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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A culpa é do TikTok

por josé simões, em 24.02.24

 

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O XV congresso da CGTP, a maior e mais antiga central sindical do país, a passar ao lado das televisões, e o destaque dado pelas mesmas televisões ao congresso do sindicato dos bancários, também conhecido por UGT, inventado para assinar por baixo o que o sindicato dos patrõe lhe põem à frente para assinar. A culpa é do TikTok.

 

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O cerco ao Capitólio

por josé simões, em 19.02.24

 

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Na impossibilidade de estar no Capitólio, Lisboa, a gritar e a insultar, o taberneiro mandou os escudeiros fazerem barulho por ele. Nascido, criado e engordado pela mesma mãe - o PSD, Montenegro foi incapaz de dizer o óbvio, que as polícias são o garante da legalidade democrática e nunca um factor de insegurança e instabilidade. O resto do debate, e foi mais de uma hora, foi um monte negro político à nora que acabou a comparar o seu passado, "o meu passado chama-se Passos", a José Sócrates.

 

 

 

 

Quão baixo descemos?

por josé simões, em 18.02.24

 

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É no mínimo duvidoso alguém mudar o sentido de voto terminados estes debates de meia hora para o soundbite. E todos os debates foram esclarecedores do que cada um pensa e propõe, todos os debates forma disputados com elevação e respeito. Todos, excepto todos os debates com a participação do taberneiro. Gritaria, mentiras, insultos, mentiras, insinuações, mentiras, ataques ad hominem, mentiras, falta de respeito, mentiras. Quão baixo descemos na nossa exigência cidadã, na nossa exigência democrática, na nossa civilidade, para o trogloditismo ser aceitável, a pontos de eleger deputados da nação?

 

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Comido de cebolada

por josé simões, em 15.02.24

 

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Morder o isco do taberneiro: gritaria, falar por cima, responder às constantes interrupções, perder o fio ao raciocínio, ser direccionado para o sítio onde o outro o queria ver sentado, tentar responder no mesmo tom e ficar automaticamente em sentido perante um "não me interrompa" dito por quem não faz outra coisa que não interromper o tempo todo. Acordar para o jogo a 5 minutos do apito final e terminar penosamente nos descontos com "isso é mentira, isso é mentira" ainda assim em tom baixo e moderado. Escolher uma gravata cor Legião Portuguesa no lado esquerdo do ecrã perante um oponente de gravata laranja do lado direito, começar a falar e as pessoas instintivamente olharem para o lado direito, para o gajo que interrompia, fazia interjeições, largava dixotes, ninguém reter nada do que estava a ser dito. Há uns, antes de estar disponível no tubo, o The Independent ofereceu o Kennedy vs. Nixon com a edição em papel, mas no Rato ninguém fala 'amaricano' desde que Mário Soares começou a ler o Le Monde. Não há um segundo debate para Pedro Nuno Santos.

 

 

 

 

Jornalismo a reboque de agenda

por josé simões, em 14.02.24

 

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Todos os temas em cima da mesa a debater nos frente-a-frente com o chefe do partido da taberna são "imigração + segurança + corrupção". Todos. Como se no país onde os imigrantes contribuíram com 1.604,2 milhões de euros para a Segurança Social; como se no 7.º país mais seguro do mundo; como se no país que está abaixo da médias europeia no Índice de Percepção da Corrupção, não houvesse mais nada com que preocupar. E depois um alegado jornalista na televisão pública - RTP, pergunta, com a maior cara de pau, a Mariana Mortágua, se acha que os imigrantes devem ter acesso à Segurança Social, ao Serviço Nacional de Saúde, à escola pública. Não. Trabalham e não bufam, morrem à porta do hospital, se ficarem desempregados temos pena, os filhos não sabem ler nem escrever é lá problema deles. Há um alegado jornalismo a reboque de agenda política, dito de outra forma, a levar ao colo quem lhe vai tratar da saúde lá mais para a frente.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A culpabilidade, segundo Ventura

por josé simões, em 13.02.24

 

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Argumentar que Diogo Pacheco de Amorim nunca foi julgado e condenado por terrorismo está ao mesmo nível de dizer que Salazar nunca torturou nem matou ninguém no Tarrafal.

 

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Levados ao colo

por josé simões, em 12.02.24

 

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O tempo roubado a Mariana Mortágua e Paulo Raimundo foi compensado aqui, na televisão pública. No futebol isto tem um nome, "levados ao colo".

 

 

 

 

3 de Abril de 1976

por josé simões, em 10.02.24

 

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"Porto, 3 - A poucos quilómetros de Santa Marta de Penaguião, uma poderosa carga de trotil accionado pelo sistema de relógio, deflagrou, esta madrugada, no carro do ex-padre Maximino candidato da U. D. P. às próximas eleições pelo círculo de Vila Real, provocando-lhe a morte quase imediata e a de uma jovem que o acompanhava, Maria de Lurdes Ribeiro Correia, aluna liceal e simpatizante daquele partido de esquerda".

[...]

"cerca de trezentos atentados terroristas perpetrados só no Norte contra sedes e veículos de partidos de esquerda"

 

André Ventura falou em assassinatos no PREC e disse que todas as intervenções do PCP na história "acabaram em morte, em roubo e destruição"

 

"O Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP) foi uma organização terrorista portuguesa ativa durante o período que se seguiu à revolução de 25 de abril de 1974.[1] Entre as ações atribuídas ao MDLP estão uma tentativa de golpe de estado em 11 de março de 1975, uma vaga de atentados à bomba a sedes de partidos de esquerda no início de 1976 e o atentado à bomba que vitimou o candidato a deputado Padre Max e uma estudante que o acompanhava.
[...]
 

