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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Dia do Pai

por josé simões, em 19.03.24

 

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Marcelo tinha mandado dizer na véspera das eleições que com ele o taberneiro não entrava no Governo. Eleições feitas e o taberneiro vai a casa de Marcelo com mais de um milhão de votos no bolso e à saída diz que o Presidente não se importa que ele faça parte do Governo. Ainda o taberneiro estava a passar a língua pelas beiças para pontuar o discurso como é seu timbre e já Marcelo fazia sair uma nota a dar conta de que "Como tem repetidamente afirmado, o Presidente da República não comenta declarações de partidos políticos nem notícias de jornais.". E aqui é que reside a arte do artista Marcelo. Marcelo não diz que afinal já quer o taberneiro no Governo, "aquilo antes das eleições foi no gozo, lol, caíram que nem patinhos", ou "disse aquilo para o pagode não ter medo de votar na minha facção, não resultou, temos pena", ou ainda "o que disse antes das eleições não fui eu quem o disse, foi "a fonte"", não, Marcelo diz que não comenta o comentário do taberneiro. É o que está lá escrito, escusam as pitonisas, comentadeiros e paineleiros vir com efabulações, Mar-ce-lo não co-men-ta.

 

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Podia Marcelo ter acrescentado duas alíneas ao "o Presidente da República não comenta declarações de partidos políticos nem notícias de jornais:

a) Excepto no Governo da 'Geringonça'

b) Excepto no Governo da maioria absoluta do Partido Socialista

 

 

 

 

"It's a wonderful, wonderful life" *

por josé simões, em 19.03.24

 

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Partido de Interesse

por josé simões, em 18.03.24

 

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Em Zona de Interesse a páginas tantas assistimos a uma conversa entre Hedwig Hoess [Sandra Hüller], a esposa de Rudolf Höss, director do campo de extremínio, e a mãe, Eleanor Phol [Freya Kreutzkam], onde a segunda comenta que fazia limpezas na casa de uma judia que agora devia estar no outro lado do muro, dentro do campo, e a raiva que teve em não conseguir ficar com as suas lindas cortinas quando a senhora foi deportada. Lá para o final do filme Hedwig recusa abandonar a "qualidade de vida" que tem paredes meias com o campo, numa casa onde chove cinza e se ouve o metralhar das armas e os gritos de sofrimento vindos do outro, com as noites iluminadas a chamas das piras crematórias antes dos fornos terem sido adoptados na "solução final", por causa da transferência do marido Rudolf Höss [Christian Friedel], e quando no início da película já tínhamos sido apresentados a um chá entre as mulheres dos SS destacados onde o tema de conversa eram as roupas e as peles que recebiam da triagem feita a quem a seguir acabava gaseada. E ficámos todos a perceber que aquela "nova elite" que ia purificar a nova Alemanha afinal não passava de escumalha sem cultura, sem maneiras, sem educação, sem ética, ressabiada com as suas origens e que agora se apanhava com poder.

Não vamos a caminho do extermínio de uma raça ou etnia, apesar de vontade não faltar a alguns, mas é inevitável a analogia com um partido pejado de delinquentes - todos os dias notícias de deputados, velhos e novos, a contas com a justiça, que quando a maioria dos eleitos - autarquias, regiões autónomas, Parlamento, abre a boca ou entra mosca ou sai merda, e ainda assim os melhorzinhos com nítidas dificuldades de interpretação e iliteracia - vide participação em comissões parlamentares na última legislatura, com um léxico miserável, ressabiados com uma alegada elite política e cultural que lhes tapa a progressão social e que vêem na nova agremiação um veiculo para ascenderem socialmente. "Agora é que vão ver", devem pensar.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O Processo de Normalização em Curso

por josé simões, em 17.03.24

 

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Que Augusto Santos Silva corre o risco de não ser eleito deputado e que se tal acontecer é a primeira vez que um presidente do Parlamento em exercício não é reeleito e que tal é consequência de Augusto Santos Silva ter andado a provocar o Chega na Assembleia da República porque os eleitores não gostaram do que viram. Lá mais para a frente, na avença semanal que tem na televisão do militante n.º 1, Marques Mendes também falou qualquer coisa como "meridiana inteligência política" a propósito de maiorias parlamentares e presidências de comissões e assim. E esta coisa é "conselheiro de Estado".

