"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Temos assim um ex hooligan ex activista de claques [segundo a página Wiki, depois da legitimação dinástica do longo rol de graus de parentesco e de sucessões] eleito presidente de um clube que, aquando de uma derrota ou de um resultado menos positivo da equipa de futebol, a primeira coisa que faz é atravessar o relvado em direcção à bancada para pedir desculpa aos hooligans à claque, a acusar o presidente de outro clube inimigo rival de ser refém de claques de futebol. Siga o circo.
Nos 90s, não sei precisar o ano, a RTP organizou uma espécie de Jogos Sem Fronteiras entre cidades portuguesas capitais de distrito. Uma das eliminatórias foi entre a cidade do Porto e a cidade de Setúbal num espaço ao ar livre no então já moribundo Parque Mayer em Lisboa com Fernanda Freitas e João Baião como pivôs. A equipa da cidade de Setúbal era toda ela formada por professores, na sua maioria de Educação Física. Da equipa representante da cidade do Porto nada sei. Nas bancadas os apoiantes. Falo da de Setúbal porque estava lá, composta por familiares e amigos dos profs e stôres, a maioria a vêr-se pela primeira vez ali, naquele momento. Falo da bancada do Porto porque estava lá, formada por elementos da claque do FC Porto, com cachecóis e bandeiras do clube, durante todo o programa a entoarem o mui famoso e imagem de marca cântico "SLB filhos da puta SLB". Todo o Jogos Sem Fronteiras. Entre a cidade de Setúbal e a cidade do Porto.