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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

"O mais custoso"

por josé simões, em 16.12.23

 

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Era o mais difícil de sair, "o mais custoso" dos bonecos da bola a embrulhar os rebuçados manhosos de acúcar caramelizado que se vendiam na taberna do João Bicho ao Bairro Santos Nicolau em Setúbal. A quem saísse o Pavão tinha o direito de reivindicar uma bola de cautchu ao balcão, "cát' chumbe", como diziam os miseráveis de pé descalço na doca das Fontainhas. E por uns tempos eram os maiores do bairro. "A bola é minha". "Agorra sã todes riques, já nã se joga à bola da rua e já ninguém vai ó banhe à doca, vai tude feite pandelerre du barrque táxi pá Trróia" [*], como me disse o A., amigo de brincar na rua nesse tempo que encontrei há dias na... doca das Fontainhas e que ficou para sempre lá, no sítio e no tempo. A verdade é que se calhar ele é quem tem juízo...

 

[*] Em setubalense: "Agora são todos ricos, já não se joga à bola na rua e já ninguém vai ao banho à doca, vai tudo feito paneleiro no barco-táxi para Troia"]

 

 

 

 

A mesma face da mesma moeda

por josé simões, em 14.09.22

 

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No sábado tivemos a criança obrigada a despir a camisola do Benfica para assistir ao jogo na bancada do estádio em Famalicão, ontem o carro onde seguia a família do treinador do FC Porto foi apedrejado à saída do Dragão depois da goleada caseira sofrida frente aos belgas do Club Brugge. É a mesma face da mesma moeda que impera há décadas no futebol português, o discurso do ódio alimentado pela falta de classe e de educação dos videirinhos, alçados a dirigentes do pontapé-na-bola, com reflexo imediato na manada, cobarde e anónima, na coacção sobre quem se pauta pela decência  e civilidade.

 

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As coisas como elas deviam ser

por josé simões, em 22.05.22

 

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Passaram a sexta, o sábado, e o domingo até ao apito do árbitro, muito indignados nas redes porque a final da Taça de Portugal, por ser entre uma equipa dos cus de Judas e uma do Porto - o centralismo lisboeta, a Pintofobia e outras calimerices do género, não estava a ter na imprensa o mesmo destaque que habitualmente tem, ler: não estava a ser o circo imbecil montado pelas televisões nas portas dos centros de estágio, hotéis, motas atrás dos autocarros, directos de duas e três horas com entrevistas a cada palerma anónimo mais palerma que o entrevistado anterior, com as previsões mais estapafúrdias e os comentários mais alarves que nem o Freud conseguia explicar, quando o lamento e o protesto nas redes devia ser por as coisas não serem sempre assim, sejam as equipas quais forem na disputa - Benfica, Porto, Sporting, Braga, etc.

 

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Racismo no cu dos outros para mim é refresco, Capítulo II

por josé simões, em 17.02.20

 

 

 

Uma vez num Vitória de Setúbal vs. FC Porto tive como companhia de bancada um grupo de trogloditas que passou o jogo todo para o Quaresma "Só cheiras a fumo!", "Vai vender cuecas para a feira!" e "Está aqui um sapo! está aqui um sapo!". Se o Quaresma tem saído a meio da partida se calhar já se tinha falado há mais tempo em "racismo no futebol". Ou o Nelson Semedo, tinha ganho a Medalha de Ouro que o Record atribuiu ao Marega "Um dia, por cá, alguém teria de dizer basta. Calhou ao avançado do FC Porto que, depois de marcar o golo que valeu importante vitória em Guimarães, foi à sua vida por estar farto de ouvir parvos", assim só ganhou a Medalha de Prata "O cliente tem sempre razão. Se ainda não conhecia este clássico, o lateral do Benfica ficou ontem a saber que a única interação possível com o público é o agradecimento de aplausos. Haja respeito". Há pretos e pretos e há pretos mais pretos que os pretos. Ou o Renato Sanches, o desgraçado mais massacrado dos relvados portugueses nas últimas épocas, com impropérios e urros vindos das bancadas "uh! uh! uh!", "macaco! macaco!", complementado com a maior campanha orquestrada de linchamento no Twitter e Facebook, a cargo daqueles que agora terminam a indignação com #JeSuisMarega. Antes tínhamos tido, e bem, a polémica com a simbologia usada pelos No Name Boys, a typho e o logo NN, agora temos uns White Angels, depois do Anjo Branco na história recente da Europa, enfeitados nas bancadas com cruzes celtas e a bandeira confederada, e toda a gente acha isso normal. Depois aparece o inefável Marcelo, comentador bué preocupado com o racismo no futebol, depois do Marcelo, Presidente, não ter visto necessidade de tomar posição no "vai mas é para a tua terra!" do Ventura à Joacine. O Marcelo, que não consegue, ou não quer, dar a volta ao livro de História do salazarismo e vai de fazer discursos de envergonha a Pátria em  2017 em Gorée e em 2020 em Goa. E não é só o racismo, é o ódio generalizado e institucionalizado. Os acéfalos trogloditas transportados pela polícia nas caixas de segurança, pagas com o dinheiro do contribuinte, a insultarem tudo e todos a caminho do estádio, o "SLB, filhos da puta, SLB" entoado no estádio perante o silêncio cúmplice do presidente e demais entidades oficiais nos camarotes, o silvo do very ligth a ser disparado no estádio à cara dos adeptos adversários em dia de derby. Está tudo bem, a polícia anda à cata dos atrasados mentais que massacraram o Marega, o Ministério Público vai abrir um inquérito - ler "Arquive-se!", o pagode indigna-se muito nas "redes sociais", vamos andar uma semana nisto, vá duas. Com quem a que a gente joga no próximo domingo? 

