E quando pensavas que já tinhas visto de tudo...
A conta Twitter de Manuel Linda, bispo do Porto.
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A conta Twitter de Manuel Linda, bispo do Porto.
o sistema de saúde não possui capacidade para o número de alunos que todos os anos concluem os cursos de Medicina, e que a aprovação do curso 'coloca em risco a formação já avaliada e acreditada nas instituições mais próximas
[Three Wise Monkeys na imagem]
A casa da livre iniciativa privada e do empreendedorismo, com um corpo docente onde pontificam, entre outros, João César das Neves, João Carlos Espada, Vítor Gaspar, a ensinarem o Estado mínimo e que os subsídios, subvenções e rendas só minam a economia e só incentivam o cidadão a anichar-se nas zonas de conforto.
A Universidade Católica factura mais de 65 milhões de euros por ano e não paga impostos.
[Imagem de autor desconhecido]
"- (...) Estamos a realizar uma Sondagem para a Universidade Católica e a Sra. foi seleccionada. Quer responder? (...) Em que força política votaria hoje em eleições legislativas?
- Voto no Livre/Tempo de Avançar.
- Desculpe, que partido é esse?
- Está a entrevistar-me telefonicamente e não sabe (...)?
- É o da Ana Drago, não é? Diga-me por favor: há mais alguém aí em casa, disposto a participar na sondagem?
- Há sim. Vou chamá-la. [Não havia, de facto, mas a nossa companheira quis ver até onde iria a coisa... tendo disfarçado a voz].
- Boa noite.
- Boa noite. Quer participar na sondagem da UC? (...) Em quem votaria se as eleições legislativas se realizassem hoje?
- Voto no Livre.
- Mas aí em casa votam todos no mesmo?! Obrigado pela participação e boa noite."
[Aqui]
[Imagem "Three Girl Pyramid, 1957", Lewis Hine]
Da já proverbial enxurrada palavrosa e sem nexo de cada vez que se apanha com um microfone à frente e tem de falar de improviso [imagem de marca], como tinha de dizer qualquer coisa disse uma mentira, como de costume, e como de costume embrulhada em papel de prenda e com laço em cima.
Descontando o pormenor de nunca Alexis Tsipras, o Syriza, ou alguém por ele mandatado, ter alguma vez dito que não pagava ou não queria pagar a dívida grega, tudo o que aqui hoje foi dito são mentiras de criança, infantilidades e a criança a fazer mandados ao adulto que pensa por ela e que decide o seu futuro. Vai ali comprar cigarros e se não demorares muito podes ficar com o troco.
[Imagem]
Uma das grandes artes, imagem de marca, de Pedro Passos Coelho é a de conseguir dizer uma coisa, com a cara mais preocupada do mundo, e fazer exactamente o seu contrário sem sequer pestanejar, e continuar e continuar e continuar a fazer e a desdizer-se sem sequer corar.
O último exemplo com que nos brindou foi o da nomeação do senhor Joaquim "da Católica" [a Fernanda explica porquê] para presidir à comissão que vai descobrir a fórmula físico-química da mulher a parir até fechar a fábrica, porque os católicos "da Católica" não fazem isto por menos, apesar dos estudos estarem há já muito feitos, com as causas identificadas e com soluções definidas.
E o que nos dizem os especialistas com trabalho feito, e com exemplos concretos de sucesso noutros países mda Europa, mas que têm contra si o facto de não serem "da Católica", é que «não é possível aumentar a natalidade sem intervir fortemente nas leis que regulam o mercado de trabalho. "O desemprego jovem, que afecta as pessoas em idade de ter filhos, a precariedade e a incerteza em relação não só ao trabalho mas também ao futuro condiciona e muito o projecto de ter filhos"» e que é necessário «reduzir o horário de trabalho, proporcionar maior estabilidade nos vínculos profissionais e fazer diminuir o stress que pais e mães acusam por sentirem que não têm tempo para os filhos, o que lhes causa culpa e frustração e os impede de avançar para o projecto de terem mais filhos», tudo coisas que encaixam na tal arte de Pedro Passos Coelho de dizer uma coisa, com a cara mais preocupada do mundo, e fazer exactamente o seu contrário sem sequer pestanejar.
Ao sonso só lhe faltou perguntar "por que é que nascem tão poucas crianças? O que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?" e rematar com "eu não acredito que tenha desaparecido nos portugueses o entusiasmo por trazer novas vidas ao Mundo".
