|| Só boas notícias
O património natural e ambiental comum fica como e onde sempre esteve, para usufruto da comunidade e não de uma elite endinheirada; a Câmara Municipal deixa de receber as licenças de construção e os IMI’s e com isso fica substancialmente reduzida a margem de manobra para o clientelismo; os construtores civis e os empresários da hotelaria e restauração deixam de ganhar mais-valias pornográficas a coberto da criação de emprego, na grande maioria trabalho sazonal e mal pago, e sobre o qual nunca ninguém se preocupa em confirmar, à posteriori, a relação entre o que foi prometido e o efectivamente realizado; as holdings bancárias ficam com o circuito entre a entidade que faz o estudo de impacto ambiental, a que financia o projecto, a que constrói e a que comercializa, quebrado; and, last but not the least, personagens como João Lagos deixam de aparecer, a custas do dinheiro dos contribuintes, a pavonear-se em tudo o que é revista cor-de-rosa como grandes divulgadores da imagem de Portugal no estrangeiro e como fomentadores do turismo.
Só por causa disto já valia a pena o FMI ter vindo há pelo menos 15 anos.
Adenda: «lamentando assim que o país perca este “importante evento por estar à beira da bancarrota”». De lamentar é que um presidente de Câmara não perceba que um dos factores que colocaram Portugal à beira da bancarrota seja precisamente este tipo de negócios entre o Estado e o sector privado.