 

Racismo no cu dos outros para mim é refresco, Capítulo I

 

 

 

 

Racismo no cu dos outros para mim é refresco

por josé simões, em 16.02.20

 

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"Isso não faz sentido nenhum. O meu apelido é macaco! O macaco sou eu!"

 

"Já passei por vários campeonatos, como jogador e treinador e, sinceramente, no nosso país, não vejo que haja racismo ou insultos a jogadores de outras nacionalidades. Não acho nada disso, sinceramente. Controlo o que se passa em campo com a minha equipa, fora não posso controlar, mas não acredito que exista"

 

 

"O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) condenou o Rio Ave ao pagamento de 536 euros de multa pelos cânticos racistas proferidos pelos seus adeptos contra Renato Sanches"

 

 

"A Federação Portuguesa de Futebol manifesta a sua solidariedade com o atleta Moussa Marega. Enquanto presidente da FPF, asseguro que tudo continuarei a fazer para que os adeptos que não respeitam o futebol fiquem definitivamente à porta dos estádios. Este é um combate urgente de toda a sociedade"

 

 

[Imagem "Segregated water fountains, North Carolina,1950" by Elliott Erwitt]

 

 

 

 

Da série "Grandes Primeiras Páginas"

por josé simões, em 08.02.20

 

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Em dia de clássico FC Porto - SL Benfica o A Bola puxa uma bd para a primeira página.

 

 

 

 

Da série "Grandes Primeiras Páginas"

por josé simões, em 23.10.19

 

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A primeira página Champions League do órgão oficioso do FC Porto em vésperas do clube receber o The Rangers Football Club para a... Liga Europa.

 

[Via]

 

 

 

 

O drama

por josé simões, em 15.05.19

 

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O primeiro-ministro, ou o ministro das Finanças, ou outro ministro qualquer que dê jeito invocar, não pode ter um clube do coração para não ofender o presidente de um clube regional que janta todos os anos dentro da casa da democracia com os deputados eleitos da nação.

 

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Um sonso chico-esperto

por josé simões, em 05.03.19

 

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Nada o move contra o Benfica, nem sequer trabalha a soldo ou pro bono para a Torre das Antas, apesar de ser o seu clube do coração e de considerar Pinto da Costa um dos melhores dirigentes desportivos europeus, depois de ter dito que em Portugal nenhum dirigente desportivo vai/ foi/ é preso por corrupção, adiante. Os leaks em geral, o justiceiro "assoprador de apito", entregou-os à Interpol, os que envolviam o Benfica, em particular, entregou-os ao CSI Foculporto.

 

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Todo o poder aos trogloditas!

por josé simões, em 22.01.19

 

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"Vamos ouvir aqui este adepto do FC Porto" diz a menina da SIC Notícias de microfone esticado na porta do Estádio da Pedreira antes do Benfica vs. Porto para a Taça da Liga". "Não sou do FC Porto...". "Não é do FC Porto?!". "Não, sou neutral". E lá vai ela de microfone esticado à cata dos mestres da táctica que fazem linhas completas com suplentes e tudo, e até se deitam a adivinhar quem vai marcar os golos, enquanto os outros passam por trás em passo acelerado e vão largando "Benfica é merda!" e "filhos da puta, até os comemos", "Porto, caralhooo!", ignorando olimpicamente o maná que tinha ali entre mãos, caído do nada, um puto com não mais de 16 anos, ainda sem barba na cara, que se tinha dado ao trabalho de sair de casa numa noite fria de Janeiro para ver um jogo de futebol só pelo prazer do jogo, sem torcer por nenhum clube em especial.

 

Não, as televisões não têm culpa nenhuma no clima de violência que se vive nas bancadas dos estádios, não senhor.

