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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

"Th-Th-The, Th-Th-The, Th-Th... That's all, folks!"

por josé simões, em 21.02.24

 

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E no rescaldo do 'cerco ao Capitólio' tivemos os dirigentes dos sindicatos da polícia a dizerem que está bem, a manif não foi autorizada, mas os polícias até se portaram bem.

 

 

 

 

300

por josé simões, em 17.01.24

 

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Nas televisões 300 a passo de caracol agarrados a uma corda engatam o trânsito, e a vida a toda a gente, em toda a baixa lisboeta durante uma manhã. Larga o comissário, para o poder político em tom de ameaça, que 700 e não sei quantos mil funcionários públicos vão a votos no próximo 10 de Março. 300. E noção?

 

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Tragam as pipocas

por josé simões, em 28.12.23

 

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Pessoas que nunca leram Naomi Klein, nas redes muito indignadas por a iluminação de Natal na baixa de Lisboa ter sido privatizada por uma administração camarária de direita e deslumbrada e desde pequenina, que é desde o tempo dos blogues, pelo american way of doing things para "poupar" o contribuinte.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

(You Gotta) Fight For Your Right (To Party)

por josé simões, em 24.11.23

 

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Ativistas ambientais e agentes da Polícia durante a manifestação pelo fim ao fóssil, para reivindicar o fim do fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno em que o gás fóssil é utilizado em Portugal, frente ao Ministério do Ambiente, em Lisboa, 24 de Novembro de 2023. Manuel de Almeida/ Lusa

 

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50 anos depois do 25 de Abril

por josé simões, em 16.11.23

 

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"3 Estudantes detidas na Faculdade de Psicologia por darem palestra sobre ação climática". "[...] o diretor da Faculdade avisou os estudantes de que não seriam permitidas conversas políticas, pelo que as duas estudantes que estavam a falar estavam cientes do que poderia acontecer. A terceira estudante foi detida por estar a filmar". 50 anos depois do 25 de Abril. O próximo passo é a reintrodução dos "gorilas" de Marcello Caetano no campus pelo Magnífico Reitor?

 

 

 

 

Reservoir Dogs

por josé simões, em 06.10.23

 

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"O meu passado chama-se Nuno Crato"

por josé simões, em 29.09.23

 

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O ex-líder da bancada parlamentar de suporte ao Governo do ministro Nuno Crato visitou uma escola em Lisboa, sem manifs Fenprof nem STOP's na porta de entrada [quem é amigo, quem é?], para dizer que a culpa da falta de professores é de António Costa e que está muito preocupado com os seis anos, seis meses e vinte e três dias dos stores. Se ele ganha votos entre a classe, porque precisa dos profs, é o que as sondagens não dizem acerca da fraca memória.

 

 

 

 

A Ponte do Icebergue

por josé simões, em 13.08.23

 

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O padreco com quem Marcelo fazia panelinha para abafar o nome dos padrecos que abafavam os menores vai ter nome numa ponte. A seguir recebe uma medalha no Dia da Raça. Todos os povos têm as merdas que merecem ter.

 

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Abanar o rabo com a língua de fora

por josé simões, em 10.08.23

 

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Nós, na nossa santa ignorância, pensávamos que a Jornada Mundial da Juventude significava debates, encontros, conferências, simpósios, palestras com direito a interpelações, etc, etc, conclusões, ideias, caminhos a apontar. Afinal o Papa, que às vezes é o Santo Padre e outras Sua Santidade, chega, diz meia dúzia de coisas que alguém com boa formação familiar e humanista ouve em casa desde que nasceu, respeitar o próximo, não discriminar, não olhar de cima, incluir, coise e tal - a angústia de Francisco ao constatar a igreja que herdou para ter de lhe dizer o óbvio, recebe quem muito bem entende receber sem dar cavaco a ninguém nem justificar opções, prontamente interpretados os sinais pelas pitonisas papais, que, pasme-se, são mais que os comentadores de futebol - o Papa quis dizer isto, o Papa quis dizer aquilo [se o quis dizer porque é que não o disse logo preto no branco e deixou a interpretação a cargo de terceiros?], e um grupo de patetas, denominados "jovens", faz barulho para as televisões, excursionistas que na novilíngua equivale a "peregrinos". A ideia de jovem e juventude que a ICAR tem é afinal a mesma desde que Pedro que, ao contrário do Papa ainda não era santo, pisou as ruas de Roma: os velhos falam e os jovens abanam o rabo com a língua de fora e vão encarneirados tomar o "corpo do Senhor". Amém.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"Marcelo lamenta"

por josé simões, em 28.07.23

 

