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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Há qualquer coisa que não bate certo…

por josé simões, em 01.11.11

 

 

 

Na história mais ou menos recente daquilo a que se convencionou chamar civilização ocidental, todos os movimentos de protesto nascidos em períodos de convulsão social e/ ou crise económica [ou ambas] tiveram sempre como factor aglutinador, por vezes até impulsionador, ou se quisermos como referência, porta-voz, banda sonora, imagem de marca, um movimento musical. Foi assim com o movimento hippie e os protestos contra a guerra do Vietname, o aparecimento das ditaduras sul-americanas e o nascer das guerras de libertação em África, na passagem dos 60’s para os 70’s, como o movimento punk associado ao Tatcherismo e à Reaganomics, os anos de chumbo e as organizações terroristas na Europa continental, dos 70’s para os 80’s, assim como o papel que o jazz e a geração beat tinham desempenhado nos 50’s, na resistência ao macartismo e à caça às bruxas e nas lutas pela igualdade de direitos e pelos direitos civis nos Estados Unidos do pós II Guerra Mundial.

 

Mas agora, Europa, Estados Unidos, dealbar do séc. XXI, crises de dívida soberana, desemprego, crescimento económico pouco mais que zero, Primaveras e Invernos na margem sul do Mediterrâneo, uns assomos de occupy qualquer coisa aqui e ali, mas é filme mudo. Há qualquer coisa que não bate certo…

 

[Na imagem John Sebastian on stage at Woodstock Festival, 1969]

 

 

 

 

 

 

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