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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Polícia e democracia ou a democracia da polícia

por josé simões, em 08.02.24

 

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A polícia, que tem por função defender a legalidade democrática, tem um problema com a democracia e com a liberdade de expressão- 50 anos do 25 de Abril.

 

Sindicato da polícia vai apresentar queixa contra MAI e comentadores

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O barómetro

por josé simões, em 18.10.22

 

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Diz que o Chaga vai inventar uma "federação sindical de direita" com "áreas-chave" como "as polícias, os professores, os quadros da administração pública, os profissionais de saúde e os profissionais de segurança". Vai servir essencialmente para se perceber até onde chegou a desistência da esquerda que é o campo onde o fascismo prospera, deixado livre por falta de comparência, falta de respostas, perda de ligação à base provocada pelo sindicalismo profissional e profissionalizado, dirigido a partir de cima por "centralismos democráticos" variados, nunca como resultado da decadência do capitalismo e estádio avançado do imperialismo e outras tretas que tais papagueadas desde 1919. Foi assim no início do século XIX em Espanha, França, Itália, com a passagem de milhares de comunistas, anarquistas, anarco-sindicalistas, da esquerda para a Falange, os Fasci di combattimento, ou Jacques Doriot, directamente do Partido Comunista Francês para a fundação do Partie Populaire Français. De fascismo percebe o nojeira Pinto, o advogado de Salazar nos Grandes Tugas que não gosta de aparecer em fotos ao lado do Ventas. É aguardar para ver quem aprendeu alguma coisa com as lições da História.

 

 

 

 

“Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”

por josé simões, em 10.10.22

 

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A Concertação Social é a maquilhagem da Câmara Corporativa pelas mãos de um partido, alegadamente socialista, para esvaziar o protesto e a contestação nas empresas. A câmara alta não eleita do Parlamento, e sem enquadramento constitucional. Nos idos do Estado Novo as direcções dos sindicatos eram nomeadas pelo poder político e a Câmara Corporativa funcionava, oleada e nos eixos. Com o advento da democracia e a impossibilidade de se nomearem direcções sindicais inventou-se uma central sindical - UGT, hoje pouco mais que os minúsculos sindicatos dos bancários, sem representatividade absolutamente nenhuma no mundo do trabalho, para assinar por baixo o que os sindicatos dos patrões decidem, e aí está o fascismo de volta, 10 anos depois de 74, data ta criação da Concertação Social.

O fascismo não é o Ventas do Chaga a dizer patetices nas televisões e no Parlamento, com os câmaras de eco eleitos a grunhirem "apoiado" e "muito bem" ou a gesticularem abundantemente para as outras bancadas parlamentares, o fascismo, como conceito, está mais presente nas nossas vidas do que a maioria possa pensar ou sequer admitir.

 

Na imagem Torres Couto e Cavaco Silva brindam com vinho do Porto ao acordo da Concertação Social. Começou aqui o "sindicalismo responsável", a bem do crescimento económico, da riqueza do país e da qualidade de vida dos trabalhadores, antes de terem inventado os colaboradores. Vejam onde chegámos e onde estamos.

 

 

 

 

Os labirintos do Chaga

por josé simões, em 16.08.22

 

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Diz o jornal que não vende, especializado em venturices, que o Chaga vai apresentar uma federação sindical, em território comunista e socialista, para roubar a rua e o protagonismo aos comunistas e socialistas. O resto é História, do triunfo dos fascismos, quando a esquerda e o movimento sindical de esquerda desistiram da rua, do trabalho, da vida das pessoas, ou se embrenhou em discussões e lutas estéreis sobre merdas, é este o termo exacto, que lhe eram alheias. Quem quiser investir 35 paus e abdicar de passar umas horas por dia no Twitter e Facebook em discussões e lutas estéreis sobre merdas, o João Bernardo, sem nunca sair das primeiras décadas do século XX, explica este "novo" sindicato a nascer no séc. XXI.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O paliativo "regulação"

por josé simões, em 16.03.21

 

