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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Insignificâncias

por josé simões, em 29.02.08

 

Joana Lopes achou por bem meter-me numa alhada. Consiste o berbicacho em enumerar 6 insignificâncias. Interpreto insignificâncias, como aquelas coisas que “não me aquecem, nem me arrefecem”; ou como diz a minha filha: “Tipo… estarem para ali a falar e eu nem sequer os ouço”. Seis insignificâncias; assim de repente:
 
- As crónicas de João César das Neves no Diário de Notícias (já somos dois, Mário João).
- Só desfazer a barba uma vez por semana (e às vezes nem isso!).
- Os discos do Jorge Palma.
- Todas as vezes que Paulo Portas abre a boca; seja no Parlamento, seja nas televisões.
- As intenções de voto em Ségolène / Sarkozy; Hillary / Barak; Zapatero / Rajoy, pelos blogues portugueses.
- Os intervalos na publicidade da TVI. Aquela coisa que dá pelo nome de programação.
 
E prontes! Desta já me safei; com uma alegria de fazer inveja ao Sonso & Mafarrico do Noddy, passo a “espingarda” ao João Tunes; ao Tiago Ribeiro; ao Luís Silva; ao Medina Ribeiro e, já que estamos de maré, e um mês e tal depois do acto censório, toda a gente desatou a falar do caso (estava a ver que não!); ao meu caro amigo Daniel Luís.
(A propósito Daniel: havíamos de marcar um jantar para um destes dias; sem gravatas, e sem os “ilustres” do Pavilhão da Tapada da Ajuda; vale?)
 
(Foto de Nagano para o Biwa Studio)
 
 

E de repente nasceu um líder para a direita portuguesa!

por josé simões, em 29.02.08

 

Luís Filipe Menezes usou o argumento Sarkozy como forma de credibilizar a sua proposta para retirar a publicidade da RTP. Já o havia feito para as televisões; torna a fazê-lo em artigo de opinião; hoje no Público.
 
Tal bastou para determinada direita ir logo a correr, rasgar e riscar as cobras e lagartos, os riscos e coriscos, que tinha dito e escrito sobre o homem. Como no futebol; de besta a bestial num click. Afinal temos (têm) líder capaz de disputar o lugar a Sócrates em 2009! E ontem, num zapping rápido por determinados blogues que me escuso de linkar (dêem-se ao trabalho e vão ver que descobrem com facilidade quais) já era possível notar as nuances no discurso sobre Menezes. Agora bom, mas mesmo bom, era Sarkozy a S. Bento em 2009!
 
Não há pachorra!
 
(Imagem via Wellcome Library)
 
 

Lobby Cards: The Leonard Schrader Collection XV (*)

por josé simões, em 29.02.08

 

(*) Via Vanity Fair
 
 

Carrinho das Compras

por josé simões, em 29.02.08

LIVROS

 

O Rapaz do Pijama às Riscas

John Boyne

Asa

 

Pequenos Mistérios

Bruce Holland Rogers

Livros de Areia

DISCOS

 

This Gift

Sons & Daughters

Domino / Edel

 

Daxaar

Steve Reid Ensemble

Domino / Edel

 

Complete Machine Gun Sessions

Peter Brotzmann Octet

Atavistic / Sabotage

 

 

 

“Ir às compras para os Restauradores”

por josé simões, em 28.02.08

 

Isto está tudo ligado. RestauradoresParque Mayer; Parque Mayer – Santana Lopes; Santana Lopes Frank GheryCasino Lisboa; Casino Lisboa – sem comentários.
 
O PSD dele (de Menezes) não tem nada a ver com o quê?
 
 

Um comunista primário

por josé simões, em 28.02.08

 

 
Logo logo a seguir à Revolução de Abril, era eu um puto, e todas estas coisas de partidos, e bandeiras, e discursos, e paredes pintadas, e cantigas estranhas da “paz, do pão, saúde e educação”, faziam-me grande confusão. Para quem tinha sido educado numa escola com um crucifixo na parede da sala de aulas, com guarda de honra formada pelas fotografias de Américo Thomaz & Marcello Caetano de cada lado, e onde se cantava de pé A Portuguesa, no inicio e no final das aulas; isto era mais que confusão, era um cataclismo, um tsunami!
 
Ia-se ao vinho à taberna, de garrafão na mão, a mando dos pais. Nada destas modernices de Bag in Box. Um dia, num destes trabalhos “por conta do pai”, ouvi na taberna um velho explicar para a audiência que o comunismo era “se tens duas camisas e o teu vizinho não tem nenhuma, dás-lhe uma”. O comunismo doutrinado de forma primária, pelos controleiros do PC, às classes mais baixas e desfavorecidas da população, oprimidas por quase 50 anos de ditadura, e que lhe valeram implantação e score eleitoral no Portugal pós-Revolução.
 