 

[Imagem de Octavi Serra]

 

 

 

 

Pode um jornalista ser um troglodita trauliteiro nas “redes sociais”?

por josé simões, em 10.01.19

 

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Estava eu muito longe de desconfiar que a simples partilha no Twitter de um link para um artigo de opinião de Ferreira Fernandes no Diário de Notícias, o “conluio-policial mediático” e as suas consequências, ia receber um comentário do jornalista, não de um jornalista qualquer, um jornalista ex-director da TSF, ex director do Diário de Notícias, coluna regular no Jornal de Notícias e visita assídua na SIC Notícias - Paulo Baldaia, por via do seu heterónimo [ou será ele mesmo desinibido do “código deontológico”?] futeboleiro-regionaleiro – DragãoASul, [em print screen na imagem “por causa das moscas”] que, por sua vez, ia dar origem a uma chusma de likes e mentions [alguns já bloqueados] da horda de trogloditas trauliteiros, a salivarem nas redes de cada vez que um qualquer Pavlov açula a matilha acéfala do pontapé-na-bola, todos nascidos, Paulo Baldaia incluído, depois do senhor das bufas, avisado da visita da PJ, ter fugido com a menina do alterne para Vigo até a maré baixar, e por isso desconhecedores dos factos.


A gente já tinha desconfiado de tanta "coerência" quando os vê a gastar caracteres no papel impresso e paleio nas televisões contra a corrupção, agora quando aparecerem, outra vez, não vai demorar muito que o tema é recorrente, a escrever e a papaguear sobre os trogloditas das “redes sociais” a gente já sabe do que a casa, os jornalistas são as vítimas, coitados, os anónimos e os facilmente manipulados pelo populismo do reflexo condicionado, isso sim é que é.

 

 

 

 

Foram só visitar a catedral de Salisbury pelo TripAdvisor

por josé simões, em 17.09.18

 

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Diogo Faria, co-autor do livro «Polvo Encarnado», escrito por Francisco J. Marques (diretor de comunicação do FC Porto), foi colega de faculdade e de curso com o hacker Rui Pinto

 

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Para os filhos da puta vale tudo

por josé simões, em 07.06.18

 

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Se fosse férias à toupeira, tudo bem. Férias à arguido, nada a dizer. A cartilha das férias e ninguém estranhava. Agora férias à campeão é que não, é publicidade enganosa, ainda por cima a crianças... Se esses miúdos quiserem férias à campeão temos disso no Dragon Force

 

Francisco J. Marques, Diretor de Infromação e Comunicação do FC Porto, no Twitter [print screen]

 

[Filho da puta]

 

 

 

 

"Este de certeza não rouba mais!"

por josé simões, em 04.12.17

 

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O que vale é que o senhor é líder de uma claque, organizada e legalizada, que nas vésperas dos jogos faz visitas aos centros de treino da arbitragem para chamar os homens do apito à razão, com educação e boas maneiras. Ameaças, e isso, são os outros, adeptos das outras claques, legalizadas ou clandestinas, mascarados com camisolas e cachecóis do outro clube, vendem-se aí, as chinesas por metade do preço, só para incriminar a claque, organizada e legalizada, do clube rival, perdão, inimigo. Os maquiavélicos.

 

O que vale é que o senhor é doutor, com tese de mestrado e tudo, para meter providências cautelares que lhe permitam continuar a instigar impunemente e legalmente o ódio e a violência nos estádios. Se calhar não foi ele, hackearam-lhe a password, os bandidos!

 

O que vale é que o senhor presidente da Federação Portuguesa de Futebol foi ao Parlamento, com o senhor doutor, com mestrado e tudo, explicar aos senhores deputados a liderança da claque, organizada e legalizada, de apoio à Selecção de Futebol, e apontar uma solução à inglesa para a violência nos estádios e os "sinais de alarme" decorrentes da "apologia do ódio" na modalidade do pontapé-na-bola - a erradicação dos macacos, macaquinhos e macacões, legalizadas, ilegalizados, clandestinos, organizados ou casuais, do clube amigo ou do clube inimigo, perdão, adversário.

 

No pasa nada!

 

 

 

 

Eles tal e qual eles são

por josé simões, em 23.06.17

 

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O senhor do FC Porto que monitoriza as contas de e-mail dos directores do SL Benfica acusa o Benfica de monitorizar os sms do presidente da Federação nos idos em que era presidente da Liga. Coisa muito grave, avisa, coisa de amantes, amantes dos árbitros, sublinha, enquanto o pivot deixa cair um "fruta", já se deve ter arrependido mas é mais forte do que ele. Não vou revelar, não vai revelar, mas ficam desde já os árbitros a saber que ele sabe e ficam desde já os árbitros avisados para a chantagem que aí vem assim comece a época, é o modus operandi da Taberna do Infante. A dúvida é se o Benfica devia ser irradiado uma época, duas épocas ou três épocas, a meu ver. No ver dele o SL Benfica devia ser irradiado para sempre e o clube proibido, mas não quis passar por exagerado.

 

No outro lado da estrada um Saraiva, o responsável pelo departamento de açular as massas do Sporting Clube do Porto transpõe para terceiros aquilo que ele faria se soubesse o que os árbitros sabem, "não sei se o Benfica na posse desta informação não a usou". Na impossibilidade do presidente do Sporting Clube do Porto entrar de revólver em punho pelo balneário do árbitro adentro era isso que faria, que faz, que fez, chantagear o árbitro, com a informação que também já tem em seu poder.

 

Eles tal e qual eles são e ainda nem sequer começou a época.

 

[Imagem de autor desconhecido]