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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

António Costa deu uma entrevista

por josé simões, em 03.10.23

 

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António Costa deu entrevista e espremido saiu em todos os jornais e televisões que o salário mínimo pode aumentar acima dos 810 euros até 2024 [e ainda dizem que o PS tem má imprensa], nada que a direita não reverta quando se alçar ao poder, mais cedo que tarde, com um congelamento a propósito das contas certas, da competitividade, do crescimento económico e o caralho, como já anteriormente o fez.

 

Entretanto a saúde está para lá do caos, e idem idem aspas aspas com a educação, num estado tal que quando a direita se alçar ao poder , mais cedo que tarde, pode entregar tudo de mão beijada tudo ao privado santo milagreiro e ainda leva aplauso da populaça que pelos cabelos está com paralizações de doutores, faltas de médicos para tudo e mais algumas especialidades, encerramentos a eito a pretexto da reestruturação, greves de stores, embeiçados que estão com as propostas do pantomineiro que foi líder da bancada para lamentar [não é gralha] de suporte ao governo do ministro Crato para reposição do tempo, faltas de stores em todo o lado, e a olhar para o ranking das escolas mais a "excelência do ensino privado", cof, cof, e com o PS a gritar "aqui-del-Rei!" que a direita está a desmantelar o Estado social, fazendo de conta que não teve nada a ver com isso, com todo um caminho que foi preparado. Tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta", lá diz o pagode.

 

Mas fica para a História, com agá grande e tudo, o PS e António Costa e António Costa e o PS, mais o ministro das Finanças prémio de consolação por ter perdido a câmara da capital, por terem reduzido a dívida, em percentagem do PIB, que a dívida real, essa, continua lá e até a subir, fazendo de conta que os juros quando são pagos não o são em percentagem do PIB mas no seu valor nominal.

 

Avante!

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A infantilização do eleitorado

por josé simões, em 03.07.23

 

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Luís Montenegro, para não lhe estarem sempre a apontar que o seu PSD não tem nada para apresentar sobre coisa alguma, mandou Miguel Pinto Luz à televisão do militante n.º 1 para uma entrevista onde conseguiu dizer tudo e o seu contrário, dizer tudo a que o PSD se propõe para a saúde, mesmo que vá contra a tudo a que o PSD sempre defendeu para a saúde, e não dizer nada a entrevista toda, além de invocar uma proposta que o PSD tinha em 1979 para o SNS que, tirando o ter votado contra, ninguém sabe qual foi. 50 anos depois do 25 de Abril os pantomineiros continuam o seu caminho.

 

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Alerta Pantomineiro

por josé simões, em 29.05.23

 

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Que quanto a alianças com o ex-camarada de partido, agora a soldo dos fascistas, já disse o que tinha dito e nada mais tem a a dizer em relação ao que já disse e que foi nada. Que não senhor, sim senhor, não quer eleições por dá cá aquela palha mas está preparado para ser primeiro-ministro já ontem, como mostram todas as sondagens e estudos de opinião, com o partido e ele e ele o partido a subirem na vontade do pagode, apesar dele e o partido e o partido e ele se encontrarem no mesmo sítio em que se encontravam há um ano e o PS a descer ao seu encontro. E neste já disse e não disse e não torno a dizer o que já não disse foram metade metade dos 90 minutos de jogo. Que está muito  indignado com a alegada falta autenticidade das candidaturas autárquicas tutti frutti, "oh rootie", ele que chegou à liderança do partido através de elementos chave que controlam eleitores fantasmas através do pagamento de quotas nas distritais, "a wop bop a loo bop a lop bom bom". Podíamos dizer que não ter a puta da vergonha na cara é isto mas é só mais do mesmo, desde que o partido foi fundado pelo "pensamento político de Sá Carneiro". Que o socialismo está a dar cabo do país, governado por um partido, socialista de nome, e que fez disparar as exportações para além da Taprobana como nunca se 'havera' visto, estabilizar o desemprego e baixar a dívida em percentagem do PIB em tempo recorde. Se o país está melhor e as pessoas não, é coisa que não foi chamada à colação. Mas devia. Portantes, quem no dia das eleições for todo lampeiro fazer um xis no quadradinho deste senhor não se pode queixar depois. Danny Kaye rocks!

