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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O regresso de Calimero

por josé simões, em 16.11.06

Há uns posts atrás, chamei a atenção para o regresso do Calimero. Não o dos desenhos animados, mas aquele que um dia foi primeiro-ministro, num governo que existiu durante uma seally season.
 
Ele tinha avisado que ia andar por aí. E anda.
 
Pedro Santana Lopes escreveu um livro. O mesmo de sempre: a Teoria da Conspiração, desta vez apimentada pela Teoria da Perseguição.
Nada de novo, o homem continua a viver noutro mundo. O mundo dos autistas, incapaz de ver mais além que circulo bajulador do clã da “Kapital” que o rodeia.
 
No entanto, no meio do novelo em que se enrolou, Santana Lopes deixa cair conscientemente o que para os mais desatentos seria uma bomba: Durão Barroso enquanto Primeiro-Ministro iludiu o País com o engodo chamado António Vitorino. Quando era suposto a diplomacia estar a fazer lobby para termos Vitorino na Comissão Europeia, Barroso preparava as coisas para dar de frosques para a dita Comissão.
 
Ora a suposta bomba, só o é para os mais distraídos do percurso de Durão Barroso. No fundo dar de frosques sempre foi a sua especialidade.
Alguém se recorda ainda de Durão Barroso a preto-e-branco, nos idos do PREC, na RTP 1 em directo, depois de dar à sola duma Berliet do COPCON?
 
O que é feio - muito feio - é Santana Lopes vir divulgar na praça pública, com um espaço temporal muitíssimo curto, conversas tidas entre titulares de cargos de Estado. Este tipo de conversas são divulgadas muitos anos depois nos livros de memórias, o que não parece ser o caso para quem diz que vai andar por aí.
Onde está o sentido de Estado que Santana Lopes tanto gosta de apregoar?
 
Por mais que lhe custe admitir, quando a Historia julgar o consulado Santana Lopes, o que surgirá será o nome de Jorge Sampaio, como o Presidente que recolocou o País nos eixos, qual Ramalho Eanes do século XXI.
 
O dia 25 de Novembro não é feriado, assim como o dia da destituição do Governo Santana / Portas também não, mas ambos têm a sua importância e cada qual à sua maneira e a seu tempo partilham semelhanças, como acções correctivas de derivas perigosas.
 
Post-Sciptum: Nada melhor para lançar uma livro da Teoria da Conspiração que ter a seu lado uma pós-graduada em Conspiração na Universidade do PREC: Zita Seabra.
 
Ele há coisas fantásticas, não há?