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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| 15 de Setembro, dia de Bocage, de Setúbal e de todos os que aqui vivem vindos de todos os cantos do planeta

por josé simões, em 15.09.10

 

 

 

 

 

Bocage, Poesias Eróticas, Burlescas e Satíricas – Sonetos, Sistema J, Julho de 2000:

 

(…)

 

IV

 

Num capote embrulhado, ao pé de Armia,

Que tinha perto a mãe o chá fazendo,

Na linda mão lhe fui (oh céus!) metendo

O meu caralho, que de amor fervia:

 

Entre o susto, entre o pejo a moça ardia;

E eu solapado os beiços remordendo,

Pela fisga da saia a mão crescendo

A chamada sacana lhe fazia:

 

Entra a vir-se a menina… Ah! que vergonha!

«Que tens?» - lhe diz a mãe sobressaltada:

Não pode ela encobrir na mão langonha:

 

Sufocada ficou, a mãe corada:

Finda a partida, e mais do que medonha

A noite começou da bofetada.

 

(…)

 

(Na imagem postal ilustrado “Setúbal – Casa onde nasceu Bocage”, editor: Papelaria e Typographia de Paulo Guedes & Saraiva, ano de circulação desconhecido, do livro do ilustre setubalense José Manuel Madureira Lopes, “Setúbal à la minute – através do Bilhete Postal Ilustrado)