 

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"Maioria requentada"

por josé simões, em 10.03.23

 

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Depois de ter metido Marcelo onde ele nunca esperou estar, com uma maioria absoluta PS no Parlamento, resultado de uma jogada política mal calculada, a dissolução da Assembleia da República, convocação de eleições antecipadas [mas não muito, para dar ao PSD tempo de arrumar a casa e escolher nova liderança], com o esdrúxulo argumento do chumbo do Orçamento do Estado, António Costa meteu-se, sem ninguém o mandar ou sequer empurrar, na posição onde Marcelo o queria ver sentado, maioria absoluta mas não muito absoluta, o Governo com mais trapalhadas por segundo na história da democracia e que só continua a governar porque Marcelo não vislumbra alternativa na casa-mãe a que pertence. Como é que António Costa vai ficar para a história, como o gajo que derrubou o "muro de Berlim" das soluções governativas à esquerda, ou como o maior inepto da democracia que meteu a extrema-direita no Governo 50 anos depois do 25 de Abril?

 

[Imagem de autor desconhecido]    

 

 

 

 

António Costa admite começar a governar

por josé simões, em 31.01.23

 

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António Costa "admite tomar medidas contra a inflação", não vai tomar, admite. Assim como tinha admitido o fim dos vistos gold. Foi há tanto tempo que já ninguém se lembra, foi em Novembro passado. Temos o país constantemente paralisado por greves, dos médicos aos professores, passando pelo enfermeiros e técnicos de diagnóstico, aos transportes públicos, funcionários judiciais e administração pública, mas António Costa tem "acordo com a concertação social, na função pública, com a Associação Nacional de Municípios e tem dialogado na Assembleia da República". E repete isto uma vez atrás da outra, as vezes que forem necessárias, não convencendo ninguém e enganando-se a ele e aquele sindicato dos bancários também conhecido por UGT. António Costa anuncia um conselho de ministros todo ele "exclusivamente dedicado à política de habitação", quando todos nós, na nossa humilde ignorância, pensávamos que "política de habitação" era inerente à função de governar e que os conselhos de ministros eram aquelas coisas que aconteciam naturalmente, como processo de governação. Afinal "anunciam-se". 

 

Propaganda, show off e fogo de artifício, como dizem os camaradas brasileiros, é nos trinques, governar é que está quieto. Talvez da próxima António Costa admita começar a governar. Ou anuncie um conselho de ministros todo ele exclusivamente dedicado à governação.

 

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Com a voz que Deus lhes deu

por josé simões, em 15.12.22

 

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António Costa em entrevista à Visão disse que "[...] o estilo histriónico que a iniciativa Liberal quer ter de guinchar um bocadinho mais alto que o Chega fica ridículo porque os queques quando tentam guinchar, não conseguem, ficam ridículos perante o vozeirão popular que o Ventura consegue fazer".

 

O doutor António Costa em entrevista à Visão disse que "[...] o estilo histriónico que a Iniciativa Liberal quer ter de com voz de soprano gritar um bocadinho mais alto que o irmão gémeo Chega fica ridículo porque os filhos das famílias de bem quando tentam falar muito alto, não conseguem, ficam ridículos perante a voz baixo popular que o doutor Ventura consegue fazer".

 

Percebem a diferença? António Costa também. E já agora André Ventura.

 

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Arte & Decoração

por josé simões, em 08.11.21

 

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Quando o mais interessante da entrevista ao primeiro-ministro é o tapete a fazer pandâ com o mobiliário. Ainda há pachorra para jogos de palavras e mastermind?

 

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A televisão do militante número 1

por josé simões, em 25.05.21

 

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"André Ventura, e depois da vitória que conseguiu alcançar nas Presidenciais [minuto 18:44]". Ouviram bem, vitória. 

 

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A fragmentação da direita

por josé simões, em 13.05.21

 

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A dada altura Marcelo comentou [lamentou?] a fragmentação da direita:

 

a) como óbice à ida ao pote;

b) à alternância no poder;

c) como alternativa de governo

d) todas as anteriores

 

Nunca se lhe ouviu, em 40 anos, uma constatação, um lamento, por em 40 anos de democracia a esquerda ter estado afastada da solução  e/ ou influência governativa, quando a diferença entre a esquerda e a direita "fragmentadas" é, por exemplo, a primeira reivindicar aumento do salário mínimo, investimento no Serviço Nacional de Saúde e na escola pública, redução da carga horária, direitos iguais para iguais deveres, contra o desmantelamento do Estado social, a privatização da saúde e da educação, a desregulação do mercado laboral, a ausência de direitos e garantias pelos segundos.

 

Marcelo não engana quem quer ser enganado, Marcelo não engana ninguém, Marcelo sobrevive na iliteracia política portuguesa.

 

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Não explicando ajuda a perceber

por josé simões, em 17.12.20

 

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A metade esquerda do móvel é ocupada por fotos com pessoas várias ao lado do vulto Cavaco Silva, Aníbal. Desde Gungunhana ao Padre Américo, passando pelo Juan Manuel Fangio ou Nuno Álvares Pereira. A metade direita são as quintas-feiras e outros dias, e as facturas da água, da luz, mais os recibos da reforma da mulher. Na secretária uma placa antecedida pelo grau académico ainda assim não vá alguém enganar-se no trato.

