|| Sindicalismo à la carte
Provoca comichões à OCDE [mais propriamente «acusa»] o «"excesso de cobertura" da contratação coletiva» em Portugal, e a pouca representatividade que os sindicatos eventualmente possam ter para que sejam considerados parceiros credíveis nas negociações. Com não menos comichão está também o Governo PSD/ CDS que, à boleia da OCDE, está já a elaborar um estudo que vai ser a «próxima grande hostilidade contra os sindicatos», anunciam com orgulho, antes de anunciarem que vai ser um estudo que vai mais além que o memorandum da OCDE.
Fazendo de conta que a gente não percebe que o que está em causa não é a representatividade dos sindicatos mas a contratação colectiva ela própria, e que o objectivo primeiro e último é a desregulação total do mercado do trabalho e a desprotecção dos trabalhadores pela retirada de direitos e garantias, já não causa comichões à OCDE, e ainda muito menos ao Governo PPD/ CDS, que a concertação social e/ ou os códigos do trabalho sejam constante e sistematicamente assinados por uma central sindical, para o caso a UGT, formada essencialmente por meia dúzia de sindicatos do sector bancário, seguros e serviços, sem representatividade nas empresas e no mercado laboral, e eles próprios com reduzidíssima implantação entre os trabalhadores que dizem representar.
Objectivo: China [para o infinito e mais além].
[Imagem de autor desconhecido]