Vem isto a propósito das recentes declarações do cromo que os Pêpêdês / Pêessedês resolveram eleger como líder:
 
"No dia em que for primeiro-ministro, não vou fazer lei, mas farei doutrina e discursos para que um grande canal generalista como a SIC – um dia depois de uma entrevista ao primeiro-ministro com um milhão e tal de espectadores – possa ter o líder da oposição perante um milhão e tal de espectadores", defendeu o líder do PSD. "Essa é que é a equidade em democracia, mesmo sendo um canal privado", (Público, sem link).
 
Exactamente. Apesar da camisa, leia-se o canal, ser do outro, há que dar metade ao que não tem, ou tem menos canal. Trinta e quatro – 34 – trinta e quatro anos depois do 25 de Abril! (E nacionalizar os canais; não?)
 
Adenda: Alguém no Pêpêdê / Pêessedê que explique ao senhor Menezes que não há um líder da oposição, mas sim um líder do maior partido na oposição.
 
(Foto via El País)
 
 

O Uniculturalismo e o monólogo intercultural

por josé simões, em 28.02.08

 

«O diálogo intercultural e a valorização da tolerância no país são "fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e coesa", afirmou ontem o ministro da Presidência na cerimónia de lançamento, em Portugal, do Ano Europeu para o Diálogo Intercultural. "Este desafio é central porque nunca a paz no mundo esteve tão ligada ao desafio do diálogo intercultural", disse Pedro Silva Pereira. Para combater eficazmente a discriminação, o racismo e a xenofobia na sociedade portuguesa, sublinhou, "é preciso vigilância e uma intervenção constante".»
 
Lê-se hoje na página 12 do Público. No mesmo jornal, onde na página 47, Ester Mucznik assina um excelente artigo intitulado “O tão apregoado multiculturalismo não é, demasiadas vezes, mais do que indiferença e condescendência paternalista. O que correu mal?”, que bem podia ser a resposta a Pedro Silva Pereira.
«No mundo democrático ocidental qualquer cidadão pode praticar a sua própria religião, desde que não violente a lei e a liberdade alheia», é a cacha para o artigo de Ester Mucznik. Um princípio simples e que dispensa a “conversa enrolada” do ministro da Presidência, e de outros que nos tentam impingir o embrulho multicultural.
 
O cerne da questão é que, o “diálogo intercultural”, é afinal um monólogo; o “tão apregoado multiculturalismo” só funciona para um dos lados; é de sentido único. Nós por cá, vamos caminhando alegremente de cedência em cedência até à capitulação final; o inevitável regresso à Idade Média.
 
Veja-se, por exemplo, esta notícia:
 
“Argelia expulsa al ex presidente de la Iglesia protestante
El pastor Hugh Johnes vive desde hace 45 años en el país”
 
A razão, segundo o pastor, uma reacção às conversões ao cristianismo:
 
«Johnes sospecha que la decisión "es una reacción a las conversiones de argelinos al cristianismo, sobre todo en Cabilia". "Es un fenómeno llamativo, pero marginal, que no quebranta al islam, religión de Estado".» (Link)
 
Diálogo quê?! Multi quantos?!
 
 

Zoran Music

por josé simões, em 28.02.08

 

Um sobrevivente do Holocausto e os seus desenhos feitos “a escondidas” no campo de concentração de Dachau. «"sorprende la belleza, la belleza del desastre, con que representa el horror"», Jorge Semprún, escritor, ele próprio sobrevivente do campo de concentração de Buchenwald.
 
Catastro fúnebre de Zoran Music en los campos del horror
Se inaugura en Barcelona una exposición del pintor deportado en Dachau”
 
Desenvolvimento e imagens aqui
 
 

 

Lobby Cards: The Leonard Schrader Collection XIV (*)

por josé simões, em 28.02.08

 

(*) Via Vanity Fair
 
 

O que há de comum a estas duas notícias? (*)

por josé simões, em 27.02.08

 

 
 Bloqueados por filtrar información secreta
 
Un juez de EEUU cierra una web que publicaba documentos reservados
 
Este sitio, de apariencia similar a la Wikipedia, especializado en publicar noticias y documentos secretos de Gobiernos poco amigos de la libertad de expresión, ha venido desplegando un sistema para evitar la censura de países como China o Birmania.”
(Link)
 
 
“Em causa alegadas ofensas anti-islâmicas
Paquistão levanta bloqueio ao YouTube
 
Ordem para bloquear o acesso ao site no país foi inadvertidamente seguida por fornecedores de Internet de todo o mundo, causando o "apagão" do site durante duas horas no último domingo.”
 
