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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

É Caranaval, ninguém leva a mal!

por josé simões, em 31.01.08

 

Vai por aí grande agitação pela nomeação de Durão Barroso para Prémio Nobel da Paz.
 
Não sei porquê!?
 
Depois desta nomeação (duas vezes!!!) , e também desta, por que razão, ou por que razões, o mordomo de Bush & Blair na cimeira das Lajes, não havia de ser nomeado por uma das viúvas carpideiras do general genocída Suharto; também ele já laureado?
 
 

“Essa palavra fascismo…”

por josé simões, em 31.01.08

 

Prazer superior ao de ler as crónicas do Supremo Sacerdote, só o de ler o jornal dos comunistas portugueses. Hoje no Avante!:
 
“1 - Invocar um terrível inimigo interno e externo; 2 - Criar um gulag; 3 - Criar uma tropa de choque («a thug caste»); 4 - Montar um sistema de vigilância interna; 5 - Perseguir grupos de cidadãos; 6 - Empreender detenções e libertações arbitrárias; 7 - Ameaçar individualidades em posições chave; 8 - Controlar a informação; 9 - Fazer equivaler discordância a traição; 10 - Suspender as regras da legalidade.”
 
Do que é que estamos a falar? Perguntam-me vocês.
Falamos de Hitler, Pinochet e George W. Bush. Apesar de assentar que nem uma luva a Lenine, Estaline, Mao, Brejnev,Ceausescu, e por aqui me fico; isto é um blogue, não é uma enciclopédia.
 
E, “como é prática do PCP pesar cuidadosamente as palavras”; e até porque já “desapareceu a União Soviética, pesadelo e terror dos capitalistas ao longo de quase todo o século XX”; e também porque “um regime democrático e o poder do grande capital monopolista excluem-se mutuamente”; atenção ao regresso ao fascismo, não “da mesma forma que os dos anos 30 do século passado ou mesmo de outros mais recentes”, mas “sob outras formas, as mesmas condições do passado: no plano nacional a opressão política, social, económica e cultural, o atraso e a miséria, a total submissão ao imperialismo, no plano internacional a dominação, a agressão e a guerra como norma nas relações internacionais”.
 
Estamos a caminhar para uma nova forma de fascismo. Devagarinho, mas estamos.
 
 
Quando se evoca de Dimitrov, no Relatório ao VII Congresso Mundial da Internacional Comunista (Agosto, 1935), sobre o desenvolvimento do fascismo:
 
“não se trata da substituição corrente de um governo burguês por um outro, mas da substituição de uma forma de organização da dominação de classe da burguesia – a democracia burguesa – por uma outra forma dessa dominação, a ditadura terrorista declarada”
 
era de bom-tom levar em linha de conta a nova classe de privilegiados nascida com a Revolução de Outubro. E quando se fala em “a ditadura terrorista declarada” ; falamos no quê, e em quem? Falamos de Genrikh Yagoda, na eliminação dos Kulaks e nas deportações e desterros maciços de populações; falamos de Vyacheslav Menzhinsky, de Lazar Kaganovitch, de Sergei Kirov, falamos do genocídio pela fome cometido na Ucrânia (Holodomor)? E como isto é um blogue, não é uma enciclopédia, só mais uma, para terminar:
 
está a decorrer uma luta feroz entre os camponeses e o poder. É um combate até à última gota de sangue. É uma prova de força entre o nosso poder e a sua resistência. A fome demonstrou quem é o mais forte. Custou milhões de vidas, mas o sistema dos kolkhozes viverá para sempre. Vencemos a guerra!
Mendel Khataevich
 
Não há pachorra!
 
(Imagens via International Poster Gallery)
 
 
 
 

Coisas da publicidade (IV)

por josé simões, em 31.01.08

 

 

75 anos

por josé simões, em 30.01.08

 

O dia em que o Mal triunfou. O dia da Besta.
 
(Foto galeria aqui)
 
 

Pão e Circo

por josé simões, em 30.01.08

 

Ataca-se no Pão: sai Correia de Campos da Saúde, para acalmar as hostes internas e as hostes nas ruas.
Ataca-se no Circo: sai Isabel Pires de Lima da Cultura, para acalmar as elites.
Sócrates pode ter muitos defeitos, mas parvo não consta no rol. A remodelação é feita principalmente à esquerda. O PSD não atrapalha Sócrates, de tão entretido que anda a atrapalhar-se a si próprio.
 
