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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Chama-se a isto levar por tabela

por josé simões, em 18.06.18

 

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Donald Trump, para exemplificar o que não quer nos Estados Unidos - milhares de imigrantes a assolarem as fronteiras do país todos os dias, invocou a crise migratória que assola a Alemanha [e a Europa], convertida em crise política alemã e, mais cedo que tarde, crise política europeia, a Alemanha e a Europa vítimas directas, por seguidismo político acéfalo e/ ou abstenção e fechar de olhos, dos milhares de refugiados provocados pelas políticas bélicas do amigo 'amaricano', do espalhar a democracia e a economia de mercado pela rosa dos ventos, assentes na mudança de aliados conforme as circunstâncias e os interesses. Chama-se a isto levar por tabela.

 

[Imagem]

 

 

 

 

Uma foto vs. seis fotografias

por josé simões, em 10.06.18

 

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A primeira, e a que correu mundo e fez primeiras páginas e milhões de RT's e partilhas e likes no Twitter e no Facebook, é da responsabilidade da delegação de Angela Merkel.

 

 

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A segunda é da responsabilidade da delegação de Emmanuel Macron.

 

 

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A terceira é da "equipa da casa", a representação italiana do novo primeiro-ministro Giuseppe Conte.

 

 

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A quarta foto pertence à delegação norte-americana.

 

 

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A quinta foi posta a circular pela delegação de Justin Trudeau, Canadá.

 

 

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A sexta e última é da responsabilidade da delegação japonesa chefiada por Shinzō Abe.

 

 

Seis fotografias, seis perspectivas diferentes do mesmo momento, sendo que a primeira, a que deu volta ao mundo, faz mais por Donald Trump dentro de portas, no seu eleitorado, do que pela imagem de Angela Merkel, "líder do mundo ocidental"  e da liberdade de circulação contra o proteccionismo americano, como é suposto com a sua publicação, que nestas coisas "no one is innocent".

 

[Imagens via Fabian Reinbold]

 

 

 

 

||| Da série "Grandes Primeiras Páginas"

por josé simões, em 19.09.15

 

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Angela Merkel na capa do Der Spiegel

 

 

 

 

||| Vítima da própria propaganda

por josé simões, em 06.07.15

 

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O problema não é Angela Merkel voltar atrás, dar o dito por não dito na questão grega, para não ficar para a história coma a chanceler alemã que destruiu a Europa pela terceira vez em 100 anos, que a senhora até tem suficiente golpe de rins para o fazer e já percebeu que é precisamente isso que pode acontecer. Não. O problema é Angela Merkl ter de explicar aos cidadãos alemães que o dinheiro dos seus impostos não está a ser usado coisíssima nenhuma para sustentar os malandros dos gregos, antes pelo contrário, e que têm sido vítimas de doses maciças de propaganda como não se via por aquelas paragens desde os idos do chanceler do bigodinho que a antecedeu no cargo.


[Imagem]

 

 

 

 

||| Da série "Grandes Primeiras Páginas"

por josé simões, em 04.07.15

 

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A capa do Der Spiegel [usem o tradutor do Google]

 

 

 

 

||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 29.06.15

 

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"Se o euro fracassa, a Europa fracassa"


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||| Resumidamente é isto

por josé simões, em 26.06.15

 

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"Muita gente já esqueceu, e muita outra não valorizou o golpe, mas foi Merkel, com a aquiescência dos parceiros, que em Novembro de 2011 impôs uma mudança de Governo em Itália, tirando Berlusconi, três vezes eleito, e pondo no seu lugar Mario Monti, um homem que nunca tinha ido a votos, e teve de ser feito (num domingo) senador vitalício para ocupar o lugar de primeiro-ministro. Isto aconteceu na Itália, que não é exactamente a República das Maldivas. Foi logo a seguir (cinco dias de intervalo) ao golpe grego, quando Papandreu se viu substituído por Lucas Papademos, que vinha do BCE e também nunca tinha ido a votos. Papandreu tinha cometido a heresia de dizer em voz alta que ia propor um referendo sobre a permanência da Grécia no euro. Em 48 horas estava na rua. No Outono de 2011 andava toda a gente distraída, e não devia, porque foram dois golpes de Estado decididos em Berlim, com a cumplicidade de Sarkozy e o beneplácito da tropa fandanga a que chamamos líderes europeus. A opinião pública internacional assobiou para o lado.


O actual folhetim grego é um remake foleiro. É deprimente ouvir os comentadores a esgrimir números sobre a Grécia, sabendo-se que os números gregos, sensatos ou delirantes, não importa, são a última preocupação de Merkel, Juncker, Dijsselbloem, Lagarde, Draghi, Tusk e parceiros menores. Nenhum deles quer saber de números para nada. Tsipras podia fazer espargata em plena Cimeira e o mais que conseguia era pôr Schäuble a bocejar. A UE não aceita um Governo do Syriza e o overacting de Varoufakis desobrigou toda a gente de boas maneiras."


Resumidamente é isto: "Folhetim".


