O sete línguas
Na edição de hoje do Público, Souto Moura, ex-Procurador-geral da República, o tal, o das cassetes e do faz-que-anda, aparece a insurgir-se contra aquilo que classifica de ressurreição do processo a propósito da repescagem de declarações da então sua assessora para a imprensa, Sara Pina.
Considerando que são
“levantadas suspeitas graves”, avança que “como facilmente se compreende, seria impensável que eu controlasse o teor de todas as conversas mantidas pela Dra. Sara Pina com colegas jornalistas” e, depois de 74 linhas e 11 parágrafos de escrita, remata
“Porquê isto?
Porquê mais isto?
Porquê agora?
Porquê mais isto agora?”
Tentando dar o seu modesto contributo ao ex-Procurador na procura das respostas, o blog terrorista recorda que, após a passagem de testemunho, Souto Moura numa entrevista, quando lhe perguntaram o que faria de diferente, respondeu, mais coisa menos coisa, que contrataria uma centena de assessores de imagem e outra centena de assessores para a imprensa.
Se como o próprio diz, ser impensável controlar o teor das conversas do único assessor que tinha…
Confirma mais uma vez as qualidades que lhe foram atribuídas enquanto exerceu: Não sabe estar calado.