|| 15 de Setembro, dia de Bocage, de Setúbal e de todos os que aqui vivem vindos de todos os cantos do planeta
Bocage, Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas – Sonetos, Sistema J, Julho de 2000:
(…)
IV
Num capote embrulhado, ao pé de Armia,
Que tinha perto a mãe o chá fazendo,
Na linda mão lhe fui (oh céus!) metendo
O meu caralho, que de amor fervia:
Entre o susto, entre o pejo a moça ardia;
E eu solapado os beiços remordendo,
Pela fisga da saia a mão crescendo
A chamada sacana lhe fazia:
Entra a vir-se a menina… Ah! que vergonha!
«Que tens?» - lhe diz a mãe sobressaltada:
Não pode ela encobrir na mão langonha:
Sufocada ficou, a mãe corada:
Finda a partida, e mais do que medonha
A noite começou da bofetada.
(…)
(Na imagem postal ilustrado “Setúbal – Casa onde nasceu Bocage”, editor: Papelaria e Typographia de Paulo Guedes & Saraiva, ano de circulação desconhecido, do livro do ilustre setubalense José Manuel Madureira Lopes, “Setúbal à la minute – através do Bilhete Postal Ilustrado)