Memorial to the Future
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Liberais, defensores da deslocalização de fábricas e empresas da Europa e América do Norte para África e Sudeste Asiático como forma de fugir à protecção ambiental, regulação laboral, baixar custos do trabalho e aumentar a mais-valia ao accionista, que "é nos países menos desenvolvidos que há as maiores catástrofes ambientais e os maiores desequilíbrios ambientais". O circo nunca acaba.
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Numa zona onde, com o nobre argumento da protecção do ambiente e do ecossistema, até aos anos finais dos anos 90, princípios do século XXI, era proibido montar uma tenda para passar uma noite de "campismo selvagem" na praia, e a construção só era permitida sobre a já existente ou ruínas, nunca podendo ultrapassar a respectiva volumetria, aventa-se e "lamenta-se" George Clooney e a mulher não construirem uma mansão para fazer vizinhança ao Louboutin. A isto também se chama qualidade de vida, para o caso perda dela para as populações e, a haver escrutínio público e exigência cívica, estas merdas, por que é mesmo este o nome, feitas ao património comum para benefício do bolso de alguns, também iam a votos nas autárquicas.
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Onde é agora o popularmente denominado "Cais da Autoeuropa" era uma praia paralela ao rio com 100 metros de areão e um restaurante. A "civilização" e o "crescimento económico" aos 100 metros paralelos ao rio roubou ainda mais 300 em comprimento. Agora queixam-se todos que o Portinho da Arrábida está a desaparecer e que no lugar do "Monte de Areia" ou "Monte Branco" há hoje um pedregulho e que onde antes havia areia branca e fina estão calhaus escuros e grandes a rebolar ao sabor das ondas.
Não contentes com o desaparecimento da praia da Cachofarra/ Vila Maria e o do Portinho da Arrábida, em prol do desenvolvimento e das exportações e da criação de riqueza, vão agora proceder à dragagem de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário do Sado para possibilitar navegação a navios de grande calado, com o Porto de Sines aqui ao lado à espera das obras na via rápida de "Santa Engrácia", que desde o "marcelismo" nunca mais a ligam a lado nenhum, nem sequer à auto-estrada, e do caminho-de-ferro que havia de ligar à Europa o porto "que se vê do Panamá".
Há coisas que cansa estar sempre a repetir.
[Na imagem grafitti numa rua de Setúbal]
Devido à ausência e, nalguns casos, até à diminuição da biodiversidade prevista no plano de ordenamento, por via da actividade humana… proibida no plano de ordenamento, um grupo privado apresenta um estudo, de iniciativa privada, onde se propõe a entrega de uma parcela do património natural comum… à iniciativa privada, para exploração e ocupação humana… proibida no plano de ordenamento.
Plano de ordenamento, falho e falhado, por desleixo, desinteresse, falta de dinheiro, o que seja, por culpa da tutela e das entidades responsáveis por o fazer cumprir e respeitar, ou por dolo, de quem estando à frente da cousa pública tem, por cegueira ideológica, como objectivo último entregá-la a privados com o argumento de que os planos públicos não funcionam e que a iniciativa privada, que é só de alguns, é melhor a gerir e administrar a cousa pública, que é de todos.
«EDIA analisa possibilidade de concessionar ilhas de Alqueva a operadores económicos»
Recordando José Saramago nos Cadernos de Lanzarote: «Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
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Era o nome de um programa de televisão, quando o ambiente e a ecologia ainda não estavam na ordem do dia, e que dava uma vez por semana na RTP a preto-e-branco.
"Só há uma terra" podia ser o lema, mesmo para os negacionistas que, com uma agenda ideológica escondida, ignoram e recusam que o aquecimento global é uma realidade, com o argumento de que obedece… a uma agenda ideológica! Até porque só há mesmo uma terra.
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Estava ali a ver uma reportagem sobre o Festival Andanças.
Em nome do ambiente o plástico foi abolido; diziam. Beber cerveja só em caneca.
E estava o pessoal todo lampeiro na esplanada; à roda da cervejola dentro da caneca. Ecologia para aqui, ambiente para ali, e o coiso e tal. Refastelados em cadeiras vermelhas… de plástico; oferecidas pela Super Bock. A fumar umas cigarradas e a apagar as beatas em cinzeiros... de plástico (sem patrocínio).
Preservar o ambiente; dizem.
(Foto de Dan Nguyen)