Natalidade
Fará algum sentido apresentar como bandeira do Governo a multiplicação de apoios às famílias carenciadas como se de apoio à natalidade se tratasse? Não questiono a justeza dos apoios concedidos pelo Estado às famílias numerosas e carenciadas. Até acho salutar que isso aconteça. Mas uma coisa é o apoio à natalidade, outra completamente diferente é o apoio às famílias carenciadas. E convinha não misturar as coisas. Sendo que por natureza - cultural e sociológica -, e com cada vez mais raras excepções, a grande maioria das famílias numerosas situa-se nos escalões sociais mais baixos. Não faz nenhum sentido ir incentivar os nascimentos onde eles já existem. Se a ideia é promover a natalidade, há que incentivar os escalões médios e superiores da sociedade. Aí sim, de há uns anos a esta parte, assiste-se a um decréscimo dos nascimentos, pelos mais variados argumentos e razões, que podem ir desde o terminar a formação superior, ao entrar no mercado de trabalho, ao assumir de carreiras profissionais, até ao fio condutor a todos eles: egoísmo e egocentrismo.
Uma boa medida seria o incentivo financeiro e/ ou outros a quem tenha filhos antes dos 30 anos. Era mesmo na mouche das classes médias e superiores.