
Não vi o Bloco voltar a carga com a surrealista ideia de combater o desemprego, introduzindo mais um dia de folga. Do mal, o menos…
Vi isso sim, Francisco Louça fazer uma ginga-joga matemática sobre o numero dos desempregados e o numero dos novos empregos criados. Suspeito que nem o próprio soube onde queria chegar.
 
Com oposições desta estirpe que se apresentam a debate sem propostas alternativas às políticas do governo, onde o mais importante parece ser o bota-abaixo puro, é muito fácil ser Governo em Portugal.
 
Também vejo aqueles que aquando das privatizações nos mais variados níveis da economia e do tecido produtivo, mandaram literalmente para casa trabalhadores válidos a 10, 15 e 20 anos da reforma, com o intuito de entregarem as empresas “limpas” à iniciativa privada, virem agora reclamar que a idade da reforma tem de ser alterada para mais. Aqueles que agora acusam o Governo de querer fazer o mesmo aos funcionários públicos, como se os outros, os das empresas publicas, agora privadas, fossem portugueses de segunda.
 
Vejo o sector bancário, depois de “limpo” e privatizado ter lucros fabulosos e o Ministro das Finanças ser chamado de Péron por timidamente tentar chama-lo a comparticipar do esforço de recuperação nacional através dum aumento da carga fiscal.
 
No meu tempo de Ciclo Preparatório, aprendia-se que os arredondamentos até 4 eram feitos para baixo, de 5 ou mais, eram para cima.
O Ministro pode ser um Péron, mas lá na rua o merceeiro que fazia arredondamentos como agora fazem os bancos era um Ladrão!

Agenda

por josé simões, em 08.11.06

Cinema
 
 
- A Flauta Mágica
Ingmar Bergman
Grande Auditório do C. C. Belém – Lisboa, dia 14 às 21 h.
 
 
Teatro
 
 
- Vermelho Transparente de Jorge Guimarães
Encenação: Rui Mendes, Interpretação: Helena Laureano, Luís Esparteiro
Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II – Lisboa até 23 de Dezembro de quarta a sábado às 21. 45 h.
 
- A Trilogia do Cão – Timbuku
Texto: Paul Auster, Encenação: Sandra Faleiro, Produção: Primeiros Sintomas
Teatro da Trindade – Lisboa, até 3 de Dezembro de quarta a sábado às 22 h.
 
 
Exposições
 
 
- Arte Lisboa
Pavilhão 4 da F. I. L. – Lisboa, até 13 de Novembro
 
 
Musica
 
 
- Quarteto de Wayne Shorter
Grande Auditório da Culturgest – Lisboa, dia 9 de Novembro às 21. 30 h.
 
- Keith Jarret / Gary Peacock / Jack Dejohnette
Grande Auditório do C. C. de Belém – Lisboa, dia 12 às 20 h.
 
- Jamie Cullum
Coliseu dos Recreios – Lisboa, dia 9 de Novembro às 21. 00 h.
 
 
Feiras
 
 
- V Festival Internacional de Chocolate
Óbidos, até 12 de Novembro.
 
Noite
 
 
- Noites Electro
ADN bar – Setúbal, dia 9 de Novembro a partir da meia-noite e meia.
 
- Pedro Viegas
ADN bar – Setúbal, dia 10 de Novembro a partir da uma.