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É ir ao sítio da Presidência, secção Mensagens, "Marcelo lamenta", desde a morte do George Michael à do Artur Garcia, passando pela Gal Costa, o "menino Tonecas", a Linda de Suza, o Nicolau Breyner, um polícia anónimo. Marcelo não lamenta a morte de Sinéad O' Connor, nem sequer conhecia uma musiquinha que fosse. E também não era preciso rasgar uma foto de Sua Santidade, O Papa, em cima do palco. Não havia necessidade. Aqueles casos na Irlanda "não parece que seja particularmente elevado", a sua "convicção é de que haverá muitos mais". E também é sua a convicção de que o Bordalo nunca irá receber um medalha no Dia da Raça. [Se calhar também não queria, vai-se ver e o sacana é arraçado de Zeca ou Zé Mário Branco]. Por mais que lhe expliquem faz que não percebe que "era preciso, de facto, baixar" o preço do alta. E baixou-se. Os milhões em ajustes directos de última hora são imponderáveis que fugiram aos ponderáveis dos milhões em contratações de primeira hora. Mas há o investimento reprodutivo de toda aquela gente hospedada em pavilhões municipais, casas de fiéis, refeições incluídas como pediram os párocos nas homilias. O plástico na garrafinha de água. Logo agora que o Sousa Cintra já se deixou disso.

 

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Os camelos somos nós

por josé simões, em 14.07.23

 

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Depois do relambório que foram os milhões do contribuinte despejados em cima do Papa, que não queria que despejassem dinheiro em cima dele, isso era coisa dos mortais, que também não sabiam que o dinheiro que iam despejar era assim tanto, e mais o palco que o Papa também não queria tamanho dum filme do William Wyler, isso era coisa dos mortais, que também não sabiam que o palco era tamanho dum filme do William Wyler, caso contrário nem tinham planeado outro, no Parque,  tamanho do Quo Vadis, onde o Pedro, que ainda não era santo, fez um comício à luz da tocha dentro dum buraco aproveitando a inclinação do terreno.

E assim, à medida que o dinheiro que o Estado laico vai "investir" no picnicão da Igreja católica ia caindo nos telejornais, o ouvido do povo foi-se habituando à melodia, como aquelas músicas que não valem a ponta de um báculo mas que à força de serem passadas na rádio vão vendendo e chegam ao primeiro lugar do top. E depois nem eram tantos milhões assim quanto isso que os gajos são de boas contas com o dinheiro que não é deles e corrigiram prontamente e agora são poucos milhões assim quanto isso, e os palcos já não são tão grandes assim, são um cadinho menos tão grandes assim, e o da beira-rio vai servir para o Moedas trazer o Coachella e o Glastonbury e o caralho para Lisboa, vocês vão ver, ele até foi falar com os comerciantes da zona para manterem o comércio aberto, disse na televisão, não pode dizer que não disse, está gravado, porque os atrasados nem sabiam que podiam ganhar numa semana o que habitualmente ganham em dois meses, agradeçam ao Moedas esta lição de economia e empreendedorismo.

E no meio do barulho das luzes o "morreram todos" fez um telejornal em cima do palco, inaugurou-o, #ChupaFrancisco, e ninguém já repara nem no preço da alcatifa, apesar de assim a coisa estar ao contrário, o tal de sofrer na vida terrena para ganhar o Reino dos Céus, onde não há cardos nem picos, não é preciso a tal da alcatifa que está no palco, agora quero ver a cara do padre com a ladainha do sofrimento depois do chão alcatifado.

Nem ninguém repara nos milhões da câmara de Cascais para paramentos e outras alfaias religiosas, câmara rica, esta, um dia há-de ser feito um reajustamento territorial para excluir o Fim do Mundo e a Quinta das Marianas, só dão mau nome à zona.