A remodelação é feita à esquerda. A direita em Portugal sempre se deu mal com a rua; à excepção de um curto período no PREC em que andou de braço dado com a Igreja a atacar e incendiar sedes de partidos de esquerda a norte de Rio Maior. As ruas sempre foram monopólio da esquerda. A contestação nas ruas à política para a Saúde estava a capitalizar à esquerda.
 
Os mesmos problemas que a direita tem com a rua, têm-nos também com as coisas da cultura. Um complexo de que não se consegue livrar (Gonçalo Reis (revista Atlântico) explica). As gentes da cultura e das artes andaram sempre maioritariamente pela esquerda. E, a um ano e picos das eleições, uns escritos por aqui e por ali, nos blogues e nos jornais; umas entrevistas e uns debates por acolá; não matam mas moem. Fazem mossa.
 
No timming certo. No dia em que o bastonário da Ordem dos Advogados volta à carga no discurso de abertura do ano judicial; onde o Governo levou mais um puxão de orelhas do Presidente. No dia em que a ONG Reprieve ressuscita Guantanamo.
Os media portugueses sempre tiveram dificuldade em lidar com enxurradas de informação.
 
Ele há com cada operação cirúrgica!
 
Post-Scriptum: e fala-se e escreve-se sobre o ministro do Ambiente que também devia ter ido à sua vidinha. Porquê?! Com o que aí vem de obras, interessa é nem sequer haver ministério do Ambiente, quanto mais um ministro!
 
(Foto de Damon Winter para o The New York Times)
 
 

It's Michel-handgelo!

por josé simões, em 30.01.08

 

“Amazing pictures which capture the beauty of wildlife on the human hand
 
Artist Guido Daniele has turned his hand to creating a wholly different style of painting.
Rather than working on canvas, he uses human hands to produce these stunning animals - like a Technicolor version of the "shadows on the wall" game.”
 
(Foto galeria aqui)
 
 

Nunca vos passou pela cabeça:

por josé simões, em 30.01.08
“Como seremos daqui por 30 anos?”. Nunca pensaram nisso, nem uma só vez que fosse?
 
Por exemplo, Mónica Belluci:
 
 
ou Carla Bruni:
 
É duro. A idade não perdoa; não é?
 
Agora, graças a um programa criado pelos investigadores do departamento de informática da Universidade de St. Andrews, Inglaterra, o mistério fica desvendado. Ao alcance de qualquer um. Sem surpresas; como com os bebés, com o advento da ecografia.
 
Gratuito, e disponível on-line, aqui.
 
 
 
 
 

Coisas da publicidade (III)

por josé simões, em 30.01.08

 

 

 

Ler os outros

por josé simões, em 29.01.08
Escolher fumar… sem ter de comprar cigarro!; no O Insurgente
 
A Flexisegurança à portuguesa; no O Jumento
 
A maior parte da corrupção da política não é, por enquanto, corrupção criminal; no Sobre O Tempo que Passa
 
 

A “untouched Atlantic Coast”

por josé simões, em 29.01.08

 

 

 

O Telegraph on-line tem desde ontem na primeira página, na Picture Galleries, uma entrada intitulada “The best of Portugal” que por sua vez linka para um “Portugal 2008: holiday planning guide”.
 
À parte sermos mais competitivos que a Espanha no que realmente conta para qualquer bife que se preze, cervejeiramente falando (não sei se existe o termo): uma Heineken por uma libra contra uma e noventa dois pis aqui ao lado; e no regime de pensão completa: 23. 06 libras aqui, para 46. 13 libras em Espanha; o que salta à vista são as imagens seleccionadas para ilustrar a “brochura”.
 
Com excepção dum interior de hotel, e de um hotel artisticamente encarrapitado numa arriba, são imagens, não digo do tempo de Salazar, mas talvez do tempo de Marcello Caetano. Do tempo em que no Algarve pouco mais havia que algarvios; em que o vinho do Porto era transportado nos barcos Rabelos; um país de humildes casinhas de xisto com roupa a esvoaçar nos estendais e onde os velhos, à falta de melhor, passam os dias a jogar às cartas nas proas dos barcos.
 
Um país com uma “untouched Atlantic Coast”; esperem aí até levarem com os PIN’s
 
Um país onde “many resorts have on-site nannies and all-day activity clubs for children so parents can relax in the spa or play golf”; se os pais da Maddie não fossem burros…
 
Não sei porque é que insistimos em gastar milhões para promover campanhas West Coast; não sei porque é que avançamos alegremente para a destruição de tudo o que resta na “untouched Atlantic Coast” à sombra dos PIN’s; aliás até sei… estava a lembrar-me das declarações do bastonário da Ordem dos Advogados
 
O que “eles” querem não é isso. E para lhes darmos o que querem, damos-lhes fotos dum tempo “antes do tempo”. Andamos a enganar-nos a nós próprios; andamos a enganá-los a eles. Só que o nosso engano trás consequências. Irreversíveis.
 
