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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Tirem-me daqui!

por josé simões, em 17.12.08

 

Fui ali malhar um entrecosto assado no carvão (excelente, diga-se), num daqueles restaurantes na entrada de Setúbal à beira da N10, onde costumam parar os camionistas e onde uma dose custa 8 euros com tudo incluído, e dá para uma família daquelas inscritas na Ass. Nacional de Famílias Numerosas.

 

Chega um Mercedes SLK – “qualquer coisa”, com dois cromos equipados como se fossem à tomada de posse do Presidente da República. Sacodem ruidosamente as cadeiras e como não ficou perfeito, chamam a empregada e pedem que as limpe. Pedem à empregada que substitua a toalha de pano que serve de base à toalha de papel. A toalha foi substituída, mas antes que a de papel assentasse, foi necessário substituir novamente a de pano que havia acabado de chegar porque tinha “não sei o quê”. Pedem a ementa e a empregada diz de cor o que havia para comer. “Mas não há ementa?”; “Não”. Pedem a carta dos vinhos e a empregada diz de cor “vinho da casa, Terras do Pó” e um José Maria da Fonseca qualquer. “Mas não há carta dos vinhos?”; “Não”. A empregada coloca em cima da mesa um pires com azeitonas, um cesto com pão e dois cubos de manteiga. “Mas não há entradas?”; “Não”. Inspeccionaram microscópicamente os talheres e cheiraram os pratos (!!!). Tudo isto sem que a rapariga alguma vez mostrasse má cara ou respondesse torto.

 

Pedi rapidamente a conta e fui tomar café a outro lado (apesar de incluído no menu) porque:

 

Hipótese 1: - Estava quase a pregar com um osso do entrecosto nos cornos de um dos cromos.

 

Hipótese 2: - Fui tomado por um inexplicável pavor que um dos cromos agarrasse no telemóvel e chamasse a ASAE, que por sua vez nos obrigasse (a mim e aos camionistas) a vomitar o que tínhamos acabado de comer.

 

Há pessoal que não fode para não sujar o pau

 

(Imagem Orient Express via Independent)

 

 

 

Putos bétinhos

por josé simões, em 27.12.06

O Diário de Noticias na edição de hoje pergunta a várias personalidades da vida portuguesa “O que deixou para resolver no fim do ano?”.

 

Nuno Melo, líder parlamentar do CDS/ PP, ocupado que estava a conspirar contra o líder do partido Ribeiro e Castro e, a bajular Paulo Portas:

 

“ (…) infelizmente, só nestes últimos dias tentei fazer uma reserva de avião com destino algures ao continente americano e não consegui. Nem mesmo para o Brasil. Como consequência, tenho agora de passar o fim de ano em Portugal, o que me serve de aviso: para a próxima tenho de reservar antecipadamente.”

Leia-se nas entrelinhas: vai ser uma tristeza! Passar o ano junto da ralé nesta espelunca à beira-mar plantada. Que infelicidade!

 

“Tenho resoluções importantes, quer a nível pessoal quer a nível profissional, apesar de nenhuma delas ser publicável. Mas devem ser perceptíveis.”

 

Ao nível pessoal, ganhou vergonha e demite-se?

 

Ao nível profissional, ainda não se demitiu por estar à espera de algum convite de alguma Unicer, como o camarada de partido Pires de Lima?

 

E também vai recorrer do expediente da suspensão do mandato, até que a maré mude, usando o vaivém Parlamento / Empresas tão ao gosto da nossa classe parlamentar?

 

Também aqui se aplica a máxima do post anterior. “Boas entradas, que as saídas estão a ser péssimas!”