 

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Sign O' The Times, CCXXXIII

por josé simões, em 17.03.24

 

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Sign O' The Times, Capítulo CCXXXII

 

 

 

 

Fim-de-semana

por josé simões, em 17.03.24

 

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Este fim-de-semana foi assim.

 

Anyone Else But You ~ The Moldy Peaches

 

[7" vinyl]

 

 

 

 

The Hunger Games

por josé simões, em 16.03.24

 

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Displaced Palestinians gather to collect food donated by a charity⁣

 

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Relatório e Contas. Resumo da Semana

por josé simões, em 16.03.24

 

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Porque hoje é sábado

por josé simões, em 16.03.24

 

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Doorway, Edinburgh 1965

 

Robert Blomfield

 

 

 

 

Uma democracia plural

por josé simões, em 15.03.24

 

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Primeira página do dinamarquês Politiken.

À cabeça no boletim de voto:

Vladimir Vladimorovich Putin, 71 anos, líder indiscutível da Rússia desde 2000, tanto como presidente como enquanto primeiro-ministro.

 

Os últimos três, vivos, e aqui é que reside a pluralidade democrática da Rússia:

 

Nicholas Kharitonov, Partido Comunista, apoia a guerra na Ucrânia.

Leonid Slutsky, Partido Liberal Democrático (Partido nacionalista), apoia a guerra na Ucrânia

Vladislav Davankov, Novo Povo, defensor da paz e das negociações com a Ucrânia, no quadro definido por Putin.

 

 

 

 

Viver sempre com alguém numa parede a olhar para si

por josé simões, em 15.03.24

 

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Viver sempre com alguém numa parede a olhar para si.

 

 

 

 

Caravaggio

por josé simões, em 14.03.24

 

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A Palestinian woman assists an injured man outside al-Najjar Hospital in Rafah, in the southern Gaza Strip, following Israeli bombardment. Said Khatib/ AFP

 

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E agora?

por josé simões, em 14.03.24

 

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Ouvir Bernardo Ferrão, na televisão do militante n.º 1 com a maior cara de pau, dizer que o taberneiro, coadjuvado pela Rita, se move como ninguém nas redes e plataformas,  dos Facebookes aos TikeTokes passando pelo Tuitas e pelo UotesApes, e que é daí o crescimento exponencial do partido, já que os outros ficaram parados no tempo, agarrados às velhas tecnologias que nem os velhos já usam, depois de termos visto a SIC e a SIC Notícias a todas as horas com o traste em grande destaque por tudo e por nada e ainda a interromperem programação para o ouvir em directo sobre nada e mais alguma coisa. "E agora?" Pergunta a revista Sábado depois da enésima capa com o taberneiro.

 

 

 

 

Portugal, séc. XXI

por josé simões, em 14.03.24

 

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Enquanto andamos todos entretidos com os resultados eleitorais do taberneiro...

 

Cheguei assim finalmente à mesa de voto na fila 17 onde naturalmente mostrei o meu cartão de cidadã a uma pessoa que estava de pé e me pareceu ser o presidente da mesa. Reparei que ele olhava com atenção para o meu cartão, mas foi com espanto que o ouvi dizer “Não gosto!” Como não percebi de que é que ele não gostava, perguntei: “Não gosta de quê?”

 

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O diluente

por josé simões, em 13.03.24

 

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Surpreendendo exactamente zero pessoas o PCP mostrou--se disponível para aceitar o repto do Bloco de Esquerda para uma convergência na oposição à direita, salvaguardando que o faz desde que isso não implique a diluição do partido, porque, como é por todos sabido, desde Outubro 1917 que diluições, "amigáveis" ou por OPA hostil, só as dos socialistas, social-democratas, socialistas revolucionários, ou anarquistas, nos partidos bolcheviques.