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O grande problema do teletrabalho não é a regulação ou a falta dela, o grande problema do teletrabalho é o desenraizamento, a falta do contacto humano, a ausência de laços - profissionais, afectivos, corporativos. Cada um no mundo do seu buraco. Acabam as reivindicações sindicais como as conhecemos, é o triunfo absoluto do capitalismo com a "regulação" como paliativo.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

In Memoriam

por josé simões, em 30.10.20

 

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Kalidás Barreto

 

1932 - 2020

 

 

 

 

Nos 50 anos da CGTP

por josé simões, em 10.03.20

 

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Dar mau nome aos sindicatos e ao sindicalismo; dar argumentos à direita do "partir a espinha aos sindicatos" e dos limites à Lei da Greve; fazer os do negócio da saúde sairem do buraco a clamar pelo regresso das PPP da "lei e da ordem" nos serviços e no atendimento; meter a população contra os profissionais de saúde e contra os sindicatos, não necessariamente por esta ordem, cada uma por si ou todas em conjunto.

 

"É de lamentar esta situação, sendo o Hospital de Braga um hospital de referência na epidemia do coronavírus. Pensamos que o Governo e a própria administração do hospital deveriam ter sido mais céleres e ter procurado a solução do problema, no sentido de evitar esta greve"

 

Se não há qualquer tipo de vontade em resolver a situação, não são os trabalhadores que têm a obrigação de se preocupar com o vírus

 

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"Coligação negativa"

por josé simões, em 15.02.20

 

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Como reconhecimento público da sua dedicação em defesa dos direitos do trabalho e dos trabalhadores irei sugerir ao Senhor Presidente da República que promova a condecoração de Arménio Carlos, pelos serviços meritórios praticados nestas funções.

 

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Tempos fantásticos para se estar vivo

por josé simões, em 19.08.19

 

Mikhail Gorbachev, soviet Politburo member poses with British PM Margaret Thatcher at Chequers during his December 1984 visit to the UK.png

 

 

Ler nos online e nas "redes sociais" pantomineiros neoliberais, daqueles que têm a Margaret Hilda e o Governador da Califórnia nos idos do Woodstock Festival como foto de fundo, a acusarem António Costa de deliberadamente confundir autoridade do Estado com autoritarismo, pela forma como o Governo respondeu à greve dos camionistas das matérias perigosas e como lidou com a figura "requisição civil", depois de passarem a vida a elogiar a mão firme e a domesticação dos sindicatos que levou os "amanhãs que cantam" dos mercados aos States e à UK ;

Ler nos online e nas "redes sociais" pantomineiros do "De pé, ó vítimas da fome! De pé, famélicos da terra!" a acusarem António Costa de grave atentado ao direito à greve consagrado na Constituição da República, enquanto faziam figas para que o Pardal da trotineta fosse eclipsado pela negociação dos patrões com a CGTP, schnell, schnell, e que ninguém se lembrasse de que todos os anos nas páginas do Avante! lastimam a queda do Muro de Berlim e lamentam o fim da União Soviética, onde sindicalismo e luta sindical era na Sibéria, quando se encontravam todos a trabalhar como escravos no Gulag e em condições sub-humanas.

 

Tempos fantásticos para se estar vivo.

 

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Foi uma alegria

por josé simões, em 14.08.19

 

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E depois, quando este circo acabar, podemos falar de toda a contratação colectiva assente no baixo salário base compensado por horas a 50 e 75%, horas retiradas ao descanso pagas, descansos efectivos e complementares [dias de folga] pagos,  refeições deslocadas, fora da base e à factura, diuturnidades e ajudas de custo, que foi negociada por sindicatos afectos à CGTP, no tempo em que os sindicatos tinham poder negocial e a Intersindical assinava contratos  verticais, e da verticalidade sindical que, do princípio "a união faz a força", meteu no mesmo saco coisas diversas e diferentes, uma das razões para o nascimento dos novos sindicatos sectoriais e não alinhados?