 

Esta nulidade, Cavácuo, foi dez anos primeiro-ministro e mais dez Presidente da República e, não explicando tudo, ajuda a perceber.

 

[Imagem da entrevista ao Observador]

 

 

 

 

Neville Rio vs Rui Chamberlaine

por josé simões, em 19.11.20

 

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O líder do maior partido da oposição gastar vinte minutos de uma entrevista de quarenta e sete para se justificar justificar que um partido que vale 1% dos votos em urna, e do qual depende, qual Mephisto, para se alçar ao poder numa região autónoma, não é um partido neo-fascista e que até se modera quando chamado à razão.

 

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Marcelo In The Sky With Diamonds

por josé simões, em 03.11.20

 

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Marcelo entrevista António José Teixeira. Depois do Monólogo do Vaqueiro por Gil Vicente o Monólogo do Marcelo por Marcelo. Conversas em Família. Marcelo finge não ouvir as perguntas para não perder o fio ao monólogo. O gajo que foi eleito depois de anos a dizer coisas aos portugueses diz que  os portugueses não perceberam o que ele quis dizer quando falou em país "milagre" da Covid. Marcelo diz treuze. "Mesmo o Churchill que ganhou a guerra foi corrido a seguir". Marcelo In The Sky With Diamonds. Marcelo em modo conferências de imprensa do Pal Bent quando era seleccionador nacional, ninguém se lembra como começou nem do que foi dito enquanto durou. Para a próxima entra Vasco Parvalhim do Joker para conduzir a entrevista, é como o Tiririca, pior não fica.

 

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De onde menos se espera sai uma esquerdista despesista

por josé simões, em 30.12.18

 

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"Em tempos de crise invisto mais para ultrapassar a crise". "Em tempos de crise aumentei os meus funcionários para não se sentirem deprimidos com a crise".

 

Não dei pelo Zé Gomes 'programa de Governo' Ferreira comentar esta entrevista. Ou o João Duque. Ou o Camilo Lourenço. Ou o Caiado Guerreiro. Ou os pantomineiros liberais do "retirar o peso do Estado da economia" e os da direita radical da austeridade, de plantão nas "redes".

 

[Imagem "Muyeres del PCE. Mieres, 1977", autor desconhecido]

 

 

 

 

O caudillho do regionalismo-futeboleiro

por josé simões, em 25.07.18

 

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Resumo da entrevista de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, à SIC Notícias:

 

- O Porto vai sair da Associação Nacional de Municípios porque a Associação Nacional de Municípios, por unanimidade de votos dos seus membros, tomou posição à que, enquanto presidente da Câmara do Porto, considero contrária aos interesses da cidade, merecedora do estatuto de Estado-nação.

 

- O Tribunal de Contas, com o devido respeito, age como "força de bloqueio", com o devido respeito, porque, como dizem os 'amaricanos', no seu papel de "checks and balances" consagrado na Constituição da República Portuguesa, toma posições que eu, enquanto caudillo eleito, com o devido respeito, considero contrárias aos interesses da cidade do Porto, merecedora do estatuto de Estado-nação.

 

E remata com "o Poder político é a expressão do povo em democracia" depois de ter passado toda uma entrevista a criticar as decisões do poder político democrático. Com o devido respeito.

 

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A seguir o PS, e o PS Porto que é uma espécie de PS-nação dentro do PS nacional, vai aparecer com falinhas mansas depois de ter andado anos a chocar o "ovo da serpente".

 

 

 

 

 

Caiu-lhes a máscara

por josé simões, em 27.11.17

 

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Pegamos na deixa do rapazola, alçado a líder da bancada parlamentar do PSD: "esta frase encerra uma verdade", uma verdade de que já todos desconfiávamos desde sempre, que para o PSD, as retribuições, os salários, as pensões, o Estado social, os direitos e garantias, são "coisas comezinhas", são "coisas pequeninas", "que não trazem reforma  estrutural" [que não cortam, definitivamente, salários e pensões], das "coisas que não apontam caminhos para o futuro" [que não apostam num modelo de baixos salários e de precariedade] e para isso o PS não conta com o PSD como conta com o BE e com o PCP. O que o rapazola, alçado a líder da bancada parlamentar do PSD, fez nesta entrevista foi medalhar o BE e o PCP e "amesquinhar" e "apoucar" o cidadão anónimo que vive do rendimento do seu trabalho, até eleitor do PSD, e isso "são contas com que o PSD se tem de entender", internamente, e externamente, nas urnas. E só por isso esta entrevista, nesta parte específica, devia passar em repeat todos os dias naqueles blocos "humorísticos" com música a condizer" e que servem de separador aos canais noticiosos no cabo.

 

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