[Imagem de Banksy]

 

 

 

 

||| Da série "Grandes Primeiras Páginas"

por josé simões, em 18.06.15

 

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A capa do The Economist

 

 

 

 

||| Noite dos Oscares

por josé simões, em 23.02.15

 

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Prémio para o melhor actor secundário: Pedro Passos Coelho em O Bom Alemão.


[Roubado]

 

 

 

 

||| Adivinhem quem ganhou

por josé simões, em 13.02.15

 

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Algumas horas depois de ter tido a minha conta no 'tuita' em destaque no telejornal da TVI 24, também pelo 'tuita' encontro a imagem que podia muito bem ilustrar o que tinha escrito. Coitados dos ucranianos, anónimos, o povo, que só quer ter uma vida descansada.

 

 

 

 

 

||| Pode ser mais fácil do que parece

por josé simões, em 13.02.15

 

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E se é uma questão de regras alguém algum dia vai ter de deixar um recado a Angela Merkel: as regras são feitas para regular o dia-a-dia e facilitar as relações, não para as atrapalhar ou complicar e, quando as regras não cumprem as funções para as quais foram criadas, é porque é chegado o momento de as alterar ou corrigir. Pode ser mais fácil do que parece se houver inteligência, não de uma mas das duas partes.


«Merkel deixa recado para Tsipras em Bruxelas: "Regras são regras"»


[Imagem]

 

 

 

 

||| Da série "Grandes Primeiras Páginas"

por josé simões, em 30.01.15

 

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A capa da The Economist

 

 

 

 

||| O peso da História

por josé simões, em 25.02.14

 

 

 

[Aqui]

 

 

 

 

 

||| A dúvida que [ainda] resta

por josé simões, em 25.02.14

 

 

 

 

É se os indígenas do sul, defensores da austeridade alemã para o sul da Europa, acreditam piamente na boa fé alemã da austeridade expansionista ou se estão eles de boa fé, na ignorância da austeridade que a Alemanha não aplica a si própria, com reflexo num maior crescimento económico que proporciona maiores receitas fiscais, e nas taxas de juro baixas sobre a dívida alemã, reflexo da fuga de capitais do sul da Europa, assolado pela austeridade alemã aplicada pelos indígenas. Qualquer das hipóteses não é muito abonatória da inteligência dos indígenas do sul.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

||| A tralha cavaquista, os alunos da "escola alemã", e a "escola alemã" ela própria

por josé simões, em 17.02.14

 

 

 

Corria o ano de 1980 e Francisco 'o pensamento político' Sá Carneiro, primeiro-ministro, e Cavaco 'nascer duas vezes' Silva, ministro das Finanças, assinam um decreto-lei a estabelecer que aos membros do Governo que «não tenham residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 quilómetros poderá ser concedida habitação por conta do Estado ou atribuído um subsídio de alojamento».

 

Decreto-lei que, 30 anos depois, havia de dar um jeitaço do caraças à tralha cavaquista, entretanto recuperada para o Governo da Nação pelo passismo [rima com passadismo], apesar da habitação própria e permanente em Lisboa, a vida custa a todos, a prestação ao banco e o IMI, e tal, mas que, assim que caiu em público, abdicou dos direitos adquiridos, pelo exemplo que vem de cima e os sacrifícios pedidos aos portugueses e a imagem e a imagem do Governo e a imagem da coligação e "por decisão pessoal minha, amanhã mesmo, e eu vou abdicar de um direito que tenho, faço-o porque entendo que devo fazê-lo", prontes.

 

E eis que chegados ao ano de 2014, e chegados os alunos da "escola alemã", que viaja de avião em económica e que acha absolutamente natural que alguém a ganhar o salário mínimo nacional vá trabalhar para 50 ou mais quilómetros de casa, sem subsídio de transporte nem subsídio de alimentação, quanto mais subsídio de residência, apesar da mulher e dos filhos que ficam lá e da casa ao banco para pagar, a mobilidade social, e tal também, e alarga o raio de acção do decreto de Francisco 'o pensamento político' Sá Carneiro, primeiro-ministro, e Cavaco 'nascer duas vezes' Silva, ministro das Finanças, de 100 para 150 kms e a comparticipação reduzida de 75% para 50%, também o exemplo que vem de cima e os sacrifícios pedidos aos portugueses e a imagem e a imagem do Governo e a imagem da coligação, decreto mesmo à medida de Agostinho 'roubaram-me a password do Twitter, who the fuck is the Ongoing?' Branquinho.

 

Não fora o caso, e o exemplo, dos alemães, os "donos da escola", e tudo isto era tudo absolutamente normal, assim é só conversa de taxista, porque a política precisa dos melhores e dos competentes e os melhores e os competentes fazem-se pagar, a cousa pública não tem nada a ver com isto e já chega de conversa populista e nas próximas eleições a abstenção vai ser outra vez recorde e "será sempre a subir até ao cimo de ti", como na canção da ex-deputada do CDS e ex-pivot de um telejornal que apresentava com um megafone de vender cuecas nas feiras, "e leva mais este par de meias e estes atoalhados e os turcos para a casa de banho".

 

Até um dia.

 

[Imagem de autor desconhecido]