A Esquerda a dar lições de urbanidade à Direita

por josé simões, em 08.02.24

 

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Duas pessoas civilizadas, Maria Mortágua vs Rui Tavares, a debaterem as ideias que têm para o país na televisão do militante n.º 1 aka SIC Notícias:

Bernardo Ferrão: Isto não foi um debate;

Sebastião Bugalho: Isto não foi um debate;

Ângela Silva aka Fonte de Belém: Isto não foi um debate;

O alucinado Zé Gomes Ferreira deve ter metido auto-baixa, investigue-se!

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A grande substituição

por josé simões, em 08.02.24

 

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Um líder cobarde e pobre em argumentação, que encurralado nos debates o melhor que tem para contrapor é "a Venezuela", "Cuba", "socialismo", "trotskismo", que quer alterar as regras a meio do jogo e se propõe ser substituído por outrem, não menos pobre em argumentação, que encurralado nos debates o melhor que lhe vai sair é "a Venezuela", "Cuba", "socialismo", "trotskismo", arrisca acordar substituído, passados os debates, no day after às eleições.

 

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Diz que é um debate

por josé simões, em 06.02.24

 

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Duelos de meia hora com cada interveniente a ver quem saca mais rápido do sound bite para levar o oponente ao tapete, seguidos de uma hora de "análise" a cargo dos comentadeiros avençados do costume, que é do que o povo precisa, de ouvir a opinião de uma qualquer abécula para formar a sua e decidir em quem meter a cruz no dia do voto. Como dizem os bifes, "for God's sake!".

 

 

 

 

Lá vamos comentando e rindo

por josé simões, em 27.12.23

 

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A gente liga a televisão e dá com painéis plurais de aventesmas, todos os dias do ano, a todas as horas do dia, em todas as televisões, com raciocínios dignos do cérebro de uma ervilha, se as ervilhas tivessem cérebro, com um "vamos à análise com o/ a", e a análise é a esquerda ser pior que o "Deus me livre", que os males de que padece este país se devem aos quase 50 anos de socialismo, que a solução está à direita do Parlamento, que a direita é que são uns senhores que sim senhor, incluindo o Chaga que é um partido do "quadro democrático", um upgrade do "sentido de Estado" que se aplicava ao CDS, uns rapazitos que sim senhor, e que entretanto foi morto e enterrado por Rui Rio e agora ressuscitado por Luís Montenegro, e a gente fica a pensar "como é que a direita não ganha sempre as eleições, não tem sempre maiorias parlamentares, como é que a direita não governa ininterruptamente desde que Mário Soares meteu o Freitas do Amaral a ministro, depois deste empenho todo analista-comentadeiro pago a peso de ouro?" ou, como se excreve nas redes, WTF?!

 

 

 

 

A origem das espécies

por josé simões, em 10.07.23

 

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Montar um circo mediático do caralho com o regresso de Pedro Nuno Santos à bancada parlamentar, manadas de alegados jornalistas cada qual com a pergunta mais estúpida na boca, digna do maior coice como resposta, dezenas de minutos nisto, merdas que não interessam para nada ao cidadão comum, para dias depois, nos telejornais das noites de domingo, termos os comentadores avençados, cada um com menos vergonha na cara que o outro no outro canal, a concluírem a existência de um partido dividido, dois partidos dentro do partido, o partido do Costa e o partido do Pedro Nuno. 

 

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O Vladimir Vladimirovitch agradece

por josé simões, em 28.06.22

 

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A quantidade de jornalistas e analistas e comentadeiros e paineleiros em todas as rádios e televisões que no minuto seguinte ao bombardeamento cobarde e criminoso de um centro comercial se apressaram a desculpar e a arranjar justificação para o terrorismo programado de Putin, "foi um erro", "foi uma falha de cálculo", "alguma coisa deve ter acontecido", "as coordenadas do verdadeiro alvo estavam erradas", "ali a poucos metros há não sei o quê", "a fábrica ao lado trabalha para o exército", "rebeubeu, pardais ao ninho", seguido da mesma lengalenga na imprensa escrita um dia depois, depois de quatro meses a ver barbaridades a cores e em directo que só conhecíamos a preto-e-branco e em diferido dos documentários da II Guerra Mundial e  a ver um boneco vestido de verde com uma ecrã atrás a debitar propaganda e a "alta precisão" dos mísseis russos. A papagaios deste calibre o Vladimir Vladimirovitch agradece.

 

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Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 21.03.22

 

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Ver na televisão  Durão Barroso, o primeiro-ministro que serviu de mordomo na Cimeira das Lajes, e Paulo Portas, o ministro da Defesa que organizou o encontro que decidiu a invasão ilegal do Iraque, com as consequências que perduram desde 2011 - terrorismo islâmico, vagas sucessivas de refugiados para a Europa, nascimento e ascensão do ISIS, guerra na Síria, milhares de mortos no Mediterrâneo, instabilidade em toda a região, mais fome e miséria, a comentarem a invasão russa da Ucrânia. Não ter a puta de vergonha na cara, não deles, que nunca a tiveram, mas das televisões que os convidam para o prime time,  pagam principescamente, e de todos os que assistem, passivos e amorfos, sem se dignarem a fazer zapping.

 

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