(*) Os “barbudos” de cá; os barbudos de lá.
 
(Mais sobre o caso Wikileaks aqui)
 
  

O verdadeiro artista (XXXIII)

por josé simões, em 27.02.08

 

«Parafraseando John Wayne, está quase toda a gente contra mim excepto o povo.»
 
Luís Filipe Menezes em entrevista à SIC Notícias (link)
 
(Foto de Samuel Jack)
 
 

Vira o disco

por josé simões, em 27.02.08

 

 
Há uns anos atrás comprei um disco de Bob Dylan, Desire de seu nome (a meu ver dos piores de sempre do compositor), mas que, devido a uma particularidade, é talvez um dos mais valiosos da música popular no mercado de coleccionadores. Por um erro de prensagem, o lado B tem exactamente as mesmas músicas do lado A.
 
Lembrei-me disto a propósito da circular recebida via CTT por todos os “colaboradores” da empresa onde trabalho. “Colaboradores” - com grande. É socialmente mais desresponsabilizador para o patrão; é mais descartável que “trabalhadores” ou “empregados”. Adiante.
 
Sempre os mesmos cinco parágrafos. Sempre o mesmo texto. Sempre as mesmas virgulas; sempre a mesma pontuação. As únicas diferenças entre as circulares, desde o ano de 2000 até ao ano de 2008 são, obviamente a data (apesar de tudo ainda não perdi a esperança que um dia se esqueçam de a alterar), e a percentagem, que tem variado entre os 1, 3% e os 2, 5%. Vira o disco e toca o mesmo!
 
Estou a guardá-las todas. Quem sabe, um dia, não venham a valer tanto como o Desire do Bob, quando se fizer a história do empresário português…
 
(Por motivos compreensíveis, o logótipo e o nome da empresa, assim como as assinaturas da administração foram suprimidas)
 
 

Do Fundo Do Coração (II)

por josé simões, em 27.02.08
                                               The Mystery Man came over
                                               An' he said: "I'm outa-site!"
                                               He said, for a nominal service charge,
                                               I could reach nervonna t'nite
                                               If I was ready, willing 'n able
                                               To pay him his regular fee
                                               He would drop all the rest of his pressing
                                               affairs
                                               And devote His Attention to me
                                               But I said . . .
                                               Look here brother,
                                               Who you jivin' with that Cosmik Debris?
                                               (Now who you jivin' with that Cosmik
                                               Debris?)
                                               Look here brother,
                                               Don't you waste your time on me
 
 
 Frank Zappa - Cosmic Debris
 
 
 

Lobby Cards: The Leonard Schrader Collection XIII (*)

por josé simões, em 27.02.08

 

(*) Via Vanity Fair
 
 

Boas e más notícias

por josé simões, em 26.02.08

 

Boas notícias. Para a chamada sociedade civil.
Más notícias. Para o Governo e sindicatos; particularmente os ligados à CGTP.
 
Refiro-me à recente vaga de manifs convocadas por sms & e-mail. José Sócrates e o PS que não perceberam nada do milhão e tal de votos em Manuel Alegre; que não perceberam nada da candidatura de Helena Roseta a Lisboa; continuam sem nada perceber das recentes manifs de profs.
 
Cada vez mais as pessoas se revêem menos nos partidos e nos sindicatos. Há mais vida para além do “sistema”. E a culpa, de certeza, que não é das pessoas.
Sem querer ver o óbvio, o PS avança com a Teoria da Conspiração. Quem é que está por detrás das manifs e das assobiadelas, pergunta José Sócrates com cara de mau, e responde: “Os mesmos de sempre!”; leia-se o PC, a CGTP, a FENPROF. Estão lá todos, a assobiar e vaiar de cara destapada, mas não chega, tem de haver alguém por detrás; a organizar. A ideia que o primeiro-ministro do Governo de Portugal tem dos portugueses: carneirinhos organizados pelo lobo mau comunista…
 
A mesma Teoria da Conspiração que já não se aplica ao beijinho & bacalhau sorridentes, de cada vez (cada vez menos) que o primeiro-ministro é recebido em apoteose nalguma visita ou inauguração. Tudo isto dito com a maior das naturalidades, num partido em que, na noite da vitória eleitoral em Lisboa, foi possível identificar excursões da terceira idade a dar vivas a António Costa,  provenientes dos lugares mais recônditos de Portugal!
 
Post-Scriptum: quem também continua sem nada perceber é Luís Filipe Menezes. Agora cola-se à manif da FENPROF. Um apoio que, de certeza, a FENPROF dispensava. Lindo!
 
(Foto via Time Magazine)
 
 

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