[Imagem de autor desconhecido]
Nos idos em que as mulheres não iam à escola e os homens, os que iam, iam só até à 3.º classe, televisão nem vê-la, rádio só a pilhas e para ouvir o relato, sem idas ao teatro ou ao cinema, trabalhar de sol a sol, 7 dias por semana, 365 dias por ano, sem salário mínimo, nem contratação colectiva, nem sindicatos, nem Serviço Nacional de Saúde nem Segurança Social, os casais tinham 6, 8, 10 filhos, quer dizer, as mulheres pariam 6, 8, 10 filhos, e ficavam em casa a tratar da roupa e do jantar, quando havia, e os putos, com o ranho pelo nariz, descalços e com roupa remendada, enquanto não herdavam a roupa remendada dos mais velhos, que iam à escola até à 3.ª classe, os que iam, e voltavam rapidamente, e em força, para trabalhar ao lado do pai para compor o orçamento familiar, até casarem com mulheres que pariam 6, 8, 10, filhos e ficavam em casa, sem saber ler nem escrever, a tratar da roupa e do jantar, quando havia. Ou fugir para a emigração para fugir a um futuro sem futuro. Qualquer semelhança é pura coincidência, como nos filmes amaricanos.
Daí o aumento do desemprego, quem não tem dinheiro não tem vícios, e não precisa de cultura nem de lazer para nada enquanto desempenha o papel que lhe atribuíram de força de pressão sobre os que ainda vão mantendo o trabalhinho. Trabalhar com fé é dever sagrado, como na canção.
Daí a baixa de salários no sector público, e no sector privado por via das alterações ao Código de Trabalho em favor da rigidez patronal, e quem ganha pouco tem de se governar com pouco e quem não tem dinheiro não tem vícios.
Daí o aumento do IMI a onerar ainda mais o orçamento familiar, reduzido pelos sucessivos cortes e taxas e impostos, e a desincentivar a compra de casa própria porque o sentimento de propriedade é pernicioso à sociedade que se quer subserviente e respeitadora das hierarquias, numa sociedade liberal governada por uma direita defensora da… propriedade privada.
Daí a exclusão do subsídio de férias e de Natal para o cálculo dos apoios à maternidade e a atribuição do abono de família de modo a que é preferível não receber abono algum porque é sinal de que se não desceu mais um andar no “elevador social”.
Daí as propostas da jota que é democrata e cristã para que se baixe a escolaridade obrigatória.
Ele tem um plano e nós bem que o compreendemos e nem precisamos de esperar por nenhum Joaquim da Universidade Católica, basta perguntar aos nossos pais ou aos nossos avós das recordações que guardam do plano para o aumento da natalidade.
«"esta evolução foi determinada, em larga medida, pela recuperação da procura interna, que apresentou um contributo positivo para a variação homóloga do PIB, o que não se verificava desde o 4.º trimestre de 2010". E destaca, em particular, que tal reflecte "principalmente o comportamento do consumo privado"».
«A Universidade Católica considera que os números do PIB hoje conhecidos apontam para uma "recuperação cíclica", mas alerta que "não é ainda clara a recuperação do investimento" e que parte do crescimento se deveu a "algum relaxamento orçamental"».
[Imagem]
Como o privado foi feito para ganhar dinheiro e como a universidade é católica, num país governado por liberais tementes a Deus e obedientes à Santa Madre Igreja,, vão ser [os alunos] colocados no ensino público, sobrecarregando turmas e professores, passando à frente de quem optou, por média mérito ou por impossibilidade económica, pela escola pública. Como nos bancos, o Estado vai nacionalizar o "passivo".
[Imagem de Joseph Szabo]
A notícia saiu sábado passado, em primeiríssima mão, no Alunos do Liberalismo [tive conhecimento no próprio dia via Twitter, e originou uma infinidade de mentions e retweets], foi depois referida e linkada no domingo pelo Jugular; o Público está no Twitter e segue gente, os jornalistas do público estão no Twitter e seguem gente, e há na terça-feira «o documento do CA da Católica, a que o PÚBLICO teve acesso».
Caem os parentes na lama citar as fontes. Alínea a) excepto se as fontes forem os blogues credíveis dos paineleiros credíveis que escrevem no Público.
Adenda: Este vídeo na Universidade Bandeiante de São Paulo, Brasil, Outubro de 2009: «Estudante é xingada por conta de minissaia»
(Imagem)