|| «Liberdade para escolher» my ass!
Isto não me cheira bem. E nem sequer me estou a referir ao factor cobaia do «existem ainda "muito poucas" experiências internacionais neste âmbito» porque, na prática, o que vai acontecer é que as escolas vão ter liberdade para escolher os alunos que quiserem. Tomemos como exemplo a Escola Secundária da Bela Vista em Setúbal, cá para os fundos do ranking nacional, e a Escola Secundária de Bocage [ex-Liceu], também em Setúbal, e lá para o topo do referido ranking, e vamos lá distribuir “cheques-ensino” pelos pais/ encarregados de educação. O afluxo de alunos ao Liceu vai ser de tal ordem que vai ser necessário pôr alguma ordem na coisa. E como é que essa “ordem” vai ser conseguida? Por uma selecção feita pela própria escola, através de uma entrevista aos pais/ encarregados de educação [como já acontece no Reino Unido], or ever. E quem é que vai ficar de fora nessa selecção? Ah pois é.
[Imagem Patrizia Berardo,1961, Quinta Elementare]