 

TRINTA E TRÊS ANOS DEPOIS

por josé simões, em 29.01.08
“Trinta e três anos depois da luta homérica contra a unicidade sindical, com todas as consequências negativas que teve para a divisão sindical e política da Esquerda, o PCP parece não ter aprendido nada, demonstrando agora querer, como o Público de 26 deste mês revela, transformar o líder da CGTP/IN, Manuel Carvalho da Silva, num robot ao seu exclusivo serviço. Pareceria não ser possível depois de tudo o que se passou – e perderam –, mas é verdade! Voltaram à instrumentalização dos sindicatos, como "correia de transmissão" do PCP.

O mundo está em acelerada mudança, como se sente e sabe. Está a despontar um mundo novo, antineoliberal, contra o capitalismo financeiro selvagem e as chamadas economias de casino, que tanto mal têm feito. Ora o que fazem os comunistas portugueses? Em vez de se prepararem para as grandes batalhas que aí vêm, sindicais e políticas, no respeito pelos seus aliados naturais e pelo pluralismo, metem a cabeça na areia, como a avestruz, recusam-se a ver as novas realidades do mundo de hoje, em plena transformação e, em lugar de relerem Marx, com os olhos críticos de hoje e terem em conta a tão valiosa experiência adquirida, desde então, continuam apegados à cartilha stalinista e metem-se no bunker, prontos a morrer na sua, com os olhos vendados ao futuro. É lamentável!”
 
Mário Soares no Diário de Notícias
 
 

Meu Deus, o que eu gostava disto!!! (II)

por josé simões, em 29.01.08
 
The Talking Magpies
 
Heckle & JeckleTaming the Cat
 
 

Coisas da publicidade (II)

por josé simões, em 29.01.08

 

 

 

“Já não é necessário, os feridos já faleceram!”

por josé simões, em 28.01.08
“Já não é necessário, os feridos já faleceram!”
 
“Sorte a deles, que assim têm para onde ir, o Governo ainda não começou a mandar fechar os cemitérios… ainda têm para onde ir… é aproveitar agora para falecer!”
 
(Aqui)
 
 

As “virgens ofendidas”

por josé simões, em 28.01.08

 

O bastonário da Ordem dos Advogados afirmou que há corrupção no Estado, promiscuidade entre o privado e o público, e que os sinais exteriores de riqueza são tão evidentes que só não vê quem não quer, e como muito bem escreveu Eduardo Dâmaso, logo vieram as “virgens ofendidas” pedir casos concretos.
 
Mais rápido que a própria sombra, o procurador-geral da República mandou abrir inquérito, tendo o cuidado de fazer alusão no despacho “à gravidade das afirmações feitas”. Não percebo, sinceramente, o que Pinto Monteiro quer dizer com isto. Preocupação com as “virgens” ou com a corrupção? Talvez a ideia base seja a mesma que leva a que, por exemplo, o governador do Banco de Portugal diga que não convêm fazer ondas com os casos BCP para não criar instabilidade; ou que a comissão parlamentar de inquérito à actuação do Banco de Portugal nunca venha a ser constituída, também em nome da in(e)stabilidade.
 
Para o comum dos mortais, arredado destas coisas das promiscuidades, das opacidades e das corrupções, os sinais de instabilidade vêm destes pequenos sinais: no pasa nada! não fazer ondas!
 
No entretanto, e como isto está tudo ligado, lembrei-me de repente daquele estudo apresentado no Fórum Económico e Mundial dias antes das declarações do bastonário, e que alguns políticos se apressaram a vir desvalorizar, e que versava sobre a confiança depositada pelos cidadãos na classe política. Zero ou quase. No fim duma tabela onde os professores eram os primeiros Porque será?!
 
Adenda: já que parece que vai haver uma investigação, seria de bom-tom não excluir o actual Governo. Pelos comentários do “virgemJosé Sócrates (condicionar a investigação?): “neste Governo não!
 
E ouvir também Luís Filipe Menezes. Esta coisa de propor um “pacto de regime” para as obras públicas…
 
(Foto fanada no Le Soir)
 
 
 

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