O Verdadeiro Artista
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"Esperemos que Nossa Senhora nos ajude a mudar o país": André Ventura vai a Fátima a pé
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O assessor do Ventas do Chaga no Parlamento, a dar tudo no Facebook.
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A 13 de Maio de 1917 Portugal mudou para sempre. Fomos escolhidos! Também eu senti esta mudança profunda num 13 de Maio da minha vida. Hoje sinto, sei, que de alguma forma a minha missão política está profundamente ligada a Fátima. É este, talvez, o meu grande Segredo.
"O Salazar é a pessoa por Ele (Deus) escolhida para continuar a governar a nossa Pátria, …a ele é que será concedida a luz e graça para conduzir o nosso povo pelos caminhos da paz e da prosperidade.
É preciso fazer compreender ao povo que as privações e sofrimentos dos últimos anos não foram efeito de falta alguma de Salazar, mas sim provas que Deus nos enviou pelos nossos pecados. Já o bom Deus ao prometer a graça da paz à nossa nação nos anunciou vários sofrimentos, pela razão de que nós éramos também culpados. E na verdade bem pouco nos pediu, se olhamos para as tribulações e angústias dos outros povos.
Depois é preciso dizer a Salazar que os víveres necessários ao sustento do povo não devem continuar a apodrecer nos celeiros, mas serem-lhe distribuídos."
"Ai, ui, atirem-me água benta
Ajoelho-me, benzo-me, arrependo-me, esconjuro-a
Atirem-me água fria"
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Apanhados de calças nas mãos, como em Abril de 1974, sem discurso, sem tema, sem guião, completamente à nora a direita radical abala a correr para os braços da Santa Madre Igreja, também como em Abril de 1974, hoje a propósito de umas comemorações do Dia da Liberdade, que tentou misturar com o ir passar a Páscoa à terrinha, e com o Dia do Trabalhador a equivaler a uma peregrinação a Fátima, numa gorada tentativa, como em Abril de 1974, de provocar uma fractura entre o povo e o poder político, agora eleito, misturar tudo o que se quer separado - Deus e César. Só que desde Abril de 1974 a Igreja católica mexeu-se, pouco mas mexeu-se, e, com raríssimas excepções, ignorou o apelo dos desesperados e manteve as distâncias. A direita radical, essa, continua exactamente no mesmo sítio onde Salgueiro Maia a foi encontrar, de pais para filhos, de filhos para netos, sem bulir. São tão previsíveis, benza-os o Bispo e a Senhora de Fátima.
[Imagem Fátima, 100 anos, 100 imagens]
"...porque é um Papa de que toda a gente gosta e porque realmente tem cara de Papa"
Teen entrevistada no santuário de Fátima depois de Francisco, Papa, ter passado pelo meio da multidão.
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Ontem, a propósito da visita de Jorge Mario Bergoglio a Fátima, foram repostas as fronteiras terrestres. À parte a piada feita que é repor as fronteiras terrestres a pretexto da segurança de alguém que reclama o estatuto de secretário de Deus no planeta Terra, as televisões estavam lá todas, desde Quintanilha a Vila Verde de Ficalho, passando por Vilar Formoso e Caia, para mostrar que os possíveis eventuais malfeitores terroristas atentadores da vida e da segurança do Papa Francisco têm todas as portas barradas pelos guardas fronteiriços de ocasião. Não podem entrar. Aliás, só entravam a partir de ontem e exactamente a contar da hora do fecho das ditas.
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O aspecto mais curioso, chamemos-lhe assim, do argumentário justificativo da tolerância de ponto dada aos funcionários públicos aquando da visita de Francisco, Papa, a Fátima, ou à cova Deiria, como dizem as televisões, argumentário comum ao Governo, aos partidos da 'Geringonça' e à direita radical beata, uma verdadeira 'união nacional', prende-se com o facto de "muitos portugueses manifestarem interesse em se deslocarem ao santuário", por coincidência, e só por coincidência, todos funcionários públicos, que no Estado laico o sector privado não tem tempo para terços nem se governa com Pais-Nossos e Avé-Marias.
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Em nome da Função Pública e com a benção dos partidos da 'Geringonça', ateus-agnósticos-jacobinos-laicos e religiosamente multi coloridos mas com a base eleitoral de apoio à sombra do Estado.
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Crescemos todos a ouvir a avó Ilda, que nasceu era D. Manuel II El Rei de Portugal e morreu com Jorge Sampaio na Presidência da República, contar como foi ir de Setúbal a Fátima, ela e os irmãos, de charrete com os pais, estradas só de nome, dormir ao relento onde os cavalos pediam e lá, na Cova de Iria, e depois toda a gente a olhar para o ar no dia do "Milagre do Sol", ela também, e jurar a pés juntos não ter visto nada nem sequer ter percebido o porquê de estar toda a gente a olhar para cima. Valeu pela aventura da viagem. Lembrei-me a propósito do insólito no Diário de Notícias.