|| 12 de Junho de 1985
por josé simões, em 12.06.10
Três meses depois, no dia 3 de Setembro, notou-se logo a diferença. Chegado de Interrail a Cerbère, na fronteira de França com Espanha, passei pelo corredor que dizia "C. E. E.", de passaporte na mão, sem parar e sem que os gendarmes me revistassem a mochila, me perguntassem ao que ia e quanto dinheiro levava, deixando para trás, no corredor dos “Non-communauté”, imigrantes marroquinos e outros desgraçados africanos, de regresso ao trabalho em França e até então meus companheiros de viagem desde Madrid. Já era europeu, para eles Cerbère era literalmente Cerbère.
“É tão bom estar na CEE”, cantava o Alexandre Soares.