Nem ninguém repara na única limpeza a que a câmara de Lisboa meteu mãos à obra desde que o camarada Moedas foi eleito presidente, a dos sem-abrigo da Avenida, ainda assim o senhor Francisco a meio da celebração fosse desatar a cantar "webaba silale maweni, webaba silale maweni, homeless, homeless, moonlight sleeping on a midnight lake, homeless, homeless" do Paul Simon perante o horizonte visual poluído até à Praça do Comércio, aqueles homeless onde o Marcelo vai com as televisões atrás entregar sopa e dizer boa-noite, calado que nem um rato, o Marcelo, beato.

Nem ninguém repara na mudança de nome do Alto do Parque para Colina do Encontro, estou mesmo a ver num futuro próximo, entram num táxi "leve-me à Colina do Encontro" e o taxista a olhar de lado "quem é este pacóvio?" .

 

Como dizia o Mateus em 19:16 "É mais fácil um camelo passar por o buraco duma agulha que um rico". Os camelos somos nós, apesar do dinheiro dos ricos ser nosso.

 

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Esgotamento

por josé simões, em 26.06.23

 

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Os nómadas ignoravam fronteiras e andavam com o gado de pastagem em pastagem até a esgotarem, por oposição aos sedentários que se dedicavam à agricultura e à pecuária. São conceitos que ainda se aprendem na escola. E perceber esta diferença faz toda a diferença para perceber o esgotamento da pastagem de Lisboa, para os que estão e para os que passam.

 

Popularidade de Lisboa está em queda entre os nómadas digitais: rendas altas e população “hostil” levam muitos a procurar outros destinos

 

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O Ervilha nunca falha!

por josé simões, em 25.05.23

 

Screenshot 2023-05-25 at 22-12-46 Será que ainda reconhecemos a Setúbal do início dos anos 1980.png

 

 

Marcelo foi à Feira do Livro de Lisboa fazer que via livros para dizer coisas ou dizer coisas a fazer que via livros, tanto faz, podia ter sido a Feira do Pão, Queijo e Vinho em Azeitão ou a Feira da Bagageira num sítio qualquer. Que tem dado prioridade à guerra e coise, que não tem mais nada a acrescentar àquilo que já disse, que quando tiver alguma coisa a dizer, diz, ou seja, já daqui a minutos, que vai convocar um Conselho de Estado para daqui a dois meses, quando o pagode estiver a banhos de Verão, o enésimo Conselho de Estado convocado desde que é Presidente da República, como se o Conselho de Estado tivesse um papel determinante na governação do país, como se Marcelo fosse Macron, nesta construção criativa dos poderes do Presidente da República. Quem chegasse da Lua e desse com isto pensava, "é pá, sim senhor, temos aqui um Presidente e peras". E falava a olhar para o infinito, e falava a olhar para o infinito, e falava a olhar para o infinito, e volta e meio pontuava o monólogo com um sorriso de orelha a orelha, "já viram como sou genial e muito mais inteligente que vocês, jornaleiros investidos de jornalistas?", pensava. E no meio daquela floresta de microfones, telemóveis e gravadores de som empunhados por jornalistas da Farinha Amparo há uma voz feminina que não uma, não duas, mas três vezes tenta perguntar uma merda qualquer a Marcelo antecedida de um "senhor primeiro-ministro". "Mission accomplished". Era a esta dimensão que Marcelo queria chegar, vai ao âmago dos totós com a cumplicidade ignorante dos palermas.

 

["Já sabem que eu estou aqui? O Ervilha nunca falha!", era o pregão do senhor na imagem, que em Setúbal vendia castanhas no Inverno e gelados no Verão, confeccionados com a água da Fonte do Quebedo, onde as mulas e os burros dos estafetas bebiam, antes de haver DHL e o caralho]

 

 

 

 

A evolução das espécies

por josé simões, em 15.05.23

 

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O idiota

por josé simões, em 03.04.23

 

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[...] e depois também esta parte de que menos se fala, três crianças que são os filhos deste, deste assassino, ele é um assassino mas as crianças não têm culpa, são afegãs mas são crianças [...]. Marques Mendes, um génio do comentário, a partir do minuto 23:14.