Talvez depois haja muita coisa que fique mais nítida.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"usava folgas sindicais para ir buscar droga a Espanha"

por josé simões, em 09.07.19

 

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Fazer mais mal aos sindicatos e ao sindicalismo que dezenas de anos de barragem contínua de propaganda da direita na comunicação social subserviente à agenda do patronato, e de sindicatos fantoches à mesa da concertação social.

 

Polícia detido com 120 quilos de haxixe usava folgas sindicais para ir buscar droga a Espanha

 

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E se o tão temido populista nascer na frente sindical?

por josé simões, em 18.04.19

 

 

 

Quando a imunidade do sector privado à greve era um dado adquirido, porque inexistentes, ou residuais e inócuas, num espaço de uma mão de meses temos o país abalado por duas greves com adesões massivas, uma com impacto directo no PIB e nas exportações - estivadores em Setúbal, outra que só pela mediação do Governo não o paralisou totalmente - motoristas de transporte de matérias perigosas, ambas convocadas por dois sindicatos não alinhados nem enquadrados nas duas centrais sindicais, cada qual subordinada a uma agenda delineada fora do sindicalismo e da luta sindical tradicional, a CGTP às deliberações da Soeiro Pereira Gomes, a UGT verbo de encher e para que os sindicatos dos patrões não assinem sozinhos as concertações sociais, as duas incapazes de gerar protestos e reivindicações fora da Função Pública e da administração do Estado.   E se o tão temido populista nascer na frente sindical?

 

 [Imagem "Federico Fellini on the set of Satyricon" phorographed by Mary Ellen Mark, 1969]

 

 

 

 

Mudança de paradigma

por josé simões, em 01.11.18

 

 

 

Nos idos da direita radical PSD/ CDS aparecia sempre um porta-voz do ministério da tutela ou da empresa pública em questão a contrapor os números de adesão à greve fornecidos pelos sindicatos. Agora isso deixou de acontecer. Foi 80, 100, 120%? Pois que seja.

 

 

 

 

Cheque aos 'geringonços'

por josé simões, em 14.05.18

 

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Há que tirar o chapéu a António Costa quando saca da cartola o argumento de que "é mais importante contratar mais funcionários públicos do que aumentar os salários". O Bloco de Esquerda, com reduzida implantação na Função Pública e percebendo a armadilha, embatucou e fingiu que não tinha ouvido nada. O PCP, Jerónimo de Sousa, que ainda a semana passada disse no Parlamento que "há já muitos anos que por aqui ando", engoliu o isco e quando se deu conta da esparrela desviou a conversa para "a dívida pública impagável e o dinheiro que não há para nada mas há para os bancos", argumento justo e bonito, de resto, mas que não tem nada a ver para o caso porque, como disse e bem, a opção é política e o dinheiro vai ser sempre gasto, seja em aumentos seja em contratações, deixando o secretário-geral dos comunistas de fora os que já estão de fora, os desempregados, e encostando-se onde António Costa o queria encostado, ao partido da Função Pública, com toda a carga que isso tem no resto do país, nos outros, nos que não trabalham para o Estado.

Vem então os 'pontas-de-lança' dos partidos nos sindicatos, um para fazer prova de vida e outro para interpretar o papel que lhe foi destinado representar, invocar "os baixos salários" e "o congelamento de carreiras e de aumentos salariais". Mais dois encostados nas cordas ao lado de Jerónimo de Sousa, com as progressões nas carreiras e aumentos salariais no sector privado que não há só porque sim e porque a velhice é um posto como na tropa macaca, e com a falência do Estado, a manter o emprego a todos os seus funcionários, paga com a falência, o desemprego, a emigração, a miséria de milhares no sector privado e com o congelamento salarial e precariedade para os que ficaram.

Chapéu a António Costa, portanto.

 

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O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 02.12.17

 

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"O líder da CGTP acrescenta [...] que a Volkswagen deve ter em conta o custo de produção do novo modelo, que é muito mais baixo em Portugal do que na Alemanha". E ainda muito mais baixo na Roménia, na Bulgária ou na Moldávia do quem em Portugal, e muito mais perto de Berlim. Mas isso ele aprende depois.

 

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