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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Enganamos os outros e enganamo-nos a nós

por josé simões, em 31.10.11

 

 

 

Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos punha de lado a hipocrisia e o cinismo, e que pomposamente se renomeou como realpolitik, e não embarcava na política do facto consumado ao distinguir como distinguiu os «cinco protagonistas do movimento da Primavera Árabe» [a Síria aparece aqui para enfeitar].

 

A mesma política que permitiu os negócios com Kadhafi até minutos antes dos bombardeamentos da NATO, a mesma política que permitiu que os ditadores Mubarak e Bem Ali tivessem assento, e acento, na Internacional Socialista até quase à hora da sua deposição.

 

Se o Parlamento Europeu quisesse efectivamente premiar quem se distingue na luta pela liberdade e pelos direitos humanos distinguia, por exemplo, o povo saauri, e por arrasto todas as mulheres [não é fácil ser mulher por aquelas bandas], na figura de Amanitu Haidar.

 

De certeza que há muitos bons negócios muitas boas razões para o não ter feito.

 

[Imagem]

 

Adenda: por uma razão ou por outra não foi escrito na altura devida, como não gosto de ficar a remoer “assuntos pendentes” esta noite já vou dormir mais descansado.